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18 de novembro de 2009

Um pé atrás diante do rótulo de "clássico", por Chico Lopes

Como tudo que há no mercado cultural, o rótulo de "clássico" para alguns DVDs vendidos em bancas tem que ser visto com um bom pé atrás. Já adquiri alguns filmes de que tinha boa lembrança, fosse pelos atores, fosse pela trilha sonora ou alguma outra vaga indicação de algum crítico de renome que jazia obscura em minha mente, e me arrependi a tal ponto que os joguei fora. Por vezes, o erro era meu - supervalorizei uma boa lembrança, uma daquelas miragens saudosistas que de vez em quando nos dominam, e quebrei a cara encontrando uma banalidade anacrônica que não poderia mesmo resistir ao tempo. Por vezes, eram os filmes que vinham em cópias tão deficientes que chegavam a dar ódio, pelos problemas de som e imagem, por terem sido extraídos de VHS e parecerem verdadeiras armadilhas para saudosistas incautos.

Claro que são episódios isolados e que há muita coisa boa à venda. Mas, no tocante a decepções, são paradigmáticos os filmes de Sarita Montiel que adquiri, como "La Violetera" e "A rainha do Chantecler", com imagens desbotadas e som horrível. Além disso, são dramalhões tão terríveis que só se pode rir de um dia eles terem nos feito chorar e o que os salva é o charme e a voz de Sarita, que foi um mito espanhol no cinema e era mesmo uma estrela, mas nunca uma atriz. Mas certas coisas só se percebe mesmo em retrospectos maduros.

Um bom auxiliar para mim, nesses casos, tem sido os guias de DVD lançados por Rubens Ewald Filho, que sempre esclarecem quando as cópias se encontram em mau estado. Há decepções de outra ordem, também, mas aí o risco advém da publicidade excessiva em torno de algumas produções e da badalação que receberam junto a alguns críticos e de nossa própria suscetibilidade a essas coisas - ninguém que cede ao saudosismo escapa a cometer equívocos embaraçosos. Sob o rótulo de "clássico", na verdade, o mercado de DVDs, muito útil e precioso por seus filmes e extras indispensáveis, tem empurrado muita coisa ruim para o público. Ou, quando não é ruim, serve apenas para os que são muito complacentes com suas emoções; bastaria só um pouquinho de senso crítico e a saudade toda iria por água abaixo.

EQUÍVOCO DE DOUGLAS SIRK

Exemplo de filme que pode seduzir e enganar é "Sinfonia interrompida", uma daquelas produções da Universal dos anos 50 que hoje em dia acabaram sendo superestimadas pela crítica porque seu diretor, Douglas Sirk, foi revalorizado por Fassbinder e outros e colocado num panteão honroso. Bem, Sirk fez coisas boas, mas fez também muita coisa "matada" e duvidosa como esse filme, estrelado por June Allyson e Rossano Brazzi.

Ela é uma americana típica (ninguém parece tão americana típica quanto a housewife sorridente Allyson, símbolo da caretice ianque dos anos 50) que vai para a Alemanha e, em Munique, conhece um temperamental regente de orquestra (o clichê é infalível) vivido por Brazzi. Ele teria que passar por alemão, mas como é impossível fazer Brazzi parecer um, os roteiristas optaram por torná-lo metade italiano de nascimento (sic). Ele é casado em circunstâncias meio estranhas, mas Allyson se apaixona por ele. O curioso é que Brazzi, que havia feito papel semelhante em "Quando floresce o coração", parecia predestinado a ser o italiano de caráter dúbio que encanta americanas (ele é o Renato que deixa a solteirona Katherine embasbacada em Veneza). Aqui, tal como no caso de "Quando o coração floresce", Allyson conclui que ele não é homem com quem uma americana direita deva se casar. O casal de atores não tem a menor química, é embaraçoso, e o filme só se salva por uma boa fotografia e a trilha sonora que nos leva até Salzburgo para ouvir Mozart. Mas, quem esperar muito dessa produção, quebrará a cara solenemente.

BOGART E HEPBURN EM ESTADO DE GRAÇA

Isto sim é nostalgia de primeira, disponível nas bancas - "Uma aventura na África". A cópia que vi tinha erros de tradução grotescos, mas nada consegue prejudicar um filme com Katharine Hepburn e Humphrey Bogart em estado de graça, a mais perfeita comédia romântica com boas doses de aventura e algum drama que já existiu.

Bogart ganhou um Oscar por esse papel, e nada parece tão justo e merecido. Ele é incrível como o aventureiro bebum que desce os rios africanos na Primeira Guerra Mundial e, numa dessas, colhe Hepburn como a puritana irmã de um pastor inglês que sobreviveu a um ataque dos alemães. O convívio de duas figuras tão antagônicas no barco é de tirar o chapéu - a gente se esbalda com o filme, porque é evidente que Hepburn e Bogart nunca se divertiram tanto e nunca um caso de amor implausível pareceu tão delicioso.

Quando se vê um filme desses, e quando se compara com o que passa por comédia romântica hoje em dia, dá uma vontade irresistível de repetir o que Peter Bogdanovitch disse: "Os bons filmes já foram todos feitos". Realmente, submetidos a Adam Sandlers e Lindsay Lohans, estamos numa época infeliz...

SADO-MASOQUISMO DE LUXO

Outro equívoco comum nas bancas é tomar por "clássicos" filmes de um passado mais recente (por exemplo, os anos 70) que, em sua época, foram recebidos com boa dose de rejeição, e por bons motivos. É o caso de "O porteiro da noite", filme de 1974 realizado pela italiana Liliana Cavani que teve certo sucesso de "escândalo" naquela década e parecia bastante ousado, mostrando o caso de amor sado-masoquista entre uma judia e seu torturador nazista, que ela reencontra anos depois quando, casada, vai parar num hotel podre de chique de Viena.

Mas o filme todo é mais podre que chique, embora embale com muita "estética de filme europeu de arte" o peixe estragado que vende. É como um "Nove semanas e meia de amor", a mesma coisa afetada e vazia, o amor de dois "peixes mortos" pervertidos cuja humanidade nos interessa tanto quanto a de um abajur.
Dirk Bogarde é o porteiro e, bom ator em alguns filmes, nesses apresenta o seu pior defeito: aquele arquear de sobrancelhas e aquele biquinho de supremo desprezo pela humanidade que só parece fruto de um egoísmo esnobe. Ele contracena com Charlotte Rampling que, jovem e linda, é boa de olhar, mas é só. O filme é suntuoso pela fotografia e por ter Mozart na trilha sonora ("A flauta mágica" é a ópera em reapresentação, quando os dois se reencontram). Mas é curiosamente de uma complacência terrível com o nazismo e seus fetiches, parecendo um álbum pornográfico daqueles que se popularizaram entre os gays, principalmente, nos anos 70 e 80, pelo sado-masoquismo dos uniformes e aparatos nazistas dos SS. Portanto, o filme parece criticar alguma coisa, mas é ele próprio aquilo que ele mais critica.

A COBRA CORAL DE TIERNEY

A prova de que a volta dos clássicos verdadeiros em DVD é excelente são dois DVDs primorosos de Gene Tierney que se pode encontrar no mercado. No primeiro, nem é preciso dizer, ela é "Laura", personagem-título no que é seu filme mais famoso. No segundo, ela é a psicótica Ellen em "Amar foi minha ruína", melodrama de suspense de John M. Stahl que resistiu muito bem ao tempo.

"Amar foi minha ruína", de 1945 parece dramalhão e é mesmo, mas é um dramalhão contraditório e matizado e traz a primeira encarnação de um caso letal de femme fatale psicopata, no cinema. E, como essa mulher é Tierney, com sua beleza para lá de qualquer adjetivo, o filme tem um carisma incrível - apresenta-nos uma cobra coral com todas as suas cores vivas mortais. Amar Ellen é inevitável, e é o que acontece com o personagem do escritor vivido por Cornell Wilde, canastrão, mas adequado como peixe fisgado pela doidona sans merci. O filme é até atualíssimo, porque os crimes de Ellen são de uma frieza acentuada que não parecia comum nos cinema dos anos 40. Nos extras de "Laura", o espectador conhecerá algo mais sobre Gene Tierney num documentário que só por si justifica a aquisição dos dois discos.

Chico Lopes é autor de "Nó de sombras" (IMS, SP, 2000), e de "Dobras da noite" (IMS, SP, 2004), contos prefaciados o primeiro por Ignácio de L.Brandão e o segundo por Nelson de Oliveira. Tradutor, publicou também nova tradução do clássico "A volta do parafuso", de Henry James (Landmark, SP, 2004). Tem vários livros inéditos de ficção, poesia e ensaio.

Mais sobre Chico Lopes, clique aqui. Mais CRÔNICAS ou ENSAIOS, clique aqui. Mais RESENHAS, clique aqui.

Email: franlopes54@terra.com.br

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23 de outubro de 2009

"Abraços Partidos", de Almodóvar, partiu de crise do cineasta

SILVANA ARANTES - da Folha de S.Paulo, em Buenos Aires
Quando Almodóvar se cansou de ser Almodóvar, pensou em recomeçar do zero com o nome de Harry Caine. Era uma ideia irrealizável, porque "ninguém escapa de si mesmo", explicou o cineasta espanhol em entrevista da qual a Folha participou, em maio, no Festival de Cannes, onde contou por que ficou farto de si mesmo.

Veja o trailer de "Abraços Partidos"
Penélope Cruz se diz angustiada com Almodóvar
Filme será exibido na Mostra de Cinema; veja programação completa

*A atriz Penélope Cruz, protagonista de "Abraços Partidos", que será exibido na Mostra de São Paulo, e o diretor Pedro Almodóvar (imagem - divulgação)

"Meu nome na Espanha virou um adjetivo. As pessoas dizem: "Isso é muito almodovariano". Para alguns, pode parecer glorioso, mas eu me sentia estranho. Era como se não falassem de mim. Comecei a ter nostalgia do anonimato." Como na vida real não poderia se transformar em Harry Caine, Almodóvar recorreu ao cinema, onde sua imaginação constrói pessoas e suas circunstâncias, e criou um personagem com esse nome.

O Harry Caine de "Abraços Partidos" --atração da 33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e com estreia comercial prevista para 20/11-- é a segunda identidade de um cineasta em crise.

Na trama, o ponto zero da crise do diretor Mateo Blanco (Lluís Homar) é a paixão que surge entre ele e a atriz Lena (Penélope Cruz) no set de filmagens de "Chicas y Maletas" (garotas e bolsas). Lena é casada com um magnata que, atormentado pela ideia da traição, tentará usar seu poderio para impedir a conclusão e o lançamento do filme.

Como toda a história de "Abraços Partidos" gira em torno do cinema, Almodóvar não hesitou em incorporar ao filme suas próprias referências. "Chicas y Maletas" é uma refilmagem de "Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos" (1988), o longa que inscreveu definitivamente a assinatura do espanhol no universo do cinema.

O figurino de Mateo é composto por roupas que Almodóvar usava nos anos 90. O diretor define "Abraços Partidos" como sua "declaração de amor ao cinema" e também a expressão de sua "paixão por Penélope Cruz".

É uma paixão sem sexo, como foram, segundo ele, todas as que viveu num set, à diferença de Mateo Blanco. "Foi uma regra que adotei para mim. Eu me sinto mais livre e independente assim. Acho negativo ir ao set com alguém com quem dormi. Mas isso não impede que minha relação com o elenco tenha muita sensualidade."

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31 de dezembro de 2008

Grande elenco não salva filme da mediocridade e comédia romântica sobre tema polêmico, por Chico Lopes

Em arte, como na vida, boas intenções não bastam e o sentimentalismo edificante pode edificar, dependendo da mão do artista, nada além de rasas choupanas que tentam canhestramente passar por belas casas. Basta que se veja "No entardecer" ("Evening"), de Lajos Koltai, para se chegar a esta conclusão. O filme é uma co-produção EUA/Alemanha de 2007 e tem um elenco tão impressionante que, ao retirá-lo de uma locadora no escuro, a gente o faz por topar com Meryl Streep, Vanessa Redgrave, Glenn Close, Toni Collette, Natasha Richardson, só para ficar em nomes bem conhecidos. Em escala inferior (no quesito talento) há também Claire Danes, que está no papel principal, além da estréia da filha de Meryl, Mamie Gummer, num papel de relevo.

Tudo isso torna evidente que o filme, baseado num best-seller de Susan Minotti que pouca gente parece conhecer, é um daqueles em que o elenco feminino é que dá as cartas. Porque a parte masculina, confiada a dois atores desconhecidos como Patrick Wilson e Hugh Dancy, fica mesmo de escanteio. Não pela desimportância dos personagens, mas pela fraqueza da dupla.

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8 de dezembro de 2008

Rodrigo Capella sorteia livros

O escritor e poeta Rodrigo Capella está sorteando livros em seu novo site. Para concorrer, basta acessar: http://www.rodrigocapella.com.br/brindes.html Toda semana serão sorteados dez ganhadores. Capella é autor de vários livros, entre eles “Rir ou chorar”, que desvenda os bastidores do cinema; e “Transroca, o navio proibido”, que está sendo adpatado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer.

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Autor de Gomorra sonha em escrever história de amor

ANSA (Itália) - 03/12/2008 - por Redação

O escritor e jornalista italiano Roberto Saviano, de 29 anos, autor do best-seller Gomorra, disse em uma entrevista à revista alemã Stern que sonha em escrever um romance com uma história de amor, para não ser conhecido somente como o autor do livro sobre a máfia. Saviano vive há dois anos sob proteção da polícia devido às ameaças de morte recebidas por ter abordado em seu livro os meandros da Camorra (a máfia napolitana). O livro inspirou a criação de um filme homônimo, lançado este ano e escolhido para representar a Itália na disputa pela indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

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26 de novembro de 2008

ANNE HATHAWAY: o enigma de Jane Austen em "AMOR E INOCÊNCIA", por Chico Lopes.

Se você sente que precisa fugir de tantos filmes violentos, repletos de perseguições, tiroteios e mortes horríveis, todos dentro dessa mania de sadismo impenitente que domina cinemas e locadoras e que faz com que o ser humano cada vez mais pareça um monstro cujo apetite de destruição vai para muito além do delírio, é bom saber que esses mesmos cinemas e locadoras ainda oferecem alternativas como filmes históricos e românticos ocasionalmente bem feitos.
Um dos últimos é "Amor e inocência" ("Becoming Jane"), estrelado por Anne Hathaway. Ela começou a fazer sucesso com "Diários da princesa", comédia romântica bem frívola, e ninguém diria que acabaria crescendo a ponto de contracenar muito bem, com Meryl Streep, em "O Diabo veste Prada", ganhando destaque (se bem que equivocado) numa comédia blockbuster como "Agente 86" e virando uma atriz de respeito. Na verdade, cresceu tanto que é possível que seja indicada ao Oscar de Melhor Atriz em 2009 pelo sucesso de crítica que está fazendo no filme "Rachel´s getting married", último de Jonathan Demme: um monte de gente importante achou-a o máximo. Em "Amor e inocência", faz Jane Austen aos 20 anos com muita dignidade e charme.

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25 de novembro de 2008

CARTAS A UM IRMÃO

Curta-metragem produzido pela turma do segundo ano de Rádio e TV da UNESP, baseado no conto homônimo de Edson Rossatto

ESTRÉIA: 27 de novembro

HORÁRIO: Coquetel as 18h horas, sessões as 19h e 20h

LOCAL: Alameda Quality Center  (Rua Luiz Levorato, 1 – Bauru, SP)

APOIO: UNESP, Instituto Lauro de Souza Lima, Secretaria de Cultura de Bauru, Cineclube Aldire Pereira Guedes, Astral Formatura e Eventos, Andross Editora, EMD Mídia, CI, Casa da Pechincha, Imobiliária H2, Tintas Avenida e Nissin.

ENTRADA GRATUITA: Sim, mediante apresentação de convite.

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16 de novembro de 2008

"Não há Freud em Bush", diz ator que interpreta presidente em filme

Ao encarnar um dos mais impopulares personagens da política mundial, o ator Josh Brolin virou queridinho da América. Desde que estreou, no mês passado, nos EUA, como George W. Bush no filme sobre o presidente norte-americano "W.", de Oliver Stone, Brolin passou a ver elogios colados ao seu nome em jornais e revistas. Leia mais (16/11/2008 - 09h06)

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Essência escapa em "O Gosto da Cereja"

INÁCIO ARAUJO - CRÍTICO DA FOLHA

O despiste é uma parte essencial da arte de Abbas Kiarostami e é a essência mesmo de "O Gosto da Cereja" (Futura, 22h; classificação indicativa não informada). O filme nos mostra a trajetória de Badii, homem de meia-idade disposto a se suicidar, que busca alguém para se ocupar de seu corpo após a morte.
Badii viaja por uma região desértica, com seu carro vai encontrando as pessoas a quem dá carona, e a cada uma com quem conversa expõe seu plano. Encontra resistências, é óbvio, mas, mais do que tudo, escuta conselhos sobre a vida, seu caráter sagrado etc.
Escutamos os argumentos de ambos os lados, mas sempre mantemos a convicção de que o essencial escapa. Ou seja, nunca nos é dito por que esse homem deseja se suicidar. Correu, na época do lançamento do filme, que esse homem seria homossexual, o que configuraria um duplo crime diante da lei islâmica (o primeiro sendo o suicídio).
A explicação está longe de ser convincente, ao menos à luz do que se vê no filme: Badii surge apenas como um sujeito com um carro em busca de alguém que preste um serviço. Não é do feitio de Kiarostami agitar questões polêmicas, e não porque fuja delas. É que seu cinema funciona como um espelho. Ele nos dá exatamente o que dele recebemos. Como num espelho, o que vemos é o que expomos. O que retiramos da imagem é o que lhe damos.

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13 de novembro de 2008

Coluna do Vinicius Jatobá no Terra Magazine

Saiu o segundo texto da coluna do Vinicius Jatobá no Terra Magazine. Com o passar das semanas, escreverá sobre cinema e HQs. Ocasionalmente, publicará crônicas e reportagem. Estão convidados. Toda quinta-feira, um texto novo. A resenha de hoje é sobre a excepcional reportagem "O segredo de Joe Gould", do mestre da arte da prosa estadunidense Joseph Mitchell. Nas próximas semanas: "The Umbrella Academy", "Desonra", "RocknRolla", "Caos Calmo" e muito mais. E se gostarem do texto, divulguem para colegas e amigos e voltem sempre.

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10 de novembro de 2008

Sandra Corveloni estrela montagem francesa de Koltès

Sandra Corveloni estrela montagem francesa de KoltèsHoje, 10 de novembro de 2008

Atores brasileiros, entre eles Sandra Corveloni, premiada no último Festival de Cannes, dão corpo às visões de Bernard-Marie Koltès, o dramaturgo francês contemporâneo mais conhecido no mundo, na montagem de sua obra "O Retorno ao Deserto", dirigida por Catherine Marnas, no Théâtre de Paris. O espetáculo já foi apresentado no Brasil e teve sessões no festival de Rio Preto.

*Sandra Corveloni se apresenta em peça "O Retorno ao Deserto", de Koltès, em Paris

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8 de novembro de 2008

Parábola de Frank Darabont é um filme de terror para ser lembrado, por Chico Lopes.

Entre os filmes que vi neste ano, não me lembro de nenhum que tenha me prendido tanto a atenção e me deixado tão incomodado quanto "O nevoeiro" ("The mist"), produção norte-americana de 2007 dirigida por Frank Darabont.
A história original é de Stephen King, notório em fornecer ao cinema argumentos que degeneraram, no mais das vezes, em filmes meramente horríveis ou por vezes terrivelmente ridículos, tão ruins que é melhor nem citá-los. King é contraditório - produz material literário em abundância e, na sua política de fertilidade produtiva, perpetrou muito lixo e algumas coisas boas. Diretores como De Palma ("Carrie, a estranha"), Rob Reiner ("Louca obsessão"), Stanley Kubrick ("O iluminado") fizeram alguma coisa digna com suas histórias, mas mesmo um filme tão cultuado quanto "O iluminado" parece uma enorme bobagem salva pelo enfoque monumental gelado, a sugestividade e as perícias de direção de Kubrick. Virou um filme de arte fazendo o lixo reluzir, mas, para muita gente, o lixo continuou lá, fazendo a mistura cheirar mal. Frank Darabont foi feliz adaptando "Um sonho de liberdade" e "À espera de um milagre", tornando-se uma espécie de marca de qualidade a partir de King. Por alguma razão, achou a maneira certa de adaptar as histórias abusivamente paranormais e apelativas do escritor, extraindo delas personagens ricos e lições de humanidade. Em "O nevoeiro", nada de braçadas. ==>>> LEIA MAIS

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5 de novembro de 2008

O blog de Pedro Almodóvar

blog pedro almodóvar

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29 de outubro de 2008

Para Benicio del Toro, Che poderia ter sido "um grande escritor"

Benicio del Toro, que interpretou Che Guevara no filme de Steven Soderbergh --o mesmo que tem Rodrigo Santoro no papel de Raúl Castro --, disse que o guerrilheiro argentino teria sido um dos grandes escritores da América Latina se tivesse se dedicado à literatura.

Em entrevista publicada hoje no jornal argentino "Clarín", del Toro ressaltou que para fazer o protagonista de "Che" --que é um dos destaques da Mostra de Cinema de SP--, estudou a vida do guerrilheiro e falou com seus parentes e amigos antes de gravar o filme.

O ator também afirmou que tem vontade de continuar atuando e "talvez" de dirigir um filme, embora considere isso "tão difícil quanto fazer uma entrevista coletiva".

Del Toro disse que compartilha os ideais que Che defendia, menos o da luta armada, e que começou a conhecer a personalidade do guerrilheiro ao comprar "por acaso" um livro no México.

"Era um livro de cartas que ele tinha escrito à sua família na Argentina, à tia, da qual era muito amigo, e a seus pais. Eu o li e sua forma de escrever me comoveu muito", disse.

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25 de outubro de 2008

Texto de Woolrich pode ser diabólico

RUY CASTRO - COLUNISTA DA FOLHA
O autor de mistério Cornell Woolrich (1903-1968) fez de tudo para fracassar. Era retraído e/ou agressivo, não se dava com ninguém, morava (com a mãe) em pardieiros do Harlem, escondia-se sob pseudônimos (William Irish, o mais conhecido) e não praticava nem vestígio de "vida literária". Mas tinha um mercado cativo para tudo que publicava e, desde sempre, o cinema adorou filmar seus contos e romances. Era perseguido pelo sucesso, graças a seu talento e imaginação. Entre as dezenas de filmes tirados das histórias de Woolrich, contam-se "A Dama Fantasma" (1944), que William Dieterle adaptou do romance "The Phantom Lady" (tendo no elenco Aurora Miranda, irmã de Carmen), e os dois que François Truffaut filmou, um a seguir ao outro: "A Noiva Estava de Preto" (1968) e "A Sereia do Mississippi" (1969).
Mas não adianta: Woolrich está condenado a ser o autor do conto "It Had to Be Murder" (1942) em que Alfred Hitchcock se baseou para rodar "Janela Indiscreta" (1954). "Janela Indiscreta e Outros Contos", o livro, acaba de sair pela Companhia das Letras, que já lançou outros romances do escritor.
"Janela Indiscreta", o filme, é tão marcante que, ao ler o conto, escalamos mentalmente James Stewart no papel do fotógrafo engessado e preso à cadeira de rodas, de olho na vida alheia, e sentimos falta de Grace Kelly, cujo papel não existe no original.
É instrutivo para se ver como Hitch e seu roteirista John Michael Hayes acrescentaram carne e músculos ao protagonista, tornando-o uma espécie de Robert Capa, o grande fotógrafo da agência Magnum, que, como Jeff na história, não perdia uma foto por nada (morreria fotografando no Vietnã). Mas, exceto por isto, a adaptação seguiu a trama de Woolrich, cujo poder de observação e descrição podia ser diabólico.

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32ª MOSTRA DE SP: "Waltz with Bashir"

Israelense faz animação como terapia

MARCO AURÉLIO CANÔNICO - DA REPORTAGEM LOCAL
Em 2006, um ex-companheiro de Exército chamou o cineasta israelense Ari Folman para uma conversa. O homem estava atormentado por um pesadelo referente à Guerra do Líbano de 1982, de que ambos participaram, e queria que Folman o ajudasse, fazendo um filme.
Assim surgiu "Waltz with Bashir", animação que concorreu à Palma de Ouro em Cannes e que será exibida hoje na Mostra de Cinema de São Paulo, em duas únicas sessões. Folman, que até então não tinha memórias da guerra, decide ouvir seus ex-companheiros na esperança de que as lembranças deles o ajudem a desbloquear as suas.
O público o segue nessa jornada pessoal, descobrindo as imagens sinistras e a culpa que o diretor, um jovem de 19 anos à época do Exército, apagou da memória para conseguir levar uma vida normal pós-guerra. "Waltz with Bashir" é, portanto, uma sessão de terapia individual e coletiva, que vai ficando mais pesada à medida que se aprofunda. A opção por retratar tudo com desenhos, no entanto, atenua o desconforto da audiência -e isso fica óbvio no final chocante, quando são usadas imagens reais.
O filme também é uma expiação da culpa pelo vergonhoso episódio a que alude seu título. Em setembro de 1982, um dia após o assassinato do recém-eleito presidente libanês Bashir Gemayel, a milícia cristã que o apoiava invadiu Sabra e Chatila, campos de refugiados palestinos nos arredores de Beirute, em busca de vingança.
O que se seguiu foram dias de extermínio e destruição a que o Exército de Israel, que vigiava a área, assistiu passivamente.
Folman tem coragem para igualar o massacre dos palestinos ao de seu próprio povo, descrevendo o que ocorreu com palavras e expressões ("genocídio", "campo de extermínio", "gueto de Varsóvia") cuja utilização fora do contexto do Holocausto é abominada pelo governo israelense.
Não vai tão longe, no entanto, a ponto de dar voz às vítimas, o que é lamentável, porque tornaria seu filme mais equilibrado. Um exemplo dessa edição parcial: a única parte falada do filme que não tem legenda é a que mostra mulheres palestinas desesperadas enquanto andam pelo cenário do massacre.
WALTZ WITH BASHIR
Quando: hoje, às 23h30, no Unibanco Arteplex 1 e 2
Avaliação: bom
Classificação: não indicado a menores de 14 anos

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Livros sobre cinema

capa-olhar-selvagem.jpgO Olhar Selvagem – O Cinema dos Surrealistas, de Sergio Lima.

Editora Algol, 130 páginas, R$140

Reunião de ensaios do crítico Sergio Lima sobre filmes perturbadores, ligados à estética surrealista, produzidos entre 1930 e 1970. O autor descobriu o surrealismo nos anos 50 e ficou fascinado com a “des-educação” do olhar e a ênfase no poder subversivo do inconsciente, promovidas pelo movimento. Lima colaborou com Paulo Emilio Salles Gomes na reestruturação da Filmoteca do MAM, estagiou na Cinemateca Francesa, em Paris, e conviveu com inúmeros cineastas brasileiros, além de ter trabalhado na Embrafilme, antes de se dedicar à carreira publicitária.

capa-almodovar.jpg Conversas com Almodóvar, de Fredéric Strauss.Zahar, 311 páginas, R$44,90

Frédéric Strauss, ex-editor da revista Cahiers du Cinéma, reúne as entrevistas que fez com Pedro Almodóvar ao longo de mais de 20 anos. As conversas vão desde temas técnicos – a composição de cenários e figurinos, o uso dramático da música – aos aspectos autobiográficos da obra do cineasta espanhol e sua relação com a família, a religião e a sexualidade. Da transgressão iconoclasta dos primeiros trabalhos à densidade emocional dos seus filmes mais recentes, o livro mostra o amadurecimento de Almodóvar ao longo do tempo - e a consistência de seu projeto cinematográfico. Leitura obrigatória para os fãs do diretor de Mulheres à beira de um ataque de nervos.

capa-moderno.jpg Moderno? Por que o cinema se tornou a mais singular das artes, de Jacques Aumont. Papirus, 96 páginas R$29,90

Em Moderno? Por que o cinema se tornou a mais singular das artes, o teórico francês Jacques Aumont, autor do clássico ensaio O olho interminável, analisa o entrelaçamento (e, ao mesmo tempo, a defasagem) entre o desenvolvimento do cinema e as questões e valores da Modernidade - como o novo papel da consciência histórica, da relatividade do gosto, do caráter experimental e especulativo da arte etc. E argumenta que, justamente por ser uma arte “inventada” e industrial, uma arte “pobre” em relação às demais, o cinema tem hoje um fôlego e uma capacidade de sobrevivência maior que, por exemplo, a pintura.

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Cineasta David Cronenberg escreve romance

O diretor de cinema David Cronenberg contou nesta quinta-feira que já escreveu 60 páginas de um romance. Ele não deu muitos detalhes do projeto, só deixou claro que não se trata de uma história de terror ou de ficção científica. Cronenberg participa do Festival de Cinema de Roma.

"Apenas com as páginas que já escrevi, encontrei editores de todo o mundo interessados em publicá-lo, o que é muito assustador para mim", disse Cronenberg.

"É um momento muito delicado para mim, então realmente não posso falar muito. Não é como Stephen King, não sei como vai ser, não se trata de terror ou de ficção científica. Mas exatamente o que é, eu não sei ainda."

Conhecido por "Gêmeos Mórbida Semelhança" e o recente "Marcas da Violência", Cronenberg contou que quer escrever um livro há 50 anos.

Nesta quinta, o cineasta participou de um encontro no qual respondeu perguntas de fãs, uma das atividades do festival cuja terceira edição vai até o dia 31 de outubro.

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MEIRELLES, JULIANNE, SOM E FÚRIA

Tem um tempão que eu queria falar aqui do 'Ensaio sobre a Cegueira' mas faltava oportunidade. Ela chegou. Hoje, vi a entrevista que o Fernando Meirelles concedeu a Marília Gabriela no GNT. Foi um bate-papo tranqüilo e bastante sincero, no qual o diretor expôs suas inseguranças mas, principalmente, mostrou-se absolutamente seguro. Sim, a pessoa segura de fato é a que sabe que não tem a obrigação de saber de tudo, que pode aprender. Nos últimos anos, Meirelles mostrou que aprendeu a ser um grande contador de histórias. Ele está dirigindo 'Som e Fúria', na Globo, baseada na série canadense 'Slings and Arrows', que mostra os bastidores de uma companhia de teatro que encena peças de Shakespeare. É um projeto bastante interessante, que mostra a capacidade do diretor de fazer boas escolhas. Quando ele resolveu adaptar o romance de sucesso de Saramago para o cinema, tinha consciência de que corria perigo. Sofreu um pouco em Cannes com a recepção de parte da crítica para o filme, então exibido com boa parte da narração do Danny Glover, depois retirada. Depois, deixou de sofrer. Sabia que tinha feito uma grande obra. >>>> POSTADO POR: André Gomes às 19:07 :: Arquivado

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21 de outubro de 2008

Marcos Ana, el Quijote viviente

Almodóvar filmará la vida del hombre que más tiempo estuvo en la cárcel por la Guerra Civil española. Sin sueños de venganza, Marcos Ana sigue luchando contra el fascismo. Su historia es testimonio de los pájaros sin alas de aquella barbarie; y también una juerga de ternura que iza la Bondad por encima de todo horror.

imgp1100a.jpgMarcos Ana, poeta y Quijote. Emblema universal de la lucha por la libertad —88 años, hoy— estuvo en las cárceles del franquismo entre 1939 y 1961. Conoció el espanto en su piel, en su corazón, y a través de los ojos de sus compañeros; descubrió el oprobio en las manos de los torturadores: manos extranjeras a la vida que sólo los domingos cesaban de masacrar, pues entonces los verdugos rezaban en la Iglesia y con el capellán. Pero también supo de deleites: en las mazmorras del fascismo español, Marcos Ana «adoptó» —como se adopta un bebé— una flor inocente, nacida en la grieta tenebrosa del muro más cruel. Así como, aunque trepado a los barrotes y castigado duramente por ello, se extasió con cada plenilunio que —gracias a su obstinación— pudo gozar. Igual que contrabandeó, reja a reja, la poesía de Neruda y sus propios versos, como una letanía que invocaba la libertad. Tenía sólo 19 años cuando cayó en aquel infierno del Régimen, y veintitrés más cuando —como una salva de pájaros contentos— pudo dejar la jaula para abrazar la nitidez de la luz.

Luz cegadora para él, que no conocía más que las tinieblas. Pero la vida, que sólo le había ofrecido su mano mezquina, le llegaba por fin con la mano que da. Entre todos sus dones, le dio los viajes, el reconocimiento mundial —el abrazo de la humanidad— y la posibilidad de luchar. Le dio la poesía, y le descubrió el amor y el sexo... recién a sus 42. Ella era joven y morena, delgada, bella y sutil. Se llamaba Isabel Peñalba y tenía la mirada azul.

¿Serán los ojos de Penélope Cruz, la actriz fetiche de Almodóvar, los que lo mirarán desde aquel azul de Isabel? Quién sabe. Primero terminará la filmación de «Los abrazos rotos» y, quizás, rodará «La piel que habito». Y entonces se dedicará a «Decidme cómo es un árbol», el último libro de Marcos Ana; obra que recorre el mundo con sus memorias de la prisión y de la vida, flameantes de humor, de la poesía de su prosa y del sentido de la existencia como un hecho trascendente.

¿Cuántos filmes podrían hacerse con cada latido de este Quijote? En cualquier caso, Almodóvar eligió tomar la historia de Marcos, «un superviviente», cuando era ya un pájaro en vuelo libre que surcaba cielos a la salida del infierno. Al cineasta le impresiona que, después de haber respirado tanta muerte, el poeta sepa de justicia y paz, de fraternidad y siembra, de imaginación y esperanza, y no de rencor. Le sorprende su pasión por la vida del prójimo. Se emociona porque en «Decidme cómo es un árbol», nuestro autor cuenta que —a causa de un compañero que lo denunció— recibió una de sus dos condenas a muerte; y, aun así, no da su nombre para evitar un daño a la posible familia del traidor.

Curiosa audacia la de Almodóvar, artista de un lenguaje cinematográfico barroco y brillante, cuyos temas habían sido hasta ahora el amor por su madre y por las mujeres, la sexualidad, el maridaje entre el amor y la muerte, y la transmutación del alma. Y si bien algunos hechos de la historia que filmará justifican a primera vista su elección —ya se verá— hay algo central, más novedoso que todo. «Marcos Ana es lo más parecido a un ángel —explicó el director—, no he conocido a nadie tan bueno». A partir de esta experiencia, ¿podremos sumar entre sus razones para elegir un guión el valor infinito de la Bondad? (Cristina Castello)

Artículo publicado en «Lyrsa editores» - México, octubre 2008

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20 de outubro de 2008

Liv Ullmann in São Paulo

Liv Ullmann que veio a São Paulo, especialmente para a abertura de uma mostra em sua homenagem, falou sobre sua experiência como atriz e diretora, em seus 40 anos de carreira.
Com profissionais de teatro, e jovens cineastas na platéia, Ullmann, ao lado de Karin Rodrigues e o cônsul da Noruega, começou dizendo: Vou falar de meu Curriculum… todos riram…"Acho que sou muito divertida, mas as pessoas não me vêem assim, acham que sou muito séria. Queria muito fazer uma comédia, mas ninguém nunca me convidou".
Ullmann, continuou contando sobre sua carreira, dizendo que viveu anos maravilhosos no teatro, onde começou a atuar em 1957, interpretando grandes personagens.
Contou que o seu primeiro encontro com Ingmar Bergman, quando estava acompanhada de Bibi Andersson, parecia um filme de tão mágico. Bergman escreveu o roteiro do enigmático Persona, a partir do momento que percebeu a intensa semelhança, de seus rostos e suas personalidades, e assim ela conquistou seu primeiro papel de destaque no cinema.
Ullmann que estrelou nove filmes de Bergman, entre eles "Gritos e Sussurros”, disse que ele "sabia captar os olhares e as atitudes dos atores".
Foi somente em 1992 que a atriz lançou-se como diretora de longas-metragens; dirigiu dois filmes com roteiros do Bergman. “Os atores entregam o coração para você e isso é um privilégio. Aprendi a conquistar e conhecer pessoas maravilhosas para trabalhar.” …continue lendo (VERA BARBOSA)

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19 de outubro de 2008

Festival de Cinema de Porto Alegre anuncia filmes vencedores

O CineEsquemaNovo 2008 Festival de Cinema de Porto Alegre (CEN) anunciou os filmes premiados em sua quinta edição.

"O Fim da Picada", longa de 2008 dirigido por Christian Saghaard foi um dos grandes premiados da noite, levando os troféus de melhor longa tanto pelo júri de premiação (composto por Bernardo de Souza, Marcelo Lyra, Mariana Xavier, Milton do Prado e Pablo Lobato) quanto pelo júri da nova crítica, integrado pelos participantes da Oficina de Crítica Cinematográfica.

"Espuma e Osso", de Ticiano Monteiro e Guto Parente, foi escolhido pelo júri de premiação o melhor curta-metragem.

O prêmio especial do júri foi entregue para "Pan-Cinema Permanente", de Carlos Nader (SP), também eleito melhor longa-metragem da mostra competitiva pelo júri popular. Veja lista dos vencedores:

Júri de Premiação

Melhor Longa-Metragem

"O Fim da Picada", de Christian Saghaard (SP)

Melhor Curta ou Média-Metragem

"Espuma e Osso", de Ticiano Monteiro e Guto Parente (CE)

Leia mais (18/10/2008 - 18h51)

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14 de outubro de 2008

Festival de Cinema de Porto Alegre

O CineEsquemaNovo - Festival de Cinema de Porto Alegre (CEN) começou neste sábado 11 de outubro. Acesse o site www.cineesquemanovo.org e acompanhe toda a cobertura:
- As primeiras sessões da Mostra de Longas
- Como foram os programas #1 e #2 da Mostra de Curtas e Médias
- A Mostra Mão Dupla no Cine Santander Cultural
- O começo das Sessões da Meia-Noite
Acesse também o Flickr do festival e confira as fotos deste ano. Desde já você acessa imagens sobre como foram os primeiros dias do CEN, durante este final de semana em Porto Alegre. Todas as noites, novidades no ar: www.flickr.com/photos/cineesquemanovo.

SALA P.F.GASTAL - USINA DO GASÔMETRO
CINE SANTANDER CULTURAL
ESPM / PUCRS / ULBRA / UFRGS
www.cineesquemanovo.org

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10 de outubro de 2008

Edição especial de Mutações chega ao Brasil

Mutações, Liv UllmannLiv Ullmann participará de tarde de autógrafos nesta quinta-feira, dia 9, a partir das 17h30, na Saraiva Mega Store do Shopping Ibirapuera (Av. Ibirapuera, 3.103 - Moema - Piso Moema - São Paulo/SP - Tel: 11-5561-7290/6053), de seu primeiro livro Mutações (CosacNaify, 224 pp., R$ 45 - Trad. Sonia Coutinho). O título da atriz norueguesa foi lançado em 1976 e conta a importância do teatro em sua trajetória e sua ligação com grandes autores como o alemão Bertolt Brecht e a escritora dinamarquesa Karen Blixen. Nesta nova edição que chega ao Brasil, o título traz dez fotografias de Liv e um relato forte e sincero sobre seus dramas e alegrias, sobre seus relacionamentos com a família, a maternidade, os amores e seu desenvolvimento como atriz. Foi Mutações que transformou a estrela dos cinemas em escritora.

Tarde de autógrafos com Liv Ullmann
9 de outubro, 17h30
Livraria Saraiva do Shopping Ibirapuera
Av. Ibirapuera, 3.103 – São Paulo [SP]

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8 de outubro de 2008

Sonhos de Akira Kurosawa

Sonhos de Akira KurosawaPara Freud, os sonhos expressam a realização de desejos inconscientes. Para Jung, os sonhos não apenas revelam desejos reprimidos, mas também são uma ferramenta da psiquê para buscar equilíbrio por meio de compensação. No entanto, consideradas as diferenças, os dois autores concordam num ponto: os sonhos são a estrada através da qual o conhecimento do inconsciente se torna possível. Seja qual for a metodologia, nada seria mais proveitoso do que a pura entrega ao espetáculo do sonho, reino de imagens poéticas e sons cuja mensagem sempre se mostra misteriosa e cativante. Assim são os sonhos apresentados em Sonhos de Akira Kurosawa. O filme, baseado em sonhos verdadeiros do diretor japonês, é constituído de oito sonhos independentes. A coesão dos vários sonhos é a experiência de seu personagem principal, desde a infância até a fase adulta e os desafios que cada fase encerra.

Relato o quinto conto, “Corvos”, um jovem pintor, ao observar as pinturas de Van Gogh, entra dentro dos quadros e se encontra com o pintor, que indaga por qual razão ele não está pintando se a paisagem é incrível, pois isto o motiva a pintar de forma frenética. (fonte: monomito)

Corvos
Uma vinheta brilhantemente colorida com a participação do diretor e cineasta Martin Scorsese como Vincent Van Gogh. Um estudante de artes descobre-se dentro do vibrante e por vezes caótico mundo dentro dos trabalhos de arte de Vincent Van Gogh durante uma visita a um museu de artes. Nas telas do artista, ele encontra o próprio Van Gogh em um campo aberto e conversa com ele. O estudante perde a trilha do artista (o qual está sem uma orelha, em referência ao episódio da auto-dilaceração cometida por Van Gogh, e já próximo do fim de sua vida) e viaja através de outros trabalhos tentando encontrá-lo. A pintura Campo de trigo com corvos é um elemento importante neste sonho.

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6 de outubro de 2008

Vicentini Gomez faz lançamento de filme em Porto Feliz

Porto das Monções - Minha Cidade - Porto Feliz"Porto das Monções - Minha Cidade - Porto Feliz", de produção e direção de Vicentini Gomez terá lançamento dia 13 de outubro, segunda-feira, às 19h00, dia do aniversário da cidade, no SEMEC, local de eventos em Porto Feliz. Atores, autoridades e toda cidade está convidada para o evento.

Porto Feliz tem uma das histórias mais significativas no processo de desenvolvimento do oeste brasileiro. Quando se descobriu ouro em Cuiabá, as expedições comerciais e militares partiam de Porto Feliz, lugar de onde o Rio Tietê possibilitava navegabilidade. Os batelões -barcos feitos de uma tora única, com até 15 metros de comprimento- era o meio de navegação. Era uma grande aventura essa viagem. O ouro era o objeto de desejo.

O cenário do filme foi, sobretudo, o Rio Tietê, simulando uma viagem de Araritaguaba -nome primitivo de Porto Feliz- até Cuiabá. Ainda, os casarios, fazendas vizinhas, o Parque das Monções, onde inclusive construímos uma capela, réplica da primeira da cidade, em homenagem a Nossa Senhora da Penha, primeira padroeira da cidade, o pico do Jaraguá em São Paulo, e diversas cidades da vizinhança.

No elenco, Gésio Amadeu; Henrique Taubaté Lisboa; Claudimir Causin; Enio Gonçalves; Maximiliana Reis; Kátia Campos; Toni Gonçalves; Rosana Diniz; Gilson Geraldo; Pedro Paulo Vicentini; Edison Sobral e ainda cerca de 150 atores com pequenos papeis e figurantes.Os índios da tribo guarani do Jaraguá tiveram participação especial e contribuíram com o seu vigor para as cenas de ataque aos Bandeirantes e depois aos monçoeiros.

"Porto das Monções - Minha Cidade - Porto Feliz" estará à disposição para pesquisa aos estudantes do ensino médio, universidades, festivais e será enviado para faculdades de história, bibliotecas e museus de todo o Brasil.

Uma gama considerável de historiadores das principais universidades de São Paulo participaram com seu conhecimento e saber para a realização do filme: Jonas Soares de Souza; Monsenhor Jamil Abib; Paulo Miceli; Valderez Antonio da Silva; Adolfo Frioli; Claudete de Souza Nogueira; Julio Abe; Hernani Donato; Almirante Max Justo Guedes; Milton Ottoni; Juliana Gutierrez.

Contou, principalmente, com o apoio pessoal do Prefeito de Porto Feliz, Cláudio Maffei que é historiador, e o patrocínio da Prefeitura Municipal e das empresas: Lanxess; Schadeck; Recanto das Araras; Rodovia das Colinas. Syspro telemetria; Audibel - aparelhos auditivos; RCD Faróis; Colégio Porto dos Bandeirantes; Cachaça Bandeirantes; Associação Comercial: Guerini Empreendimentos e Bolos Sueli.

Equipe Técnica da Finalização: A finalização do filme está por conta de Hugo Caserta, que utiliza recursos 2e 3D para efeitos especiais em cenas do filme, para transformação e textura de imagens antigas, assim como recuperação de filmes e fotografias. A trilha sonora de Renato Pires e Arthur Denincasa dão vida à epopéia da viagem monçoeira. Como assistentes de edição e finalização Carolina Martins e Bianca Verrone vivem a contradição do aprendizado da universidade e a prática de transformar imagem em sonho.

Projetos de Vicentini Gomez
Vicentini Gómez acaba de escrever o roteiro do filme "Os Caminhos de Sorocaba" que contará a história da cidade de Sorocaba, voltada ao público infantil. Esse trabalho contará com atores mirins e desenho animado. É um projeto que está ganhando asas e terá, em breve, sua seqüência em série televisiva. Também não está descartada a volta de Vicentini nas telenovelas.

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José Saramago rebate críticas a Ensaio

O Estado de São Paulo - 04/10/2008 - por Redação
O escritor português José Saramago defendeu a adaptação cinematográfica de Ensaio sobre a cegueira, do diretor Fernando Meirelles. Para Saramago, as críticas de uma associação americana de cegos são infundadas. "A estupidez não discrimina os cegos dos que enxergam", disse a uma emissora portuguesa de rádio. A associação acusa o filme de retratar cegos como monstros e ameaçou protestar nos cinemas onde a obra estiver em exibição.

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4 de outubro de 2008

FIASCOS ROMÂNTICOS E CLÁSSICO DE CARMEN MIRANDA DIRIGIDO POR BUSBY BERKELEY, por Chico Lopes

UM AMOR PARA TODA A VIDA - O chato de quem vê muito cinema é a constante traição às expectativas. A gente sabe que a realidade cinematográfica anda medíocre e esgotada (parece que todos os gêneros vão se esvaziando dia após dia), mas sempre tem a louca esperança de encontrar aquele filme que desminta nossos tristes prognósticos infalíveis na maior parte dos casos. Queremos ter surpresas, queremos nos emocionar, irritados pela realidade lógica, mas desmancha-prazeres.
"Um amor para toda a vida", que tem à frente do elenco os veteranos Christopher Plummer e Shirley MacLaine, parecia merecedor de uma locação esperançosa.
Qual o quê! Realizado em 2007 pelo inglês Richard Attenborough, que já fez filmes de muito sucesso como "Ghandi" e "Um grito de liberdade", "Um amor para toda a vida" ("Closing the ring") é um filme particularmente frouxo, embora tenha um bom elenco e uma história de amor promissora, que começa na Irlanda, na Segunda Guerra Mundial, e é ligada aos dias atuais por um anel que certo piloto, morto num acidente, deixou para a sua namorada americana, muito desejada pelos seus amigos. Não vou me lembrar do nome do ator que ama e é amado por sua namorada americana (mais tarde, ela será o personagem de Shirley MacLaine), mas ele é de uma ruindade espantosa, não consegue passar a menor chama. =>>>>> LEIA MAIS

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23 de setembro de 2008

'Ensaio sobre a Cegueira'

"Ensaio sobre a Cegueira"

por Contardo Calligaris *
publicado em 18/9/2008.

Somos capazes de tudo: o apocalipse nos testa e nos revela a nós mesmos e ao mundo
GOSTO DOS romances e dos filmes apocalípticos, ou seja, das histórias em que algum tipo de fim do mundo (guerra nuclear, invasão extraterrestre, epidemia etc.) nos força a encarar uma versão laica e íntima do Juízo Final. Nessa versão, Deus não avalia nosso passado, mas, enquanto o mundo desaba, nosso desempenho mostra quem somos realmente. No desamparo, quando o tecido social se esfarela e as normas perdem força e valor, conhecemos, enfim, nosso estofo "verdadeiro". Somos capazes do melhor ou do pior: o apocalipse nos testa e nos revela.
O primeiro romance apocalíptico (de 1826) talvez tenha sido "O Último Homem" (ed. Landmark), de Mary Shelley, que é também a autora de "Frankenstein". De fato, as duas obras são animadas pelo mesmo sonho: uma criatura radicalmente nova pode ser fabricada no bricabraque de um necrotério ou nascer das cinzas da civilização. Em ambos os casos, ela será sem história, sem ascendência, sem comunidade e, portanto, penosamente livre - para o bem ou para o mal.

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22 de setembro de 2008

Delicadeza e esperança em Ensaio sobre a Cegueira

Fernando Meirelles é, dos novos diretores, o mais promissor. Apesar de quererem encaixar seu último belo filme, Ensaio sobre a Cegueira, em uma trilogia - idéia completamente sem pé nem cabeça -, suas três obras serviram para consolidar uma identidade narrativa e uma linguagem visual únicas.

Saramago enrolou Meirelles por cerca de dez anos até entregar os direitos de seu livro. O maior medo do escritor era que Meirelles transformasse Ensaio em um filme sentimentalóide ou pior ainda, em mais um dentro do gênero "o-mundo-está-acabando-por-uma-epidemia-biológica". Assim que assistiu à primeira cópia, Saramago deixou bem claro - estava tudo na medida certa.

O trunfo de Meirelles como excelente diretor é retirar das adaptações dos livros (Cidade de Deus, O Jardineiro Fiel e Ensaio foram, antes de tudo, obras literárias) o sumo narrativo e transportar perfeitamente para a linguagem cinematográfica. O romance de Paulo Lins é mais uma obra histórica que uma análise pop/violenta/arquitetônica das favelas do Rio. Jardineiro, originalmente, é um livro policial. Já Ensaio é uma obra cruel, nojenta e implacável - cegos, somos animais.

Apesar do que possa parecer no trailer, o que sobressai, ao fim de duas horas de filme, é uma enorme delicadeza. Esperança. A solidariedade e o companheirismo que Saramago tanto trata em suas obras transborda aqui. Meirelles não deixa de filmar a maldade do ser humano quando reduzido aos instintos mais primários, mas há luz. Uma luz ao final do hospício onde os cegos foram internados. (Letícia Simões)

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18 de setembro de 2008

O Velho Hitch, por Manoel Hygino dos Santos

Chico Lopes entende de cinema. Não sem razão está no Instituto Moreira Salles, embora também se dedique, com merecido sucesso, à literatura. Seus livros de contos venderam o que podem, no Brasil que lê pouco e em que os costumeiros leitores, não têm o necessário embasamento para conveniente apreciação.
O mesmo acontece com a sétima arte: o que, ao crítico, tanta vez parece uma obra-prima, ao espectador comum não passa de uma grande porcaria. Tampouco o que agradava à platéia adolescente de décadas atrás, satisfaria os jovens de hoje. Os tempos mudam, e, com eles, os gostos.
Comentando Hitchcok, há poucos dias, afirmava Chico Lopes que os espectadores de novas gerações, com o privilégio de poder descobrir a obra toda do diretor inglês em caixas de DVD´s, que são um dos maiores petiscos do consumismo cinéfilo atual, vão certamente se encantar com as obras-primas e nelas descobrir coisas que nem adivinhariam.
Quanto a mim, digo sem medo de causar surpresa: gostei de todos os filmes de Hitch a que tive oportunidade de assistir. É um dos gênios do cinema do século passado, quer dirigisse na Europa, quer nos Estados Unidos. Enfim, como não sou crítico, mas mero diletante, escapo à censura.

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Natalie Portman, diretora

Atriz Natalie Portman apresentou seu curta-metragem no Festival de VenezaNatalie Portman se prepara para sua estréia por trás das câmeras. Ela vai dirigir a adaptação "De Amor e Trevas", livro de memórias do israelense Amós Oz ambientado em Jerusalém durante as décadas de 1950 e 1960. O filme deve ser falado em hebraico.

Natalie Portman, nome artístico de Natalie Hershlag, (Jerusalém, 9 de junho de 1981) é uma atriz estadunidense nascida em Israel. Tornou-se famosa pelo filme Star Wars - A Ameaça Fantasma.

Ainda criança, sua família transferiu-se para os Estados Unidos da América. Aos doze anos, iniciou a carreira de atriz no filme O Profissional, de Luc Besson. É judia, vegetariana desde os oito anos e formada em Psicologia na Universidade Harvard.

Natalie Portman raspou a cabeça para filmar o longa V de Vingança, mostrou um lado mais frio e interpretou uma stripper em Closer e ficou nua para Fantasmas de Goya, ações que a deixaram famosa e fizeram muita gente levar a atriz mais a sério.

Seus filmes abordam, no geral, temas interessantes e variados e roteiros inteligentes, indo da ficção científica Star Wars, de George Lucas, ao musical Todos Dizem Eu Te Amo, de Woody Allen, passando pelo excêntrico Marte Ataca!, do ainda mais excêntrico Tim Burton, e por doces comédias românticas, como Em Qualquer Outro Lugar e Onde Mora o Coração, até os mais encantadores, como o consagrado Paris, Te Amo.

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17 de setembro de 2008

Livro de Rodrigo Capella será adaptado para o cinema

O livro “Transroca: o navio proibido”, do escritor e poeta Rodrigo Capella, está sendo adaptado para o cinema pelo cineasta gaúcho Ricardo Zimmer, diretor de “Catarina” e “O Exército de Um Homem Só”. O filme tem orçamento de R$ 3,5 milhões e as filmagens começam já em 2009, em São Paulo, Santa Catariana e Rio Grande do Sul.

A trama de “Transroca: o navio proibido” se passa a bordo de um navio que faz um cruzeiro por um lugar fictício, Perúsia Grande, e tem como destino a cidade de Parja. A bordo estão Kall, o detetive, e sua mulher Amanda, em lua-de-mel. Durante a viagem, um assassinato deixa os passageiros estarrecidos e coloca o detetive em ação.

O cineasta Ricardo Zimmer justifica porque escolheu o livro para adaptar para o cinema: “o clima de mistério, de intrigas e de suspeitos multifacetados é contagiante até as últimas frases quando então surpreendentemente Kall, revela o criminoso”, argumenta o diretor, destacando que “a resposta tão bem construída pelo autor, revela-nos o mundo de homens que matam por interesses, amor, futilidades, ciúmes e medos”.

Além de “Transroca: o navio proibido”, Capella lançou “Como mimar seu cão”, “Rir ou chorar”, “Enigmas e Passaportes” e “Poesia não vende”, entre muitos outros.

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Desastre imperdoável, o grande Daniel Auteuil e um faroeste sem rumo, por Chico Lopes

ANNETE BENING NÃO SALVA PRODUÇÃO EQUIVOCADA - Há filmes diante dos quais a gente só consegue mesmo lamentar a locação. E alguém deveria atentar melhor para a questão da propaganda enganosa, nesses casos, porque, sem maiores referências sobre determinadas produções, o consumidor as procura na contracapa dos DVDs, sendo levado a uma locação por chamarizes que não se cumprem; o truque habitual é reproduzir a citação de algum crítico de alguma publicação americana colocada de tal modo que pareça importante; o destaque funciona e muita gente se deixa convencer é por aí. No caso específico de "Correndo com tesouras", a citação diz tratar-se uma "comédia brilhante".
Bem, não é uma comédia. Se queria ser, falhou clamorosamente. Como humor negro, não funciona, e, como drama, menos ainda. O filme simplesmente não é nada, não achou seu tom e, na verdade, só depois de vê-lo, como incauto bem-intencionado, é que fui saber que a crítica americana em bloco o massacrara. Com toda razão. Os críticos às vezes exageram para bem, mas, quando caem matando num filme com unanimidade, o único conselho é evitá-lo, porque não há salvação.
"Correndo com tesouras" é a autobiografia de Augusten Burroughs, narrada em forma de diário (de modo canhestro, porque, de vez em quando, o filme se perde tanto que a gente fica esperando que o diário com a voz em off volte para pôr um pouco de ordem na mixórdia). Ele é um garoto criado por uma mãe metida a poeta que, frustrada em sua ambição e no casamento com um alcoólatra que tem toda razão em considerá-la uma chata monumental (talvez beba é por ter se casado com ela), cria o filho como seu maior fã e sua única platéia. O início, mostrando a relação dos dois com habilidade, é promissor, e de imediato a gente sente que o garoto vai virar homossexual, inevitavelmente, com uma mãe ególatra e possessiva daquele jeito. >>>>> LEIA MAIS

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6 de setembro de 2008

Com delicadeza, 'Linha de Passe' mostra família da periferia de SP

MAIARA CAMARGO
Colaboração para a Folha Online

A vida de uma família na periferia de São Paulo (SP) e sua luta para sobreviver e realizar sonhos são os itens centrais do filme "Linha de Passe" (Brasil, 2008), de Walter Salles e Daniela Thomas, que chega às telonas nesta sexta-feira (5).

O longa --exibido no Festival de Cannes em maio deste ano-- rendeu a Sandra Corveloni o prêmio de melhor atriz, pela interpretação de Cleuza. A personagem é a chefe dessa família, formada por ela e seus quatro filhos, Dênis (João Baldasserini), Dinho (José Geraldo Rodrigues), Dario (Vinícius de Oliveira) e Reginaldo (Kaique de Jesus Santos).

Cleuza tem 42 anos, é empregada doméstica e está grávida do quinto filho. Aparentemente, criou os outros quatro sozinha, sem a ajuda dos pais, e é assim que criará o que está a caminho. Essa falta da figura paterna é um dos temas do filme, e tal aspecto se intensifica na figura de Reginaldo --único filho negro, o caçula da família. O rapaz tem como fixação encontrar o pai, que é ou foi motorista de ônibus. Em sua busca, acaba rodando pelos circulares da capital, fazendo com que a mãe passe por momentos de muita aflição.

Dênis, o filho mais velho, é motoboy, tem um filho e trabalha para pagar sua moto e a pensão da criança. Dinho se tornou religioso após um passado obscuro e tenta sobreviver trabalhando como frentista de um posto de gasolina.

Já Dario, prestes a completar 18 anos, luta para passar pelas peneiras de clubes de futebol. Mas como a idade conta muito para o início da carreira de um jogador, o jovem parece estar tendo as últimas chances para se tornar um atleta profissional. No papel, está Vinícius de Oliveira, conhecido pela atuação como o menino Josué, no premiado filme "Central do Brasil" (1998).

O filme não mostra somente como cada um dos familiares leva sua vida ou como eles buscam atingir seus sonhos, mas também apresenta, de forma delicada e direta, como é difícil se manter dentro da lei e levar uma vida equilibrada quando o dinheiro falta e a vida parece, em determinados momento, sofrida demais.

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4 de setembro de 2008

DOIS HITCHCOCKS MENORES: MAESTRIA, A DESPEITO DE TUDO, por Chico Lopes.

Os espectadores de novas gerações, que têm hoje em dia o privilégio de poder descobrir a obra toda de Alfred Hitchcock em caixas de DVDs que são um dos maiores petiscos do consumismo cinéfilo atual, vão na certa se encantar com as obras-primas e descobrir nelas coisas que nem imaginavam, mas, se tiverem cuidado e não forem desprezando os filmes de Hitchcock tidos por menores, descobrirão prazeres menos óbvios.
Porque há uma lista de filmes de Hitchcock para os quais alguns fazem cara feia e outros simplesmente evitam ou deixam para ver quando não tiverem coisa melhor a fazer: "Topázio", "Cortina rasgada", "Disque M para matar", "Pavor nos bastidores", "A tortura do silêncio", "O terceiro tiro", "Trama macabra", "Um barco e nove destinos", "Quando fala o coração", "Agonia de amor", "Suspeita" etc.
Não nego que alguns desses filmes sejam mal-sucedidos (o caso mais óbvio para mim é o de "Topázio", uma produção quase injustificável). Mas, conhecendo alguns desses títulos primeiro pela má fama que os precede, surpreendi-me quando decidi vê-los a despeito dela. "Pavor nos bastidores", às vezes colocado na triste categoria do pior filme norte-americano de Hitch, não é de modo algum um filme desprezível. E haveria o que dizer de cada um dos outros, mas decidi escolher apenas dois porque os revi recentemente e me deleitei com redescobertas e confirmações. ==>>> LEIA TEXTO COMPLETO

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31 de agosto de 2008

'Os Desafinados' traz música e política

Filme de Walter Lima Jr., com Rodrigo Santoro e Cláudia Abreu, usa perído da bossa nova para falar de amizade

Luiz Carlos Merten, de O Estado de S. Pualo - Agencia Estado

SÃO PAULO - Rodrigo Santoro e Cláudia Abreu formam dois catetos do triângulo amoroso de Os Desafinados, que se completa com o personagem de Ângelo Paes Leme. Cláudia foi melhor atriz e Paes Leme, melhor coadjuvante no recente Festival de Paulínia. A relação a três é o melhor - além da trilha, claro - do filme de Walter Lima Jr. que estréia nesta sexta-feira, 29, nos cinemas do País. Como o cinema brasileiro não se encontra em fase de boa relação com o público - já teve momentos bem melhores, mesmo no período da Retomada que começou com Carlota Joaquina, de Carla Camurati, em 1995 -, a dúvida que fica no ar é: como será recebido o filme sobre o histórico show que lançou a bossa nova internacionalmente, em 1964?  

Veja também:

Trailer de 'Os Desafinados' trailer
Na verdade, Os Desafinados não é ''sobre'' a gênese da bossa nova nem sobre o show, propriamente dito, embora ambos sejam decisivos no relato. É muito mais um filme sobre a amizade, sobre o companheirismo, sobre a ponte que o diretor de Menino de Engenho e A Lira do Delírio faz entre o íntimo e o público, entre a música e a política para falar sobre um período muito rico da vida brasileira.

[Quero ver]

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'Shortbus' tem sexo explícito e muita provocação

Luiz Carlos Merten, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - Exibido fora de concurso no Festival de Cannes, há dois anos, Shortbus teve direito a sessão de gala, com tapete vermelho. E terminou sendo um dos filmes mais comentados do maior festival de cinema do mundo, naquele ano. Na coletiva, após a projeção para a imprensa, o diretor John Cameron Mitchell admitiu que fez Shortbus "com um grau de provocação em mente". Na verdade, muita provocação. Além de os personagens falarem em sexo o tempo todo, eles partem da oralidade para a prática. Shortbus tem sexo explícito, o que é sempre motivo de escândalo.

Veja também:

Trailer de 'Shortbus' trailer

Exatamente 30 anos antes de Mitchell, o japonês Nagisa Oshima também havia feito Cannes tremer com as cenas de penetração e felação de O Império dos Sentidos. Em anos recentes, o estupro da personagem de Monica Bellucci em Irreversível, de Gaspar Noë, e a provocação sexual de Chloë Sevigny em Brown Bunny, de Vincent Gallo, também fizeram sensação na Croisette. Em ambos os filmes, o sexo era praticado a dois e, no caso de Irreversível, contra a vontade da deslumbrante Monica. No caso de Shortbus, o sexo é grupal e isso talvez tenha aumentado o mal-estar. Embora em ambientes fechados, as imagens de casais, homo e heteros, carregam sugestões do sexo em plena era de ‘paz e amor’ de Woodstock, no documentátrio de Michael Wadleigh.

[Ainda não assisti]

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Último filme de Adam Sandler é proibido em países árabes

Líbano, Egito e Emirados Árabes vetam exibição de 'Zohan - O Agente Bom de Corte', que satiriza os dois lados

SÃO PAULO - O último filme do ator Adam Sandler, Zohan - O Agente Bom de Corte, apesar de ter sido bem recebido em Israel, teve a exibição proibida no Líbano, Egito e Emirados Árabes, segundo informou nesta terça-feira, 19, o jornal El País. A comédia estreou nos cinemas brasileiros na última sexta, 15.

Veja também:

link Trailer de Zohan - Agente Bom de Corte video

No filme, Sandler vive o Zohan Dvir, um militar israelense especializado em contraterrorismo, aparentemente indestrutível. Seu único inimigo é Phantom, - interpretado por John Turturro -, um terrorista palestino. Embora ame Israel, Zohan abandona o exército para virar cabeleireiro no subúrbio de Nova York, no salão da árabe Dália (Emmanuelle Chriqui). Além das inúmeras piadas referentes a israelenses e palestinos, o filme mostra um caso de amor entre um agente do Mossad e a irmã de um terrorista palestino.

Querer exibir um filme israelense ou que tenha Israel como tema em um país árabe é procurar confusão com o público, segundo o jornal britânico The Guardian. Os produtores de Zohan se defendem em um comunicado dizendo que o filme é uma comédia que ofende e defende tanto um lado como o outro. Mas o porta-voz da distribuidora Circuit Empire Bassan Eid, diz acreditar em "99% de chances de que o filme seja proibido em todos os países árabes".

Em Israel, Zohan foi um dos maiores sucessos de bilheteria do ano, com 200 mil ingressos vendidos na semana de estréia. "Não houve nenhuma controvérsia sobre o tema do filme. "Nós israelenses gostamos de rir de nós mesmos", disse Amnon Matalon, da distribuidora israelense Matalon.

[Muito bom, assisti ao filme ontem, gostei muito. Recomendo]

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20 de agosto de 2008

Lemon Tree

Entrou em cartaz nas telonas brasileiras o polêmico filme israelense "Lemon Tree", de Eran Riklis.

Sinopse: a tensão é permanente na divisa entre o sítio da viúva Salma Zidane e a casa do novo primeiro-ministro israelense que acaba de se tornar seu vizinho, Israel Navon. Tudo porque a nervosa segurança do político considera que sua plantação de limoeiros é um esconderijo em potencial para terroristas. Filho de um ex-consultor científico do consulado israelense no Rio de Janeiro, o cineasta já viveu no Brasil, entre 1968 e 1971.

Salma (Hiam Abbass), uma viúva Palestina, vê sua plantação ser ameaçada quando seu novo vizinho, o Ministro de Defesa de Israel (Doron Tavory), se muda para a casa ao lado. A Força de Segurança Israelense logo declara que os limoeiros de Salma colocam em risco a segurança do ministro e por isso precisam ser derrubados. Salma leva o caso à Suprema Corte de Israel para tentar salvar a plantação.

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A VOLTA DE PAUL VERHOEVEN, ADAPTAÇÃO FALHA E O ESPLENDOR CÔMICO DE BILLY WILDER, por Chico Lopes.

BOA HISTÓRIA NÃO DISPENSA APELAÇÕES - Paul Verhoeven, diretor holandês famoso por filmes rodados nos EUA como Instinto selvagem, O vingador do futuro e Robocop, está de volta às locadoras com o sucesso A espiã (The black book) e, para muitos críticos, o filme é a sua reabilitação, depois de sucessivos fracassos norte-americanos como O homem sem sombra e Tropas estelares, que o fizeram retornar à sua terra natal, de onde havia saído já com fama.
Diretor talentoso ele sempre foi, de fato, mas depende muito do gosto (e do grau de civilidade) de cada espectador o que achar de seus filmes, já que abusa da violência e do sexo e sempre teve detratores e admiradores na mesma proporção - suas tintas grotescas às vezes beiram a genialidade, às vezes degeneram em puro abuso. E com A espiã, co-produção Holanda/Alemanha de 2006, a bem da verdade, não se pode dizer que ele tenha mudado muito.
É a história da judia Rachel Stein, cantora de cabaré que, na Holanda, se refugia do nazismo na casa de uma família cristã que a trata mal e depois tenta uma fuga paga com a própria família e outros judeus. Mas, não era nada mais que uma cilada - os nazistas matam e pilham todos, só ela conseguindo mergulhar num rio e escapar. Entra para a Resistência e, devido à beleza, é feita espiã, a pedido de um chefe, Hans, com quem tem um namoro. Sua infiltração entre as hostes alemãs se dá devido à atração sexual que exerce sobre um comandante, mas não terá um só momento de alívio porque, enquanto ela atua por um lado, por outro a Resistência possui algum agente duplo sabotando os planos. O filme evoluirá numa alternância entre thriller e melodrama, com todas as reviravoltas, o suspense e as surpresas (de identidade) do gênero. Ninguém pode reclamar: é eficiente, tem boa fotografia, bons atores e funciona muito bem dentro daquilo a que se propõe.
O mau gosto de Verhoeven, no entanto, dá as caras no intolerável banho de fezes da heroína, chupado diretamente do banho de sangue de porco sofrido por Carrie em "Carrie - a Estranha" de Brian de Palma. E há uma cena de que poderíamos ter sido poupados - a do chefe nazista Franken desfilando em nu frontal, repulsivo, desinibido e mandão, entre a espiã e a amante dele, uma holandesa oportunista. Também a heroína pinta seus pêlos púbicos de louro, numa cena muito comentada.
Essas coisas não parecem senão ingredientes apelativos com que Verhoeven esperava, na certa, tornar mais polêmico e escandaloso o seu filme que, de resto, segue o esquema manjado de história da Segunda Guerra Mundial feita com competência - experimentado, sabe que o espectador fará a fama da produção é a partir dessas visões lastimáveis. Mas a atriz Carice van Houten é um achado - muito bonita e talentosa, segura a história toda com garra e dignidade admiráveis. E outro ator digno de nota é Sebastian Koch, alemão, que interpreta o amante nazista de Rachel. Ele também pode ser visto como o dramaturgo vigiado pela Stasi no alemão "A vida dos outros". Koch, tal como Carice, tem um charme que o predestina a uma carreira de maior fôlego internacional, se quiser.

==>>> A VOLTA DE PAUL VERHOEVEN, ADAPTAÇÃO FALHA E O ESPLENDOR CÔMICO DE BILLY WILDER, por Chico Lopes.

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11 de agosto de 2008

Mesa-redonda discute a produção literária e sua adaptação para o cinema

ESCREVER PARA O CINEMA

A convite do Instituto Italiano de Cultura de São Paulo e da Câmara Brasileira do Livro, intelectuais, acadêmicos, escritores e profissionais do cinema discutem sobre a relação entre a escrita e o meio cinematográfico em uma mesa-redonda, aberta ao público, durante a 20a. Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

Estarão presentes os escritores e Fernando Bonassi e José Roberto Torero, autores de obras transpostas para o cinema; os roteiristas Lusa Silvestre, Marcos Jorge (Estômago), Braulio Mantovani (Cidade de Deus) e Lourenço Mutarelli (O Cheiro do Ralo). Também estarão no encontro as professoras especializadas em cinema Mariarosaria Fabris( ECA-USP) e Maria Betânia amoroso (UNICAMP), o diretor e produtor André Sturn(Sonhos Tropicais) e Leon Cakof, diretor da Mostra Internacional de Cinema.

Serviço
Dia: 18 de agosto - Mesa-redonda "Escrever para o Cinema"
Horários: 17h
Local: Bienal do Livro- Parque de Exposições do Anhembi - Salão de Idéias
Endereço: Av. Olavo Fontoura, 1209 - Santana
Informações : tel (11)2226 3100/3200 site: www.feirabienaldolivrosp.com.br  
Realização: CBL

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4 de agosto de 2008

A saga de um homem odioso, um monstro simpático e outras visões, por Chico Lopes

NEGROR POR TODA PARTE - Negror no subsolo, negror na alma. O filme "Sangue negro", de Paul Thomas Anderson, grande sucesso de crítica em 2007, com várias indicações ao Oscar 2008, chegou às locadoras e não creio que todo mundo terá prazer em conhecê-lo em DVD. Porque é a saga de um homem odioso e, ao fim, é quase inevitável concluir que um filme que tenha em seu centro um personagem tão difícil de gostar pode ter grandes méritos, mas é, de qualquer modo, sombrio demais para cair no gosto do público.
A saga de Daniel Plainview, magnata do petróleo, é cheia de coisas bem feitas - a fotografia de Jack Fisk, a música de Jonny Greenwood e, acima de tudo, a interpretação verdadeiramente antológica de Daniel Day-Lewis (não havia concorrente para ele como melhor ator do Oscar 2008, realmente).
Plainview é só ambição, tensão, desconfiança, determinação - seu único respiradouro de afeto é o menino que adota, e que um acidente de prospecção de petróleo levará à surdez. Mas, mesmo este, tentando emancipar-se como homem e profissional, parecerá a ele um concorrente - Plainview é daqueles prepotentes que só entendem o mundo em dois pólos: hostilidade ou submissão (lembra o Paulo Honório de "São Bernardo", de Graciliano Ramos, neste aspecto). Ele não quer que o Outro exista e tenha opiniões próprias - tenta suprimir toda e qualquer vida autônoma ao seu redor.
Para entender quem ele é, é só prestar atenção ao rosto de Lewis - o personagem sorri só com a boca, os olhos vão para outros lados e são só esperteza, desconfiança e ódio - e, num raro momento de fraqueza confessional diz: "Odeio todo mundo. Vou ficar rico para me isolar de todos." Solidão mais dura e trágica, impossível.
"Sangue negro" não é a obra-prima que os críticos apregoaram, mas é um belo filme, muito superior a "Onde os fracos não têm vez" e outros do Oscar 2008, mas não superior àquele que, a meu ver, foi o melhor dos filmes entre todos os concorrentes - "Desejo e reparação", do inglês Joe Wright.

LEIA TEXTO COMPLETO

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31 de julho de 2008

Documentário: 'Os judeus esquecidos da América do Sul'

Trata-se de um polêmico retrato de descendentes de judeus da Península Ibérica que foram convertidos à força pela Inquisição e, passadas várias gerações, redescobrem sua origem e desejam se “reconverter” ao judaísmo. Rechaçados pelas comunidades judaicas das cidades onde moram, na Colômbia e no Equador, encontram pela Internet um rabino de São Paulo, Jacques Cukierkorn, hoje radicado nos EUA, que os auxilia na conversão. As pesquisas históricas que lastrearam o documentário tiveram a participação de vários estudiosos do tema, entre eles Anita Novinsky, professora associada do Departamento de História da Universidade de São Paulo (USP); Mário Cohen, professor e diretor do Centro de Cultura Sefaradita de Buenos Aires, e Ellis Rivkin, professor emérito do Jewish History Union College, em Ohio, Cincinati.
O documentário foi premiado no Festival de Cinema Judaico de Nova York (2007) e no Festival de Santa Fé (Novo México/2007). Foi exibido em diversos festivais de cinema judaico, entre eles os de São Francisco, Los Angeles, Toronto e Vancouver e também no Cine Las Americas, em Austin, Texas. Será exibido no dia 24 de agosto, no "IV Festival de Cinema Judaico do Rio de Janeiro", e nos dias 07 e 08 de agosto durante o “Festival de Cinema Judaico” de São Paulo.

Para assistir ao trailler, clique aqui.

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29 de julho de 2008

“Afinal, o essencial é isso: sobreviver e manter a paixão.” Pedro Almodóvar

Não há freqüentador de sala de cinema no mundo que não conheça Pedro Almodóvar. Desde a escrita do roteiro até a escolha dos menores detalhes, ele é autor completo de seus filmes e trouxe para a sétima arte um estilo inconfundível, marcado por temas polêmicos e uma estética kitsch. Neste livro, construído a partir de uma série de entrevistas que o crítico de cinema Frédéric Strauss fez com o cineasta ao longo de mais de vinte anos, Almodóvar nos revela como compõe cenários e figurinos e tira proveito de músicas para realçar situações dramáticas. O leitor vai descobrir o que há de autobiográfico em sua obra, quais seus filmes e livros preferidos, a razão de privilegiar as personagens femininas e transformar radicalmente valores ligados a família, fé e sexualidade. Tocantes, impetuosas, irônicas, imprevistas, inteligentes – todos esses adjetivos se aplicam às palavras de Pedro Almodóvar nestas conversas.

• Edição atualizada com o último filme do cineasta: Volver.
• Inclui textos de Almodóvar, uma bela seleção de fotos e filmografia completa.

FRÉDÉRIC STRAUSS, ex-redator e chefe adjunto na revista Cahiers du Cinema, é roteirista e crítico de cinema da Télérama.

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Almodóvar mais reflexivo surge em livro de entrevistas

Livro funciona como uma biografia alinhavada com a filmografia do cineasta; para autor, sexualidade nos filmes tem algo de filosófico
EDUARDO SIMÕES
DA REPORTAGEM LOCAL
"Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos" (1988) foi o primeiro grande sucesso comercial e de crítica do diretor espanhol Pedro Almodóvar. O mundo do cinema era então apresentado a um cineasta cujas marcas registradas eram a imaginação, a originalidade e as tintas barrocas, na trama, nas atuações, na direção de arte e até no mesmo figurino.
Aparentemente tão espontâneo, o diretor se revela bem mais reflexivo no recém-lançado "Conversas com Almodóvar", livro do francês Frédéric Strauss. Jornalista, crítico de cinema, ex-chefe de Redação da conceituada revista francesa "Cahiers du Cinéma", Strauss é dono de um feito: ter conseguido, ao longo de cerca de 15 anos, convencer Almodóvar a dar extensas entrevistas, algo a que é normalmente avesso.
Strauss, que dividiu seu livro por filmes e temas, disse que inicialmente não esperava do diretor uma reflexão mais profunda sobre o cinema ou sobre sua obra. "Então me surpreendeu ver o nível de reflexão que ele tem sobre seu próprio trabalho. Almodóvar realmente sabe o que quer fazer; seu trabalho é muito pensado, refletido. O que não o impede de ser muito espontâneo. Seus filmes não são intelectuais ou cerebrais, mas vivos e generosos, há um equilíbrio nele entre a inteligência e o instintivo, o espírito e o corpo", diz Strauss.

Publicação prevista para: 31/7/2008
Previsão de envio a partir de: 31/7/2008

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28 de julho de 2008

Cinema Italiano grátis em agosto

O Instituto Italiano de Cultura de São Paulo oferece uma programação com os melhores filmes produzidos na Itália. As sessões acontecem todas as quartas-feiras às 19h, com entrada franca, na sede do ICIB na Rua Frei Caneca, onde são ministrados os cursos de idioma, palestras e outros eventos.

A programação reúne os clássicos e a vanguarda do cinema italiano, passando por documentários e curta-metragens. Todos os filmes são apresentados com legendas no idioma original, mas apesar de serem oferecidos como ferramenta de treinamento aos alunos, não deixa de ser uma boa opção para os apaixonados por cinema.

Uma vez por ano o IIC promove o evento “Veneza cinema italiano” com filmes premiados ou que participaram do último Festival de Veneza, oferecendo para o público o que há de mais novo na produção cinematográfica italiana.

Dia 06

Uccellacci e Uccellini 1966

Totò e seu filho Ninetto estão a caminho de um sítio nos arredores de Roma, com a intenção de desalojar um grupo de necessitados que não pagam aluguel há meses e se alimentam apenas com ninhos de andorinhas. Durante o trajeto, encontram um corvo falante que se revela um sábio intelectual marxista de antiga estirpe. O pássaro convence Totò e o filho a se disfarçarem como frades e repetir para todos os pássaros o sermão de São Francisco. Totò, vestido como Frei Cicillo, consegue ser ouvido pelos falcões e pelos passarinhos…

Direção: Pier Paolo Pasolini

 

Local:Istituto Italiano di Cultura / ICIB - Auditório Sala Torino
Endereço: Rua Frei Caneca, 1071 - São Paulo
Horário: 19h
Informações: 3285 6933
Capacidade: 60 lugares
Legenda: em italiano
Entrada franca: Ingressos disponíveis até a lotação dos lugares.

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20 de julho de 2008

Uma comédia para comover e a melancoliade uma cineasta singular, por Chico Lopes.

JACK E MORGAN NUM PACTO PELA ALEGRIA - "Antes de partir", de Rob Reiner, chegou aos cinemas brasileiros precedido por palavras não muito animadoras dos críticos norte-americanos, que ou não gostaram do filme ou acharam-no apenas mediano, carregado nas costas pela dupla de atores que o estrelam no mais alto nível, Morgan Freeman e Jack Nicholson. Mas, fez boa carreira e chegou às locadoras com pinta de que fará sucesso entre os espectadores de DVDs que admiram esses dois veteranos, e também pelo fato de ser um filme sobre a velhice e a morte levado com leveza e perícia. O assunto do filme é, na verdade, amargo ao cubo, e a situação seria insuportável sem dois atores do porte de Freeman e Nicholson.
Dá para rir de uma história em que dois homens doentes de câncer dividem um mesmo quarto de hospital entre vômitos, quimioterapia, crises? Pois os dois atores são tão grandiosos e absorventes, sutis e engraçados que os diálogos deles, mesmo sobre banalidades e absurdos, são o sal de tudo. Um é milionário e branco, outro é negro de classe média, dono de uma oficina mecânica. (Morgan e Jack estão envelhecidos, mas em Jack isso chega a ser chocante, e há uma cena em que ele se defronta com o espelho que é visceral demais e temos vontade de desviar os olhos). ===>>> LEIA MAIS

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13 de julho de 2008

Humor deslocado, duas faces de uma atriz e um clássico romântico com Orson Welles, por Chico Lopes.

Continuo com minhas idas (raras) ao cinema e minha disparada preferência pelos DVDs, comentando um sucesso em cartaz e outras coisas que andei pegando pelas locadoras.

SÁTIRA PERDIDA NO TEMPO - A despeito das críticas favoráveis e da publicidade maciça, é bom que o espectador de cinema pense duas vezes antes de ir ver "Agente 86", um dos sucessos da atualidade nos cinemas. Hollywood vem padecendo com falta de boas idéias e novos roteiros e recicla tudo - dessa vez, é o agente satírico de um velho seriado homônimo de televisão dos anos 60, que foi feito pelo falecido Don Adams, uma idéia de Mel Brooks que tinha muito de divertido, mas também podia irritar, pela idiotice assumida. Como hoje em dia o humor no cinema pende, decididamente, para a segunda, e raramente compensa isso com diversão, "Agente 86", de Peter Segal, com Steve Carell no papel que foi de Adams, é uma produção muito barulhenta e apenas mediana. Alguns momentos de riso, ação desenfreada, e Carell acertando aqui, ficando maçante ali. Anne Hathaway até que se esforça como parceira, mas não é engraçada. Terence Stamp é de novo um vilão excêntrico. Isso já cansou muito.

TEXTO COMPLETO

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Ayelet Zurer pode protagonizar 'Anjos e Demônios'

Alguns veículos de comunicação noticiaram que a atriz israelense Ayelet Zurer (“As Tragédias de Nina”) será a protagonista da adaptação de “Anjos e Demônios”, livro escrito por Dan Brown, publicado no ano de 2000.
Zurer participou de filmes de renome como “Munique” e do recente “Ponto de Vista”. Em “Anjos e Demônios”, ela será a companheira de Tom Hanks (“O Terminal”), que já deu vida ao catedrático e afamado simbologista Robert Langdon na adaptação “O Código da Vinci”, escrito também por Dan Brown, que revolucionou o mundo da leitura cujo salto às telas era quase obrigado.
De princípio, a atriz Naomi Watts (“O Chamado 2”) teria sido indicada para encarnar a filha do físico Leonarde Vetra. Com o objetivo de descobrir quem é o culpado da morte de seu padre, Vittoria Vetra se une a Robert Langdon em uma viagem para desvendar o misterioso assassinato e que finalmente tudo formará parte de um complô terrorista, envolvendo a Igreja Católica e o Vaticano.
Ron Howard mais uma vez está na direção. O roteiro ficou a cargo de Akiva Goldsman. As gravações estão a ponto de começar na Europa, exatamente no mês de junho e dura até maio de 2009. (fonte: CinemaComRapadura)

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12 de julho de 2008

Esse seu olhar de Capitu

Maria Fernanda Cândido, premiada como Capitu no cinema, volta a ser a heroína de "olhos de ressaca" em série da Globo

LAURA MATTOS  - DA REPORTAGEM LOCAL - FOLHA DE SÃO PAULO
Por que Maria Fernanda Cândido foi, de novo, escalada para interpretar Capitu, a heroína dos "olhos de ressaca, de cigana dissimulada", considerada a maior personagem feminina da literatura brasileira?
Luiz Fernando Carvalho, diretor da adaptação do clássico "Dom Casmurro" para a nova microssérie da Globo, não tem dúvidas: "Maria Fernanda é Capitu. Não importa o que fez antes, ou o que fará depois. Basta olhar para ela e você verá Capitu", responde à Folha.
Foi o que pensou o cineasta Moacyr Góes quando teve a idéia de um longa-metragem inspirado na obra de Machado de Assis. "Nunca tive dúvidas de que Maria Fernanda seria Capitu. Ela tem os olhos de ressaca, um olhar que arrebata e pode afogar quem se sinta atraído por esse mar", diz. "Dom" (2003), apesar de defenestrado pela crítica e ignorado pelo público, rendeu a ela o prêmio de melhor atriz no Festival de Cinema de Gramado.
Ela fica sem graça quando estão em pauta seus marcantes olhos verdes, levemente puxados. Mas admite estar estudando a melhor forma de transformá-los em uma das principais ferramentas para dar vida a Capitu na microssérie, que começa a gravar na próxima semana.
"O olhar é certamente um elemento forte na obra, e já estou estudando formas de interpretá-lo", diz Maria Fernanda.

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7 de julho de 2008

Israelenses riem de si mesmos com novo filme de Adam Sandler

'Zohan - O Agente Bom de Corte' mostra um agente do Exército de Israel que resolve virar cabelereiro em NY

JERUSALÉM - Graças a uma comédia que tem como protagonista um disparatado soldado judeu que resolveu se tornar um sensual cabeleireiro de Nova York, os israelenses recebem com gargalhadas as piores críticas sobre eles e seus vizinhos árabes. O filme Zohan - O Agente Bom de Corte (You Don't Mess with the Zohan) não passou despercebido em Israel. Desde sua estréia há poucas semanas, recebeu todo o tipo de crítica e já é considerado "o filme mais israelense" feito em Hollywood.

Veja também:
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Trailer de Zohan - O Agente Bom de Corte (legendado) trailer

Isso não só pelo discurso dos atores israelenses ou pela trilha sonora, repleta de músicas cantadas em hebraico por grupos locais, mas também devido aos diálogos e à caracterização dos personagens, que gesticulam exageradamente e pronunciam "erres" de forma exacerbada. Cartazes com o protagonista segurando um secador de cabelo como se fosse uma arma, com shorts curtos e com uma chamativa corrente prateada em forma de estrela no pescoço aparecem em outdoors e pontos de ônibus por toda Israel. (efe - estadão)

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6 de julho de 2008

Cineasta Sílvio Tendler debate o tema '1968: Cenas da Rebeldia'

FORTALEZA – O renomado cineasta carioca Sílvio Tendler será a figura central de debate sobre o tema “1968: Cenas da Rebeldia”, dentro do programa Papo XXI, a realizar-se na próxima terça-feira, 8, às 19 horas, no cineteatro do Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – 2º andar – Centro – fone: (85) 3464.3108). A entrada é franca.

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O mundo horrível a que o cinema nos acostumou, por Chico Lopes

A violência no Cinema tem uma longa história que não poderei rastrear neste simples artigo, no qual quero apenas apontar algumas coisas, registrar algumas impressões que me ficam de ter visto, em dois dias sucessivos, dois filmes muito diferentes, mas basicamente dominados por um tema: a violência. Foram eles "No silêncio da noite", thriller "noir" de Nicholas Ray realizado em 1950, e "O gângster", produção norte-americana de 2007, dirigida por Ridley Scott, que foi um grande sucesso do ano passado e concorreu com trombetas favoráveis da crítica neste 2008.
Começando pelo segundo, começo por dizer que tanto o espectador comum quanto o crítico especializado estão sujeitos a uma coisa rotineira, hoje em dia: o ataque maciço da publicidade, que prepara todos para determinadas produções com toneladas de informações e seduções de todos os tipos. Somos preparados para gostar de certos filmes, queiramos ou não, e só depois de tê-los visto é que percebemos que, a despeito de todas as firulas e confeitos novos que eles apresentaram na forma, o que nos contavam era mais do mesmo, refletindo a velha moral cínica dos comerciantes que sabem reciclar o já faturado e seguir faturando. Mas, como gostamos de cinema e isso é provavelmente mais vicioso do que parece, seguimos como consumidores ávidos de alguma coisa que não sabemos bem o que é e que queremos que seja extraordinária. Portanto, o círculo vicioso é incurável.
O caso de "O gângster" é bem assim: a crítica teceu grandes loas ao filme (na capinha do DVD, diz-se que é "o maior filme do ano"), as indicações ao Oscar impressionaram, e lá estão dois atores de que o público não poderá deixar de gostar: Denzel Washington e Russell Crowe. Ridley Scott, diretor capaz de grandes coisas, é irregular, e faz filmes bem esquecíveis também. Mas tem o senso do espetacular e sabe fazer produções imponentes, e em "O gângster" voltou a acertar: o filme é muito bem feito, absorvente e não há reparos técnicos a fazer: a coisa nos enche os olhos, vai num crescendo de interesse, e não é um filme curto.

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31 de maio de 2008

O "revival" de ideais estropiados dos anos 60 em dois filmes que precisam ser vistos, por Chico Lopes

Dois dos filmes mais interessantes que vi ultimamente têm uma coisa em comum - e que me parece bem regressiva, com uma boa dose de saudosismo melancólico: a filosofia dos anos 60. Grosso modo, trazem um pouco do "Flower Power" e outro tanto do "hippismo" estradeiro que, no Brasil, vigorou mais intensamente foi mesmo nos 70. Nos dois filmes, tive a impressão de uma jornada para trás, para coisas que foram muito bonitas e não deram certo, permanecendo mesmo na esfera dos sonhos e dos desejos. Mas que ainda guardam certo apelo poético.
São "Across the universe", de Julie Taymor, e "Na natureza selvagem", de Sean Penn. "Across the universe", produção norte-americana de 2007, manteve, no cinema e nas locadoras, o título original em Inglês de uma das canções mais bonitas dos Beatles, que apareceu no seu último álbum (também dos mais fracos), "Let it be".
Com esse título, não há dúvida: é um musical, e já abre com o personagem Jude cantando "Girl" (que no Brasil teve uma versão bem conhecida e brega por Ronnie Von). As músicas dos Beatles vão desfilando, e elas têm tanta força, tanta História, tanta carga emocional, que se percebe que a história nos interessa pouco - parece apenas um pretexto para que uma nova canção seja cantada (podemos cantar com o filme; são todas arqui-conhecidas do grande público). E os nomes dos personagens não deixam dúvida: são Jude, Lucy, Max (na certa por "Maxwell´s silver hammer"), Martha, Jo-Jo, Sadie, Prudence. Nem todos os personagens, porém, têm as canções equivalentes a seus nomes cantadas - Jo-Jo, Sadie e Martha ficam na saudade. O filme, aliás, parece ter tido acidentes de percurso, conflitos entre direção e produção, e vai caminhando bem até certa altura para depois mergulhar no sentimentalismo e num certo desnorteamento. Não é certo que Taymor, que provou talento na direção e na criatividade visual com "Frida", cinebio de Frida Kahlo, tenha feito exatamente o que quis.

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26 de maio de 2008

Amos Gitai fala sobre seus filmes em Madri

Em Madri, onde está participando de atividades programadas pela Casa Sefarad-Israel, o cineasta israelense Amos Gitai afirmou que só mudará a temática de suas obras "quando o conflito no Oriente Médio acabar", já que não entende o cinema sem o compromisso de "contribuir com o debate comum, criar posturas nesse diálogo". Ele explicou que, no início de sua carreira, sugeriram que ele filmasse comédias e romances, "mas a dramática situação no Oriente Médio não podia ser ignorada. Esse deve ser o papel da cultura. Espero que, em 60 ou 70 anos, esse sofrimento seja uma lembrança remota para os diretores do meu país, e então se analise como a reconciliação poderia ter acontecido antes. Mas agora é um complexo exercício de análise que deve ser enfrentado".

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20 de maio de 2008

Indiana Jones voltou..

'Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal' começa em 1957, no ápice da Guerra Fria, e o herói está procurando por uma caveira de ouro, roubada de uma cidade perdida guardada por mortos-vivos

O arqueólogo mais famoso do mundo está de volta, 19 anos depois. Veja o trailer.

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17 de maio de 2008

A cegueira branca e o desespero vigente, por Chico Lopes

"Ensaio sobre a cegueira", romance de José Saramago, voltará a ser comentado, é certeza, devido ao filme de Fernando Meirelles, "Blindness", que abriu Cannes e obteve aplausos e críticas negativas. Meirelles, dessa vez, não foi quase unanimidade, como com os filmes "Cidade de Deus" e "O jardineiro fiel". Na Internet americana, só li críticas desfavoráveis, e ressalva-se, no caso, apenas a interpretação da atriz Juliane Moore, havendo até quem diga que ela poderá ser indicada a um Oscar por fazer a mulher de um médico, única com visão no meio de uma epidemia de cegueira.
Em todo caso, é preciso conhecer o livro original para que se entenda melhor o que Meirelles quis, tentou fazer e conseguiu ou não conseguiu (nada posso dizer sobre o filme, que estréia no Brasil apenas em setembro próximo).
O CORDÃO ROMPIDO
Mesmo para os habituados com leituras difíceis, "Ensaio sobre a cegueira" não é um livro fácil. A certa altura, lê-lo é bem parecido a padecê-lo.
Mas isso conta como mérito para Saramago, também: sua parábola sobre o vazio e o desespero que nos cercam procura ser precisa, incômoda, inquietar ao máximo. É preciso um estado de espírito especial para enfrentá-la. Em Cannes, um crítico se abalou com "Blindness" por achá-lo muito "deprimente" como abertura de um festival de cinema. Compreende-se. ==>> LEIA MAIS

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16 de maio de 2008

Herzog, Anderson, Oz e Wright: passagens pelas locadoras

Eis alguns resultados de minhas idas freqüentes a locadoras, nos últimos meses. Espero que as dicas sejam úteis para adeptos e incautos:

O SOBREVIVENTE - Werner Herzog, o gênio alemão que nos deu filmes como "O enigma de Kaspar Hauser", "Nosferatu", "Aguirre - A cólera dos deuses" e tantos outros, ainda está na ativa. Há um excelente documentário seu nas locadoras, "O homem urso", e, de repente, quando se pensava que ele se restringira a este gênero, surgiu essa produção de 2006 com Christian Bale, o último "Batman", no papel principal.
Ele é um personagem verídico (Herzog já filmara um documentário a seu respeito), o alemão Dieter Dangler, que se engajou como piloto na América no início dos anos 60, mas teve a má sorte de pegar os primórdios da guerra do Vietnam, nos bombardeios sobre o Laos. Seu avião sofre um acidente e ele cai na selva. Será capturado e levado a uma prisão, que dividirá com outros, americanos e asiáticos supostos inimigos dos vietcongs, em condições inumanas.
Tudo isso faz pleno sentido dentro da arte cinematográfica e dos temas usuais de Herzog, que filma como ninguém selvas e personagens visionários perdidos em sonhos patéticos. A fotografia é soberba, e o início é deslumbrante, com bombardeios feito um delírio pirotécnico em câmera lenta, ao som da música maravilhosa de Klaus Baldet, que parece um pouco derivada do Adagietto da Quarta Sinfonia de Gustav Mahler utilizado em "Morte em Veneza", de Luchino Visconti.

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12 de maio de 2008

Bate-papo: cinema e literatura

 

O cineasta Carlos Reichenbach, diretor de "Falsa Loura" e "Garotas do ABC", vai participar de um bate-papo na Mega Cultural Films, dia 13 de maio, ás 18h30, em São Paulo. Durante o evento, que será mediado pelo escritor e poeta Rodrigo Capella, o cineasta vai comentar sobre cinema, literatura, sua carreia, que inclui 15 filmes dirigidos, e também revelar como é realizada a preparação de atores do cinema brasileiro. Mais informações: www.megaculturalfilms.com

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I MOSTRA AUDIOVISUAL ISRAELENSE

O Centro de Cultura Judaica, com o apoio da Embaixada de Israel, tem o prazer de convidá-lo a participar da I MOSTRA AUDIOVISUAL ISRAELENSE, a ser realizada entre os dias 03 e 08 de Junho de 2008.

A proposta da MOSTRA é exibir um ciclo de produções israelenses contemporâneas que mostra um pouco da sociedade israelense, e o dia a dia de um país em estado de guerra iminente. Depois de décadas retratando temas existenciais de estado como guerra e ideologia, os novos filmes israelenses tem se voltado a entrar em assuntos mais introspectivos e humanos, como assimilação étnica, relacionamentos, amor e perda, além de temas sociais como homossexualidade e abuso de drogas.  Uma visão geopolítica e social diferente das tendenciosas imagens diárias bombardeadas pelos noticiários, ou seja, serão apresentados filmes que se recusam a adotar um olhar preto e branco, totalitário, heróico, simplista ou unilateral, permitindo aos espectadores vivenciarem e pensarem sobre Israel contemporâneo, além das fronteiras dos conflitos com a Palestina e a temática histórica do Holocausto. 

A produção audiovisual israelense tem ganhado força e relevância a cada ano, principalmente após a década de 90, quando sua produção de filmes ganhou fôlego impulsionado pelas iniciativas e apoios estatais. Nos últimos dois anos teve participação e premiação ativa nos mais renomados Festivais Internacionais de Cinema. Consequentemente novos diretores ganharam destaques com grandiosos e agradabilíssimos filmes que podem ser vistos nas mais diversas salas de cinema de todo o mundo, como nosso convidado especial Eran Kolirin, vencedor de prêmios internacionais com seu filme “A Banda” (8 prêmios da Israel Film Academy e do “Coup de Coeurs” de Cannes 2007).

Juntamente à comemoração do 60º aniversário da independência do Estado de Israel, o Centro de Cultura Judaica presenteia o público com uma exuberante seleção de filmes. São produções provenientes da renovação cinematográfica israelense dos anos de 2006 e 2007,  FILMES INÉDITOS no Brasil e PREMIADOS nos principais Festivais Internacionais e pela Israel Film Academy como; “A Banda”, “Jellyfish” “The Secrets”, “The Little Traitor”, “The Champagne Spy”.

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Mulher feia


O Globo - 10/05/2008 - por Joaquim Ferreira dos Santos
José Henrique Fonseca, Lula Buarque de Holanda e Eduardo Barata compraram os direitos do livro A vida sexual da mulher feia, de Claudia Tajes. Vão levar a história para o cinema, a TV e o teatro. Heloísa Perissé foi convidada para fazer a adaptação do texto para o teatro, diz Joaquim Ferreira dos Santos. >> Leia mais

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26 de abril de 2008

Garimpos na atualidade e no passado: filmes que andei vendo, por Chico Lopes

De vez em quando, há leitores do que escrevo aqui no "Verdes Trigos" que me cobram o fato de comentar mais filmes antigos que novos ou me acusam de só gostar de "filmes velhos". Mal respondo à acusação de só gostar de filmes do passado, porque é simplesmente uma atitude do pior obscurantismo e ignorância - como se a história do Cinema fosse desdenhável e tudo tivesse começado ontem, com algum dos fetiches tecnológicos de Spielberg e Lucas. Gosto de tudo, de qualquer época, contanto que seja bom de fato. É impossível entender o que é o Cinema sem ver os chamados "filmes velhos".Acho privilegiada uma época como a nossa, em que DVDs de velhos filmes não param de sair, que nos permitem olhar para o passado, avaliar o que foi feito, comparar com o presente (ainda que seja para lamentar este) ou simplesmente fazer uma viagem deliberadamente saudosista a personagens e valores tidos por antiquados, por quê não? (se a modernidade prega que toda pretensão a valor é hipocrisia e só a maldade dá uma idéia fiel do ser humano, talvez o que está decididamente fora de moda seja a única salvação).
Vou vendo filmes de todos os tipos, tempos e lugares. Um pouco do que ando vendo segue aqui, talvez como orientação para algum leitor que aprecie meu gosto (ou desgosto) e queira concordar (ou discordar) comigo futuramente:

ENCANTADA - Produto de Walt Disney que pretende fazer paródia dos desenhos animados clássicos do estúdio como "A Bela Adormecida", "Branca de Neve e os Sete Anões", e consegue ser inteligente e engenhoso, ao menos até à metade. A princesa típica de todos os desenhos Disney, que inclusive, folgada, faz uso de animais para serviços domésticos convocando-os com musiquinhas melosas, sofre maldição de uma bruxa, cai num abismo e este abismo dá num buraco de esgoto de uma rua da Nova York atual, onde o desenho sai como atriz (Amy Adams).
Aí, o filme passa a ser uma comédia romântica normal. Ela sai à procura de um castelo e do príncipe com quem deve se casar, deparando-se com a brutalidade do mundo contemporâneo (como se não houvesse muita crueldade velada naqueles desenhos todos!). Encontra um jovem executivo realista (nesses filmes, o sujeito que não crê em fantasia é rapidamente estigmatizado como um tipo cruel e sem imaginação) e desiludido que tem uma noiva, mas não é feliz (vocês já entenderam tudo). O filme faz rir, mas, quando a gente se dá conta, está pregando precisamente todos os valores que tentou parodiar até então, e sentimos que fomos chantageados de maneira bem baixa. Uma pena. Mas Amy Adams é boa atriz. ==>> LEIA MAIS

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15 de abril de 2008

'Minha Cidade - Porto Feliz' entra na última fase

O cineasta e diretor Vicentini Gómez inicia a terceira e última fase do filme/documentário. “Minha Cidade – Porto Feliz”, agora com depoimentos de especialistas sobre a história da cidade. Começa com o Prof. Jonas Soares de Souza, da USP, pesquisador do Museu Paulista, um dos mais conceituados historiadores sobre a região de Porto Feliz.

Registrará depoimento do italiano Bruno de Giusti, artista plástico e especialista em arte-sacra, que retratou em azulejos a história de Porto Feliz na igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens. Giusti deu um depoimento emocionado sobre a história da cidade e disse ter ficado sensibilizado com a capela construída no Parque das Monções, para a realização do filme.

Vicentini Gómez diz que a finalização do filme tem previsão para maio.

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8 de abril de 2008

Nos tempos de Ditadura

O cinema brasileiro do período da ditadura militar é a atração da mostra “Nos tempos de Ditadura”, que acontece de 7 a 16 de abril no Cine Humberto Mauro. Com uma seleção de cinco filmes brasileiros realizados durante as décadas de 60 e 70, a mostra ilustra como era o cinema feito no país.

Nessa quarta feira 09/04 será exibido o filme : São Paulo Sociedade Anônima | Luiz Sérgio Person, BRA, 1965, 107’

[UP DATE] Cine Humbero Mauro - UNIMEP - Rodovia do Açúcar, Km 156, Campus Taquaral, Bloco 2 - Tel: (19) 3124-1707 - Núcleo Universitário de Cultura - PIRACICABA/SP.
http://www.cinehumbertomauro.com.br/

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3 de abril de 2008

Um Oscar duvidoso e reflexões sobre outras dubiedades do "Cinema de Arte", por Chico Lopes

Quem escreve sobre Cinema e vê muitos filmes, como eu, tem que estar sempre atento à movimentação da área, naturalmente. Mas não pode escapar a alguns desapontamentos ao fiar-se no julgamento alheio - ou seja, ao ler maciços elogios a um determinado filme lançado no estrangeiro, comentado com entusiasmo arrebatador, tachado como obra-prima, premiado aqui e ali e esperado com ansiedade nos cinemas e nas locadoras brasileiros. Nesses casos, o leitor comum, que acredita em determinados críticos e comentaristas de cinema por achar que seu julgamento é sóbrio e confiável, não pode ficar acreditando cegamente em seus guias: todo mundo erra nesta área, seja por boa-vontade excessiva, seja por ceder a idiossincrasias e outras tinturas emotivas ou publicitárias. Os acertos e as precariedades de julgamento são quinhões universais, ninguém que se fie demais, não há ninguém que saiba tudo e escape às besteiras. Só não erra de fato quem não emite opinião nenhuma.
Dei bobeira esperando muito de "Onde os fracos não têm vez", pelo qual fiquei suspirando no final do ano passado, porque, conhecendo o talento de Javier Bardem e dos irmãos Coen, e fiando-me nos julgamentos arqui-favoráveis da crítica americana nos sites de cinema da Internet, estava tomado pela onda pró (que, tal como as ondas contra, tem que ser sempre olhada com seu tanto de desconfiança). Depois, com os quatro Oscar ganhos pelo filme, nas categorias mais fortes, fiquei com a impressão de que veria algo fora do comum, realmente. Que surpresa! Encontrei um filme ora bom ora razoável, com boas interpretações, mas, sem dúvida, sofrendo da maior onda de supervalorização que vi em toda a minha vida. Não merecia os prêmios todos que ganhou, simples assim. +++++++

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26 de março de 2008

O cineasta Vicentini Gomez filma a história de Porto Feliz.

O diretor/ator e cineasta Vicentini Gomez gravou as primeiras cenas do filme-documentário "Minha Cidade - Porto Feliz" e contou com uma superprodução capaz de reproduzir os materiais, figurinos de época e objetos cenográficos para compor as cenas.
O local escolhido para as filmagens é o Porto das Monções, local de onde partiram as primeiras embarcações para o descobrimento e povoamento do oeste brasileiro.
No elenco, Vicentini contará com os atores Gésio Amadeu (Sinhá Moça, Sítio do Pica Pau Amarelo); Ênio Gonçalves (filme Garotas do ABC);. Henrique Taubaté Lisboa (Avenida Paulista); Maximiliana Reis; Claudimir Causin, ator de Porto Feliz selecionado para representar o Capitão Mor da expedição; além de quase uma centena de atores e atrizes da cidade de Porto Feliz e região.
Para realizar o trabalho, Vicentini decidiu morar na região: alugou uma chácara e, junto com a equipe de produção (15 pessoas entre diretor de arte, diretor, produção SP e produção local) organiza reuniões, decidem cronogramas de filmagem, reuniões com formadores de opinião da cidade, para que tudo aconteça da maneira mais real possível. Vicentini Gómez contará a saga dos desbravadores do oeste brasileiro.
O filme terá depoimentos reais de moradores antigos e a parte cênica, fruto de longa pesquisa, a partir de documentos revisados nos arquivos públicos, na Biblioteca Nacional e até mesmo no exterior. Para a cenografia, foram usadas reproduções fidedignas da época: redes, barracas, cabaças e copos de bambu, assim como os figurinos de época e os carros de boi. Foram construídos batelões (embarcações feitas de 1 única árvore, usadas no seculo XVIII) em fibra de vidro de 10 metros de comprimento e uma casa de pau a pique. Esses batelões foram obra de um artista plástico da região.
Em Porto Feliz, o projeto tem o apoio da iniciativa privada e da Prefeitura. O prefeito Cláudio Maffei (PT), que é professor de História, vê no filme uma grande oportunidade de resgatar a identidade do município. "A história de nosso país passa por Porto Feliz. Isso precisa ser contado para os habitantes da cidade. Com o filme, estaremos ao mesmo tempo realizando um importantíssimo trabalho de pesquisa e utilizando um meio moderno e atraente para as pessoas conhecerem mais sobre sua própria história", diz Maffei.
O filme-documentário terá cerca de 70 minutos. O prefeito dedica-se pessoalmente em buscar recursos financeiros junto à iniciativa privada. "Somente assim o projeto se torna viável", comentou o cineasta. A multinacional Lanxess foi a primeira empresa a aderir à iniciativa, seguida pela Cachaça Bandeirantes, Schadek, Colégio Bandeirantes e Associação Comercial.

http://vicentinigomez.sites.uol.com.br

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Porto Feliz homenageia Nossa Sra. da Penha

A cidade paulista de Porto Feliz inaugura dia 30/3, domingo, a Capela Nossa Senhora da Penha, primeira Padroeira da cidade, com procissão e a benção do Padre Reinaldo Bragantim . A data escolhida está relacionada ao dia de Nossa Senhora da Penha, que é comemorado em muitos lugares do Brasil e também da Europa, como sendo no primeiro Domingo após a Páscoa.

A capela foi construída pela Prefeitura para a realização das cenas do filme/documentário – “Minha Cidade Porto Feliz”, do cineasta Vicentini Gomez. Após as gravações, a capela ganhou a admiração e a fé dos moradores e do Prefeito, o Professor de história Cláudio Maffei que se empenhou para sua finalização, tendo em vista que poderá ser mais um atrativo turístico do Parque das Monções. A capela original, construída por Antonio Cardoso Pimentel (fundador da cidade de Porto Feliz) feita de pau-a–pique, desintegrou-se com o tempo e a nova construção, segue toda a arquitetura simples da original.

No documento original do testamento de Antonio Cardoso Pimentel (fundador da cidade) há o pedido para que fossem celebradas 67 missas por sua alma. Não existe documento comprovando se esse pedido foi realizado. A partir da inauguração da capela, serão rezadas as missas solicitadas em testamento. A Sra. Elisa Angelieri Sutiro, moradora local, fez a doação da imagem de Nossa Senhora da Penha para que fique permanente na Capela.

O diretor do projeto “Minha Cidade-Porto Feliz”, Vicentini Gómez, convida todos os moradores a estarem caracterizados de Bandeirantes e Monçoeiros, para levar o andor até a capelinha construída às margens do rio Tietê.

Estarão presentes à solenidade, o diretor do filme Vicentini Gómez, autoridades e todo o povo portofelicense.

O filme estará concluído em maio.
Horário: 10:45h (Procissão) 11h (Benção)
Local: Parque das Monções – Centro – Porto Feliz
Celebrante: Pe. Reinaldo Bragantim

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15 de março de 2008

Tragicomédia uruguaia 'O Banheiro do Papa' chega ao Brasil

O filme "O Banheiro do Papa", dirigido por Enrique Fernandez e César Chárlone, estreou no circuito comercial nesta sexta-feira (14).

O enredo trata de uma história que começa poucas semanas antes da visita do papa João Paulo 2º a Melo, uma pequena cidade quase na fronteira entre o Uruguai e o Brasil, em 1988. A visita causa furor na cidade, mas não pelo papa e sim pelos cerca de 20 mil brasileiros que invadem a cidade.

A tragicomédia tem como protagonista Beto (César Trancoso), um pequeno contrabandista para as vendinhas locais, que atravessa a fronteira em busca de peças para montar um banheiro para os visitantes.

O filme foi produzido pela O2 Filmes em co-produção com produtoras uruguaias e francesas e ganhou o prêmio de Melhor Filme do Júri da 31ª Mostra Internacional de Cinema São Paulo.

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14 de março de 2008

Guia da Folha estréia on-line com mais de 700 restaurantes, 700 bares e 300 eventos

A Folha Online lança nesta sexta-feira (14) um guia completo de programação, cultura, diversão e entretenimento com mais de 1.700 opções de lazer na cidade de São Paulo e região metropolitana.

Com informação do Guia da Folha, reportagens exclusivas, áudio, vídeos e um roteiro produzido pelo Datafolha, o site estréia com mais de 700 restaurantes, 700 bares e 300 eventos.

Toda informação está organizada por tópicos e acessível por um sistema de buscas que permite localizar eventos por palavra-chave, preço e até mesmo por localização na cidade, em cinema, teatro, programação para crianças, passeios, shows, concertos, dança, exposições, restaurantes, bares, guloseimas e noite.

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13 de março de 2008

Lançado em 2007 no Brasil o filme israelense 'Bubble'

Lançado em 2007 no Brasil pelo “Festival Mix Brasil de Cinema da Diversidade Sexual”, o filme israelense “Bubble” estará disponível para locações em DVD a partir de hoje (dia 12 de março). A produção do diretor israelense Eytan Fox aborda a vida de três jovens israelenses que dividem um apartamento em Tel-Aviv. Eles são acusados de ignorarem a realidade política e religiosa que os rodeia e de se refugiarem dentro de uma “bolha”.

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8 de março de 2008

'Minha Cidade - Porto Feliz', segunda fase

O diretor Vicentini Gómez inicia a gravação da segunda fase do filme documentário “Minha Cidade-Porto Feliz”.

Esta etapa é um levantamento de pessoas e famílias que contribuíram com a história recente da Cidade. Os fatos históricos, os casos marcantes e o resgate de fotografias e documentos que estão em mãos de famílias e que têm interesse para a história da cidade. Algumas fotos importantes que pertencem às famílias, serão resgatadas para o arquivo público para que todos os estudantes e pesquisadores possam ter acesso.

Aproximadamente 30 pessoas darão seus depoimentos. Esta etapa da produção local será coordenada pela Professora Juliana Gutierrez.

Parte-se, depois, para uma terceira etapa que é a dos pesquisadores. Estudiosos, professores e historiadores que escreveram artigo ou desenvolveram estudos sobre Araritaguaba e Porto Feliz. A maioria dos depoentes estão nas principais universidades Brasileiras.

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5 de março de 2008

Curso de Húngaro

Folha de S. Paulo - 03/03/2008 - por Mônica Bergamo
Chico Buarque, que faz retiro na França para escrever seu novo romance, está estudando húngaro. A pedido do diretor Walter Carvalho, sua participação em "Budapeste", longa inspirado em seu livro, será no idioma. Informações da coluna de Mônica Bergamo. >> Leia mais

[NOTA] Enquanto Chico estuda húngaro, eu estudo hebraico.

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3 de março de 2008

Zeitgeist

Zeitgeist é o nome de um documentário que fala essencialmente sobre política, terrorismo e religião. Foi feito sem fins lucrativos sendo o seu único propósito a tentativa de fazer com que as pessoas passem a olhar para o mundo de uma forma mais crítica e questionem coisas que são actualmente tidas como "verdades absolutas" por uma grande maioria da população.

O vídeo completo pode ser visto através do site oficial http://www.zeitgeistmovie.com/index.html.
Também através do site pode-se fazer o download gratuíto do torrent do filme.
Legendas em português: http://www.divxsubtitles.net/page_subtitleinformation.php?ID=91438.

[WIKIPÉDIA] ZEITGEIST é um termo alemão, que se traduz como espírito do tempo, também podendo se utilizar do termo em português para denominá-lo. O Zeitgeist significa, em suma, o nível de avanço intelectual e cultural do mundo, em uma época. A pronúncia alemã da palavra é tzaitgaist, de acordo com o Dicionário Escolar Michaelis de Alemão. O conceito de espírito do tempo denota a Johann Gottfried Herder e outros românticos alemães, mas é melhor conhecido no livro Filosofia da História de Hegel. Em 1769, Herder escreveu uma crítica ao trabalho Genius seculi do filólogo Christian Adolph Klotz (Artigo na Wiki alemã), introduzindo a palavra Zeitgeist como uma tradução de genius seculi (Latim: genius - "espírito guardião" e saeculi - "do século"). Os alemães românticos, tentados normalmente à redução filosófica do passado às essências, trataram de construir o "espírito do tempo" como um argumento histórico de sua defesa intelectual.

Dica de Sabina Vanderlei

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28 de fevereiro de 2008

Curso de criação literária

PublishNews - 28/02/2008
Organizado pela Academia Nacional de Cinema (AIC), o curso abrange técnicas, conceitos e elaboração criativa dos três principais gêneros literários: poesia, ficção (conto, romance, novela) e não-ficção (biografia, ensaio, crítica). De formato não-convencional, o curso será composto por oficinas, seminários, palestras e consultoria de textos semanalmente, além de saraus mensais e aula opcional de roteiro. De forte traço contemporâneo, o curso será ministrado pelos escritores: Michel Laub, Rodrigo Petronio, Márcia Tiburi, Marcelo Rezende, Nelson de Oliveira, Flávia Rocha, Wagner Carelli e outros autores convidados. As aulas começam no dia 03/03. Mais informações pelo e-mail info@aicinema.com.br ou pelo telefone 11-3826-7883. >> Leia mais

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25 de fevereiro de 2008

Veja os vencedores do Oscar 2008

Melhor filme

  • "Conduta de Risco"
  • "Desejo e Reparação"
  • "Juno"
  • "Onde os Fracos Não Têm Vez"
  • "Sangue Negro"

Melhor diretor

  • Ethan e Joel Coen ("Onde os Fracos Não Têm Vez)
  • Jason Reitman ("Juno")
  • Julian Schnabel ("O Escafandro e a Borboleta")
  • Paul Thomas Anderson ("Sangue Negro")
  • Tony Gilroy ("Conduta de Risco")

Melhor ator

  • Daniel Day-Lewis ("Sangue Negro")
  • George Clooney ("Conduta de Risco")
  • Johnny Depp ("Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet")
  • Tommy Lee Jones ("No Vale das Sombras")
  • Viggo Mortensen ("Senhores do Crime")

Melhor roteiro original

  • "Conduta de Risco"
  • "Juno"
  • "Lars and the Real Girl"
  • "Ratatouille"
  • "The Savages"

Melhor documentário

  • "No End in Sight"
  • "Operation Homecoming: Writing the Wartime Experience"
  • "Sicko"
  • "Taxi to the Dark Side"
  • "War/dance"

Melhor filme estrangeiro

  • "Beaufort" (Joseph Cedar - Israel)
  • "Katyn" (Andrzej Wajda - Polônia)
  • "Mongol" (Sergei Bodrov - Cazaquistão)
  • "The Counterfeiters" (Stefan Ruzowitzky - Áustria)
  • "12" (Nikita Mikhalkov - Rússia)

Melhor atriz

  • Cate Blanchet ("Elizabeth: A Era de Ouro")
  • Ellen Page ("Juno")
  • Julie Christie ("Longe Dela")
  • Laura Linney ("The Savages")
  • Marion Cotillard ("Piaf - Um Hino ao Amor")

Melhor ator coadjuvante

  • Casey Affleck ("O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford")
  • Hal Holbrook ("Na Natureza Selvagem")
  • Javier Bardem ("Onde os Fracos Não Têm Vez")
  • Philip Seymour Hoffman ("Jogos do Poder")
  • Tom Wilkinson ("Conduta de Risco")

http://aovivo.folha.uol.com.br/folha/especial/2008/oscar/

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24 de fevereiro de 2008

Beaufort: um dos favoritos para 'melhor filme estrangeiro'

Um dos favoritos a levar a estatueta de “melhor filme estrangeiro” no “Oscar”, “Beaufort” será exibido hoje (dia 24 de fevereiro), às 20h, em sessão especial no Centro da Cultura Judaica, em São Paulo. O filme conta a história do jovem comandante israelense Liraz Libert e da retirada da base militar de Beaufort do Líbano. A película ganhou os prêmios de “melhor filme” e “melhor diretor” da Academia de Filmes Israelenses e de “melhor diretor” no “Festival de Cinema de Berlim”. A programação do evento também inclui o documentário “Hollywoodismo: judeus, cinema e sonhos”, de Simcha Jacobovici, inspirado no best seller “Como os judeus inventaram o Oscar”, de Neal Gabler. Informações: (11) 3065-4333.

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20 de fevereiro de 2008

The Other Boleyn Girl chegará ao Brasil em abril

A atriz israelense Natalie Portman esteve em Madri para divulgar seu novo filme, “The Other Boleyn Girl”. Na trama, a atriz interpreta Ana Bolena, uma das mais conhecidas mulheres do rei Henrique VIII, da Inglaterra.

A trama do épico "The Other Boleyn Girl" (A Outra Garota Bonela) fala da histórica relação das irmãs Bolena com o rei Henrique 8º.
Maria e Ana Bolena, representadas por Natalie Portman (V de Vingança) e Scarlett Johansson (Encontros e Desencontros), personificam a rivalidade fraterna na disputa pelas atenções do monarca.

O filme estréia nos EUA em 29 de feveveiro e deve chegar ao Brasil no começo de abril.

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18 de fevereiro de 2008

Jeanne Moreau brilha em filme sobre lembranças do Holocausto

A atriz francesa Jeanne Moreau, de 80 anos, afirmou que trabalhar em seu novo filme sobre a luta de uma família para falar do Holocausto trouxe de volta memórias de sua própria infância durante a ocupação nazista. “Plus Tard Tu Comprendras” ("Mais tarde você entenderá"), do diretor israelense Amos Gitai, conta a história de Victor, um homem de meia idade que tenta convencer sua mãe (Moreau) a falar sobre sua infância e a morte de seus pais em Auschwitz.

“Foi muito intenso. Eu nasci em 1928. Vivi a ocupação. Na escola, eu tinha amigas que usavam a estrela amarela na roupa e que desapareceram. Isso fazia parte do cotidiano”. O escritor Jerome Clement, cujo romance autobiográfico serviu de base para o filme, explicou que a película mostra como gerações diferentes se esforçam para encarar determinados capítulos do passado. “Não é uma história da guerra, é uma história de hoje. Uma história do silêncio, sobre como, após a guerra, os pais não quiseram falar sobre certas coisas, e sobre como falamos com nossos próprios filhos, hoje”.

O ex-presidente francês Jacques Chirac reconheceu oficialmente, em 1995, pela primeira vez, a cumplicidade francesa na deportação de judeus durante a guerra. Mas foi apenas após uma decisão judicial de 2001 que se tornou possível processar as autoridades francesas, pedindo indenização. Amos Gitai comentou que a questão da colaboração de franceses com os nazistas não foi muito tratada no cinema francês até hoje. “Se este filme puder contribuir para que esse assunto seja aberto, será bom. Seria tarde, mas nunca é tarde demais”.

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9 de fevereiro de 2008

Gésio Amadeu no filme de Porto Feliz

O ator Gésio Amadeu ("Sinhá Moça"/"Sítio do Pica-Pau Amarelo") está no elenco do filme que conta a história de Porto Feliz (SP), dirigida por Vicentini Gomez. Gésio interpreta o Nego Tião, um escravo fugitivo que monta um quilombo na região de Porto Feliz. Além de Gésio Amadeu, o elenco conta com Ênio Gonçalves, Maximiliana Reis, Edson Sobral, entre outros. As principais cenas já foram gravadas e o filme deve ser concluído no final de março.

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30 de janeiro de 2008

Bruna Lombardi na Cultura

O roteiro de O signo da cidade (200 pp., R$ 15), de Bruna Lombardi, que a Imprensa Oficial do Estado publica na Coleção Aplauso, deixa clara a predileção da autora por histórias que transcorrem na megalópole, principalmente aquelas que dizem respeito à vida privada de cidadãos anônimos. O livro será lançado hoje (30/01), às 19h na Livraria Cultura do Shopping Villa-Lobos (Av. Nações Unidas, 4777 - Tel. 11-3024-3599). A história reúne um mosaico de personagens que se cruzam no programa noturno de rádio da astróloga Teca, espécie de conselheira sentimental que acaba se envolvendo com as histórias alheias, enquanto ela mesma vive um período de vácuo amoroso e de revisão da própria história familiar.

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24 de janeiro de 2008

Vicentini Gomez apresenta o elenco e inicia filmagens da história de Porto Feliz

Na quinta-feira, dia 24, no início da tarde, o diretor/ator e cineasta Vicentini Gomez começará a gravar as primeiras cenas do filme-documentário "Minha Cidade - Porto Feliz". As cenas 101, serão as primeiras a receber o grito de "Ação" do diretor. Na sexta-feira, Vicentini ainda verificará os últimos detalhes da "Direção de Arte" como objetos de cena e roupas da época para as gravações no final de semana.

No dia 25, sexta-feira, às 19horas, no salão de atos do Colégio Esmédio, na Rua Ademar de Barros s/n, haverá uma apresentação formal do elenco. Estarão presentes no evento o Prefeito de Porto Feliz, o Secretário de Turismo, autoridades da cidade e todo o elenco.

Para realizar o trabalho, Vicentini - que é detentor de diversos prêmios no cinema e no teatro brasileiro - trouxe para Porto Feliz o projeto "Minha Cidade", que a partir de documentos pesquisados nos arquivos públicos, na Biblioteca Nacional e até mesmo no exterior, escreveu o roteiro que contará a saga dos desbravadores do oeste brasileiro.==>> LEIA MAIS

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22 de janeiro de 2008

Da morte de Suzanne Pleshette e outras conversas entre sobreviventes, por Chico Lopes.

Uma amiga, freqüentadora das sessões de filmes clássicos e nostálgicos que são promovidas pelo Instituto Moreira Salles - Casa da Cultura de Poços de Caldas, aos domingos, me manda e-mail com notícia da morte da atriz americana Suzanne Pleshette, aos 70 anos.
Não tivesse ela participado no papel da professora que morre atacada pelas aves, sacrificando-se pela vida da irmãzinha do homem que ama em "Os Pássaros", de Hitchcock, creio que a notícia ficaria ainda mais restrita a alguma nota de fundo de jornal. Foi também a bibliotecária que é mal vista numa cidadezinha do interior careta dos EUA e, enfastiada, vai para Roma, onde conhece Troy Donahue, no lembradíssimo (mas menos cultuado pela crítica) "O candelabro italiano", de Delmer Daves.
Seu nome era Prudence, uma piada com sua imprudência ao ler algum livro proibido naquela biblioteca de cidade do interior, que sujara a sua reputação. O filme fez todo mundo amar e chorar naqueles inícios de anos 1960, ao som de "Al-di-lá", com Emilio Perícoli. Suzanne foi casada com Donahue, idolatrado por todas as jovens de então. Ela na garupa da lambreta de Donahue é ícone nostálgico infalível na memória de muita gente.
A notícia me chegou, e a repassei a um amigo cinéfilo que, também do interior de São Paulo, na certa se lembraria de Suzanne. Tomara ele tenha lembrado, e sentido o impacto que eu senti. Foi me dando um certo calafrio pensar que há pouca, pouca gente de meu círculo - geralmente os que estão na minha faixa de cinquentão - capaz de saber quem foi Suzanne.  ===>>> LEIA MAIS

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20 de janeiro de 2008

'Reparação' tem bênção de seu autor

Ian McEwan acompanhou "cada rascunho" do roteiro adaptado do romance; filme concorre a sete Globos de Ouro

Baseado em "Reparação" (Companhia das Letras, 2002), romance do escritor inglês Ian McEwan finalista do Booker Prize 2001, o mais prestigioso prêmio literário britânico, o filme "Desejo e Reparação" é o campeão de indicações ao Globo de Ouro (sete), feito que pode repetir no Oscar, que anuncia os concorrentes no dia 22.
Segundo longa de Joe Wright ("Orgulho e Preconceito"), o longa, que estréia amanhã no Brasil, custou US$ 30 milhões (R$ 53 milhões) e é a narrativa de como uma sucessão de mal-entendidos, seguidos de mentiras, podem ser tão devastadores quanto a guerra, pano de fundo desta história de amor.
No verão de 1935, a aristocrática Briony Tallis (Saoirse Ronan), de 13 anos, acusa o filho da governanta Robbie Turner (James McAvoy), amante da irmã mais velha, Cecilia (Keira Knightley), de um crime que não cometeu. A reparação, tardia, é pretendida por meio da arte -um livro que Briony escreve ao longo de seis décadas.

* foto: Cecilia (Keira Knightley) e Robbie (James McAvoy) em cena do filme "Desejo e Reparação', do diretor inglês Joe Wright

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15 de janeiro de 2008

Por um rastro de paz

Jornal do Brasil - 12/01/2008 - por Marcelo Migliaccio
O jornalista Guilherme Fiuza está de parabéns. Autor da biografia do músico e produtor João Guilherme Estrella, ele conseguiu escrever um texto em terceira pessoa que parece ter saído da boca do biografado. A interação dos dois - que são primos - faz com que o livro Meu nome não é Johnny (Record, 336 pp., R$ 44) não tenha uma palavra fora do lugar, um termo mal empregado, uma gordura a cortar. A leitura é frenética, como as festas regadas a cocaína pura promovidas por Estrella em seus tempos de barão do pó. O final do livro, como o amanhecer nas noites de muita doideira, chega antes do esperado. Mas, ao contrário da ressaca depressiva provocada pela droga, a sensação ao cabo da última página é de paz, e não de angústia. >> Leia mais

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A última chance de Anita: o incontornável desejo e a infalível velhice, por Chico Lopes.

Entre os filmes que mais me deixaram satisfeito como espectador nos últimos anos, há uma tendência a predominar títulos do cinema espanhol. Com orçamentos pequenos, é um cinema que, desde a aparição redentora e libertária dos filmes de Almodóvar - que ganharam merecida ressonância mundial -, errando e acertando, tem sempre uma elevada dose de humanismo e uma simpatia contagiante, lembrando as melhores misturas do cinema italiano dos anos 50 e 60 (aquele delicioso calor humano, do qual a lucidez e mesmo a crueldade, não estavam excluídos, em comédias fabulosas). A gente percebe a pobreza das produções, locações limitadas, certos descuidos de figurino, cenografia, roteiro, mas isso é substituído, com talento, por uma verdade documental muito grande e por atores que se entregam aos papéis com vontade visceral de acertar.
Exemplo disso é o pequeno filme, que se vê por aí, despretensioso, nas locadoras (e muita gente nem tem maiores referências a seu respeito) chamado "Anita não perde a chance", de Ventura Pons.
"Anita não perde a chance" ("Anita no perde el tren") é de 2000 e não marcou maior presença, mas vale ser visto e descoberto, especialmente por quem se interessa por um cinema verdadeiramente humano, em que o melodrama e a comédia se fundem. Não é um grande filme, longe disso. Tampouco são grandes filmes "Fred e Elza", "Crime Perfeito" e outros petiscos espanhóis das locadoras. Mas, tal como os outros, a sua imperfeição é cheia de uma humanidade vital. ==>> LEIA MAIS

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13 de janeiro de 2008

'Reparação' tem bênção de seu autor

Folha de S. Paulo - 10/01/2008 - por Eduardo Simões
Baseado em Reparação (Companhia das Letras, 2002), romance do escritor inglês Ian McEwan finalista do Booker Prize 2001, o mais prestigioso prêmio literário britânico, o filme "Desejo e Reparação" é o campeão de indicações ao Globo de Ouro (sete), feito que pode repetir no Oscar, que anuncia os concorrentes no dia 22. Segundo longa de Joe Wright ("Orgulho e Preconceito"), o longa, que estréia amanhã (11/01) no Brasil, custou US$ 30 milhões (R$ 53 milhões) e é a narrativa de como uma sucessão de mal-entendidos, seguidos de mentiras, podem ser tão devastadores quanto a guerra, pano de fundo desta história de amor. >> Leia mais

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Filmes dignos de espera: as promessas cinematográficas do ano de 2008, por Chico Lopes.

O começo de 2008 está já com ares de celebração nos cinemas. Muita coisa boa e elogiada pela crítica americana deve chegar neste janeiro e nos próximos meses. Não esquecer que o Oscar é já em fevereiro, e que "Desejo e reparação", de Joe Wright (que estreou de maneira incerta, com "Orgulho e preconceito", no cinema), está valendo todas as apostas, desde o desempenho no Globo de Ouro. Não vi o filme e espero vê-lo para, dentro em breve, comentá-lo aqui, junto aos leitores do Verdes Trigos.
Por tudo que ando lendo nos sites de cinema americanos, desde Roger Ebert e Emmanuel Levy ao painel de "reviews" no "Rotten Tomatoes", passei a ficar à espera de algumas promessas que parecem bem substanciosas.
O diretor inglês, Ridley Scott, realizador de grande talento que já nos deu "Blade Runner", "Alien - O oitavo passageiro" e "Thelma e Louise" - mas que, infelizmente, também faz filmes bem fracos e comerciais, deixando seus admiradores indecisos entre apreciá-lo e ignorá-lo - está de volta com "O gângster", que vem recebendo enormes elogios e tem dois atores de primeira nos papéis principais, Denzel Washington e Russell Crowe.
Fala-se muito também de "There will be blood" ("Sangue negro") de Paul Thomas Anderson, o mesmo autor do excelente "Magnólia", e de "No country for old men" ("Onde os fracos não têm vez") dos irmãos Coen. No primeiro, os elogios são nunca menos que rasgados para a atuação de Daniel Day Lewis na pele de um homem solitário que enriquece com o petróleo, mas cuja ambição e dureza o impede até mesmo de amar o único filho que tem. Do filme dos irmãos Coen também se fala maravilhas, especialmente do desempenho do ator espanhol Javier Bardem, que está se consagrando na América com a interpretação de um matador implacável cuja maldade intensa é coisa poucas vezes vista no cinema - já estão comparando a atuação e o personagem de Bardem com a de Anthony Hopkins para Hannibal Lecter em "O silêncio dos inocentes". ==>> LEIA MAIS

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21 de dezembro de 2007

Suspiros de 2007 e o que esperar de 2008, por Chico Lopes.

Meus leitores sabem que sou mais de ver ou rever filmes em DVD do que de ir aos cinemas porque, decididamente, não tenho espírito novidadeiro o bastante para achar, entre os tantos lançamentos, algum que me pareça mais digno de atenção. Os filmes, na atualidade, chegam rápido ao formato DVD e, tendo passado o tempo de barulho, de "sucesso", sofrem certa decantação (ela também mais acelerada, em que pese o paradoxo) e pode-se escolher melhor. O que não nos isenta de decepções, porque, hoje em dia, há muito mais publicidade que qualidade. Os outdoors, capas de revista, páginas da Internet, obas aqui, obas acolá, dão a impressão de que cada filme que sai é imperdível. É a ilusão de um mundo excessivamente consumista onde o excesso de sinais pretensamente qualitativos a todos engana.
Nessa floresta de chamarizes falsos, é preciso ter certa resistência crítica que chega a parecer estoicismo e escolher com frieza.
O hábito de ver e trabalhar profissionalmente com filmes dá considerável fadiga nesta época, quando todo mundo se põe a fazer listas dos melhores do ano, encontrando certas unanimidades e estranhando quando alguém não dá muita bola pra elas.
Eu não me abalo. Creio que, ecoando o "ficou chato ser moderno/agora serei eterno", de Drummond, procuro mais o que é sólido nesse mar de futilidades e descartes automáticos que nos assola. Simplesmente, Will Ferrell e Adam Sandler e não sei mais quem ainda não me convenceram de que são comediantes ou atores minimamente interessantes - ninguém pode superar Jack Lemmon ou Jerry Lewis nesses momentos e, se uma mesma locadora dispõe de títulos novos e antigos, e o usuário que entra conhece bem o cinema do passado, só entrará em fria vendo coisas novas se quiser. => LEIA MAIS

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15 de dezembro de 2007

Documentários da Ecofalante na 21ª Mostra do Audiovisual Paulista

A Ecofalante tem o prazer de convidar a todos para assistir a exibição dos documentários "O Pontal do Paranapanema" e "Os Japoneses no Vale do Ribeira e Sudoeste Paulista", produzidos pela Ecofalante e dirigidos por Chico Guariba, estão na programação da 21ª Mostra do Audiovisual Paulista. As sessões são gratuitas e acontecerão no fim de semana. No sábado (15) será apresentado "O Pontal do Paranapanema" no Centro Cultural São Paulo - Sala Lima Barreto, às 18:00h. No domingo (16), será apresentado "Os Japoneses no Vale do Ribeira e Sudoeste Paulista", na Cinemateca - Sala Petrobras as 16:00h.

Maiores Informações sobre os documentários e a mostra acesse: aqui

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13 de dezembro de 2007

UMA REFLEXÃO SOBRE 'NOTAS SOBRE UM ESCÂNDALO'

Depois que aprendi a teoria de Edgar Allan Poe, lendo "A Filosofia da Composição", comecei a notar com excelência os efeitos e causas de uma obra literária ou filme. "Notas Sobre Um Escândalo" foi um dos filmes mais surpreendentes e prazerosos o qual assisti em 2007.
Estarrecedor? Não, não acho estarrecedor. O filme retrata o real, mas não deixa de ser marcante, pois foge da ideologia predominante. Muitos diretores, autores e roteiristas, não tiveram a coragem de Richard Eyre (diretor), Patrick Marber (roteirista) e Zoe Heller (autor do livro Anotações sobre um escândalo) [...]
Leia mais em: http://www.cranik.com/notassobreumescandalo_reflexao.html

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Lançamento em Florianópolis: Por causa do Papai Noel, Crônicas de Natal e Histórias de Minha Avó

Nesta sexta-feira, dia 14/12, a escritora Urda Alice Klueger e a cineasta Mara Salla fazem dos lançamentos em Florianópolis.
Urda vem à cidade lançar uma edição revista e ampliada do livro Crônicas de Natal e Histórias de Minha Avó. Neste livro está publicada a crônica Por Causa do Papai Noel, que deu origem ao primeiro curta-metragem da cineasta Mara Salla, que também tem o título de Por Causa do Papai Noel. A novidade é que esta nova edição do livro traz na capa fotos do filme e texto de abertura escrito por Mara Salla especialmente para a reedição.
Urda também escreveu duas novas crônicas que falam da experiência de ter participado das filmagens de Por Causa do Papai Noel e do que sentiu quando viu pela primeira vez o filme na telona.
Na mesma ocasião, Mara Salla lançará a edição em DVD do curta-metragem. O DVD conta com extras como making of, trailer, fotos dos bastidores, entrevistas com Mara e Urda, além de oferecer quatro legendas para o filme: inglês, espanhol, alemão e francês.
O filme foi lançado no final de 2006 e passou um ano sendo exibido em mostras e festivais de cinema em todo o mundo, tendo agora sua versão em DVD acessível ao público. O livro e o DVD são ótimas dicas para presentes nesta época em que o Natal se aproxima.

O quê: Lançamento do livro Crônicas de Natal e Histórias de Minha Avó, de Urda Alice Klueger, e do DVD do filme Por Causa do Papai Noel, de Mara Salla.
Quando: Sexta-feira, 14/12, às 19h.
Onde: Na Megastore das Livrarias Saraiva - Shopping Iguatemi. Florianópolis.

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10 de dezembro de 2007

YouTube leva novata a Sundance

Clarice, 18, protagoniza curta vencedor de concurso na internet, que será exibido em festival de cinema

RAQUEL COZER - DA REPORTAGEM LOCAL
É Clarice, sem complemento, o nome "artístico" da menina que estrela a única produção nacional a ser exibida em janeiro próximo no Festival Sundance (EUA), o maior do cinema independente no mundo.
Ela está em "Laços", de Flávia Lacerda, que venceu o concurso internacional de curtas do YouTube, na última quarta, após passar por seleção da equipe do cineasta Jason Reitman ("Obrigado por Fumar") e pelo crivo de internautas do mundo todo. A exibição em Sundance faz parte do prêmio.
O sobrenome que omite é conhecido. Clarice é filha do diretor João Falcão e da roteirista Adriana Falcão, ambos de "A Máquina" -Adriana fez também o roteiro de "Laços". "É que "Clarice" é forte sozinho. Como penso em fazer algo em música, funciona assim", diz a moça de 18 anos, pele branquinha e sotaque entre o sulista e o paulistano, embora seja de Recife e more no Rio desde pequena ("É, todos acham que falo estranho...", conforma-se).
A história da menina que conhece um rapaz bizarro após a morte do pai ganhou de não se sabe quantos concorrentes (o Google não divulga) nem com quantos votos (idem). Mas superou ao menos 19 produções de outros cinco países que estavam na final, mais dezenas que não chegaram perto.
O vídeo custou pouco mais de R$ 2.000, rendeu US$ 5.000 (cerca de R$ 9.000) e deu a Clarice aquela espécie de reconhecimento imediato que a internet permite - não de ser parada nas ruas, mas de receber e-mails e scraps de congratulações. Até a noite da última quinta-feira, sua atuação tinha sido vista 145 mil vezes.

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Laços: poesia pura

 

Laços, filme brasileiro vencedor de um certame internacional do YouTube disputado por 3,5 mil vídeos, é poesia, beleza e inteligência. O filme foi produzido pela carioca Adriana Falcão e estrelado por sua filha Clarice (18 anos), com Célio Porto (17 anos). 'Laços' dura só seis minutos e é surpreendente. Visto de novo, adoça a emoção.

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'Dois menos dois', um jogo de montagem que a lógica não explica.

"Laços", o curta vencedor do concurso internacional promovido pelo YouTube, não foi o trabalho de estréia de Clarice Falcão, 18. A filha da roteirista Adriana Falcão e do diretor João Falcão esteve na trilha de "Lisbela e o Prisioneiro" (2003) e no elenco de "Fica Comigo" (2006), para ficar em alguns exemplos. Junto com o colega na faculdade de cinema da PUC-RJ Célio Porto, 17, ela também protagonizou (e ajudou a roteirizar e a montar) outros curtas que estão no YouTube, como "Dois Menos Dois". Aqui, sem a ajuda das veteranas Adriana e Flávia Lacerda (roteirista e diretora de "Laços", respectivamente), os aspirantes a atores e cineastas já mostravam a predileção por temas que, bem, a lógica não explica. "Dois Menos Dois" foi filmado num fim de semana no começo deste ano, num banco de praça no Jardim Botânico, e mostra dois namorados que não conseguem ver um ao outro, ao som da bela "Sprout and the Bean", de Joanna Newsom. É um simpático jogo de montagem, bem mais interessante do que o premiado "Laços". Confira.

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8 de dezembro de 2007

Que livro é esse?, por Noga Lubicz Sklar

Promoção inédita no Globo premia com um exemplar de "Eu sei que vou te amar", novo livro de Arnaldo Jabor, as sessenta melhores respostas para a pergunta "Qual a maior loucura que você já fez por amor?" enviadas para o endereço promoglobo@oglobo.com.br.
Vou à Cultura e descubro que não, não é erro do jornal. O livro acaba de ser lançado pela Objetiva, mas uai, gente, não era esse o nome de um filme de Arnaldo Jabor? Que, se não me engano, deu prêmio em Cannes a uma muito jovem Fernanda Torres?
Normalmente o trajeto do livro ao filme se dá na direção oposta, e me acreditem: é a melhor coisa. Ter visto o filme interfere demais na relação muito íntima, quase sexual, que o leitor estabelece com o livro através da imaginação.
Tudo bem que a forma escrita, o ritmo, a escolha da palavra certa e da ordem certa das palavras contribui bastante, o sentir na pele o empenho do autor, o gozo pleno da literatura. Bah. Coisa mais antiga, do tempo assim, digamos, de Flaubert, como muito bem mostra este post do Digestivo Cultural. Porque ninguém tem mais tempo pra isso, fala sério: vinte páginas escritas em um mês? E o mercado, gente? E o mercado? Além do mais, a imposição da imagem hoje em dia é tanta, e tão intensa, que tanto faz a linguagem, e é aí que o livro-depois-do-filme perde um bocado da graça. Pelo menos é o que estou sentindo ao finalmente ler, com considerável atraso, aquele que é considerado um dos melhores romances do século, hum, qual? Vinte e um? (É meio cedo pra isso, né não?) Nele, se realiza a contento a descrição dos personagens, das paisagens e ambientes, a vivacidade da trama, todos brilhantemente traduzidos em filme no maravilhoso "Reparação", baseado no romance homônimo de Ian McEwan - nossa, alguém já me ouviu elogiar um filme assim? Acho que eu estava de bom humor naquele dia ou, no mínimo, muito bem acompanhada, me sentindo bem-amada.==>> LEIA MAIS

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3 de dezembro de 2007

Triste, denso e belo, por Jeová Santana.

Este ano saí de casa para ver, duas vezes cada, três filmes brasileiros: "Os Dozes Trabalhos" (Ricardo Elias), "O Cheiro do Ralo" (Heitor Dhalia) e "Mutum" (Sandra Kogut). Este, o mais recente, apresenta algumas voltagens emotivas que ainda repercutem e guiam o correr dessas linhas marcadamente impressionistas. Tal escolha não se deve, em princípio, à afinidade com Paulo Emílio Sales Gomes (1916-1977), ensaísta, cinéfilo e contista tardio, cuja obra vem sendo reeditada com o cuidado editorial à altura de seu legado. O autor de "Três Mulheres de Três PPPÊS" afirmou que o filme brasileiro, mesmo ruim (o que não é o caso dos que citei), teria sempre algo a dizer sobre nós, daí preferi-lo a qualquer um feito nos Estados Unidos. Pinçada assim, sem referências contextuais, tal reflexão pode despertar, de saída, alguns pruridos ufanistas, mas sabemos que a produção da (ainda) chamada Sétima Arte em terras americanas, não existe somente na linha de montagem de Hollywood, cujo selo final é impresso todo ano naquela patacoada chamada Oscar. A parcela lá produzida que fica fora do chamado "circuitão" é do conhecimento de poucas retinas. (...)

Para quem está acostumado com esse tipo opção artístitca, dará nos nervos passar 95 minutos, vendo a leitura que a diretora Sandra Kogut, a roteirista Ana Luiza Martins Costa, o fotógrafo Mauro Pinheiro Jr., o sonoplasta Márcio Câmara, entre outros, fizeram para "Miguilim", que integra o livro "Campo Geral", de Guimarães Rosa (1908-1967). O primeiro incômodo vem pelos olhos. Pois os acostumados a viver cercado de prédios por todos os lados, o que torna a palavra "horizonte" apenas um verbete nos dicionários, estranha se vê frente a frente com tanto descampado, logo depois de se sentir na garupa do cavalo que conduz o menino Thiago e seu tio Terez de volta para casa. =>> LEIA MAIS

[Assisti ao filme, na última sexta, no Cine Abril, Conj. Nacional, São Paulo. Ratifico as impressões do Jeová, pois o filme tocou-me profundamente. Tudo bem, o universo roseano me é particular, tenho algo do Miguelim nas veias. No final do filme, chorei. Afinal, pessoalmente, eu conheço destino do menino que deixou a roça, sem enxergar direito, e, partiu. Ele viu o mar, Jeová. Assinado, Henrique]

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23 de novembro de 2007

FESTIVAL DE CURTAS PREMIADOS no Magnólia Villa Bar

O ator e cineasta Vicentini Gomez apresenta seus filmes "Curta Premiados", exibidos em diversos festivais de cinema e vídeo no Brasil e exterior no Bar Magnólia Villa Bar, dia 05 de dezembro, quarta-feira, com início as 21h. O Magnólia patrocinou recentemente a mostra de cinema de São Paulo (mais dados no site www.magnoliabar.com.br)

Sinopse dos filmes:

JUQUERIQUERÊ - 21h - 10m
As lembranças de um Índio Velho em comparação com sua atual condição de "ex-dono da terra". A preservação e a devastação dos rios, mangues e áreas de mananciais. No elenco: Antonio Carlos Gonçalves; Bruno da Silva e Célio Nascimento.
O RIO DA MINHA TERRA - 21h30 - 8m
Um ribeirinho ao ter suas terras invadidas pela água durante a formação do lago da Usina Porto Primavera, do Rio Paraná, mesmo com a partida de sua família, resiste em sair das terras onde nasceu. No elenco: Hilton Ferreira Tinho, Filó Coleto, Tales, Fabiano Gustavo e João Cunha.
PAÚRA - 22h - 10m
Uma senhora branca fica receosa com a presença de um negro na fila do caixa eletrônico. Na saída o homem tenta alcançá-la e ela foge assustada. Filme/denúncia contra o preconceito. No elenco: Gésio Amadeu, Ana Lucia Torre e Luiz Carlos Bahia.
EDSON SOBRAL
Após a exibição de cada filme, o humorista Edson Sobral, que escreveu e atuou em diversos programas de humor da TV Brasileira (A Praça é Nossa SBT, Tom Cavalcanti - Record, etc) e que encerra a tournée 2007 pelo Brasil fará cenas de humor. Edson Sobral é indiscutivelmente um dos maiores humoristas brasileiros, "tem um metro e oitenta e cinco".

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16 de novembro de 2007

DEZ FILMES para se levar para uma ilha deserta, por Chico Lopes.

Para quem aprecia Cinema, foi lançado pela Publifolha há alguns anos, um livrinho chamado "Ilha deserta - Filmes". Proposta curiosa: sete autores famosos, entre críticos cinematográficos, cineastas e escritores, falam dos dez filmes preferidos que levariam para uma ilha deserta. Os autores são o teledramaturgo Agnaldo Farias, os críticos de cinema Amir Labaki e Inácio de Araújo, o escritor Bernardo Carvalho, a socióloga Isa Grinspum Ferraz, o documentarista João Moreira Salles e o cineasta Ugo Giorgetti.
Essas listas dos "dez filmes preferidos", em geral solicitada a cineastas, críticos e personalidades da cultura, foram uma mania em outras épocas, quando a cinefilia parecia mais vigorosa; hoje, parecem impressionar e influir menos, porque o peso da crítica cinematográfica sobre o público é consideravelmente menor. Os gostos mudam depressa demais hoje em dia e quase não há tempo para a dedicação contínua e sistemática a uma obra cinematográfica a ponto de torná-la objeto de um culto recorrente e, sem esse tempo, sem essa disposição de espírito, não há apego ao que se vê (a descartabilidade é endêmica e frenética), não havendo, portanto, um mecanismo sólido de eleições. + + + +

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12 de novembro de 2007

Fanny Ardant e Gerard Depardieu filmam cena do kadish no Monte das Oliveiras

Os artistas franceses Fanny Ardant e Gerard Depardieu, que chegaram a Israel no final de semana, iniciaram as filmagens da película “Hello-Goodbye”, uma co-produção franco-israelense. As primeiras cenas foram gravadas em Nabi Musa, situada perto da cidade de Jericó, e posteriormente visitaram o Monte das Oliveiras em Jerusalém. O filme trata de um casal de franceses que fizeram a Aliah, imigração para Israel. Os artistas receberam aulas de judaísmo e aprenderam a recitar o kadish, a oração pelos mortos, para uma cena no cemitério de Jerusalém. Todos os integrantes da produção estão impressionados com o bom humor demonstrado pela dupla de astros franceses. (Ynetnews)

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