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25 de outubro de 2008

Tudo que é líquido desmancha no ar

Somos todos mercadorias, diz Zygmunt Bauman em Vida para consumo; na Polônia, acusam o sociólogo de ter integrado a polícia secreta comunista

Aos 83 anos, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman continua demonstrando uma impressionante sagacidade na interpretação das transformações em curso na sociedade. Em Vida para consumo (Zahar, 200 pgs. R$36), ele faz uma análise provocadora do impacto do consumismo sobre o modo como vivemos hoje, um estilo de vida caracterizado pela fragilidade dos laços, pelo embasamento moral, pela falta de referências fixas e por uma fluidez classificada como “líquida” – adjetivo presente nos títulos de cinco livros seus: Amor líquido, Modernidade líquida, Vida líquida, Medo líquido e tempos líquidos.

O consumo é um tema sociologicamente rico, pois pode ser associado tanto a uma suposta afirmação da liberdade individual quanto a (também supostos)  mecanismos de controle e manipulação das pessoas. Além disso, seus diferentes aspectos – econômicos, políticos, históricos, sociais, culturais, psicológicos – tornam a discussão sobre o consumo potencialmente inesgotável. Bauman parte da tese de que deixamos de viver numa sociedade de produtores e passamos a uma organização social baseada puramente no consumo, na qual as pessoas se tornaram elas próprias mercadorias descartáveis numa prateleira, que precisam se remodelar continuamente para não ficarem obsoletas.

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16 de outubro de 2008

“Crise mostra que as pessoas caminham sobre abismo” disse Eduardo Giannetti

O mercado financeiro, que parecia seguro, se desequilibrou. Quem se acostumou a ganhar sempre, passou a vender desesperadamente seus ativos. O mundo vinha caminhando em cima de uma tábua estreita, avançando, e todos acreditavam que enriqueciam cada vez mais. De repente, as pessoas se deram conta de que a tábua está suspensa no abismo, e elas se sentiram inseguras, incertas e perderam o equilíbrio.

Giannetti cita Avicena, um filósofo árabe do século 11 que, segundo o professor, traçou um bom cenário que pode servir como exemplo para que se compreenda o momento de crise financeira vivido no planeta.

"Uma pessoa caminha sem dificuldade por uma tábua estreita, enquanto acredita que ela está suspensa no solo. No momento que essa pessoa se dá conta de que esta tábua está sobre o abismo, ela vacila e despenca", exemplifica.

A intervenção do governo por meio dos pacotes de socorro está tentando dar limites à crise. "O que o Estado está fazendo agora é colocar uma espécie de rede de proteção pra impedir que esta queda no abismo leve ao desastre", explica o economista.

Para o professor, este é o momento de refletir sobre a responsabilidade ambiental e que uma certa redução do nível de crescimento econômico no mundo pode ser bem-vinda.

"Até mesmo os países que assinaram o Protocolo de Kyoto não estão cumprindo os termos do acordo. Um mundo um pouco menos agressivo no uso de recursos naturais pode nos dar uma pausa necessária para que as novas tecnologias venham a substituir essa atitude muito inconseqüente que a humanidade vem tendo, desde a Revolução Industrial, de jogar todo o resíduo e toda a poluição de sua atividade econômica na atmosfera", conclui Giannetti.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u456913.shtml

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28 de agosto de 2008

Basicamente, very important people no Rio é ator da TV Globo; São Paulo, os milionários ...

A apresentação de Caetano Veloso e Roberto Carlos no Rio e em SP revelou mais uma daquelas expressões que significam coisas completamente diferentes em uma cidade e na outra: VIP. O repórter Paulo Sampaio esteve nas duas.

Basicamente, "very important people" no Rio é ator da TV Globo. Em São Paulo, são milionários (banqueiros, industriais, empreendedores) e, em menor número, as "celebridades B". Quem é "A", em geral, está de passagem pela cidade.

No Municipal carioca, os astros da Globo têm direito aos melhores lugares (colocam-se à frente da platéia cadeiras trazidas à última hora), podem chegar atrasados e, eventualmente, atrasar o show. A atmosfera é de excitação. No todo, faz lembrar um grupo de crianças em um passeio escolar. "Tem muito holofote (cinegrafistas), muita luz (flashes), é difícil organizar (a platéia). Nunca vi esse nível de concentração global.
É "Caras", "Contigo", tudo junto.
Acho que talvez isso traga uma dispersão (para o show)", acredita a diretora Daniela Thomas.

Exibidos pela própria função, os astros costumam ter opiniões grandiloqüentes, quase dramáticas, sobre o show. "Estou aqui pelo Tom, pela bossa nova, pela tropicália, pela jovem guarda e, meu Deus do céu!, por dois dos maiores cantores da MPB", diz Mila Moreira (a resposta, com pequenas variações, é a da maioria dos entrevistados).

Alguns podem se dar ao luxo de ignorar o show. Seu pai não vem? "Acho que não", responde Sílvia Buarque (Chico não foi). Quem não é VIP (ator da Globo) age como se fosse. "Olha a Débora Bloch. Está esmilingüida", diz uma senhora, Valquíria, para a amiga, Lenice.
Em SP, os milionários não querem ser identificados. Fogem dos flashes e tratam os repórteres como se fossem seqüestradores em potencial. Em volta, em vez da atmosfera de descontração, estão seguranças. Falta traquejo. "Vim pelo Roberto, ele é do meu tempo...Então tá, até logo", diz Abilio Diniz, ao lado de um "homem-estátua". Se for o caso, as celebridades dizem claramente, sem medo, que preferem Roberto Carlos. "Sou amigo de muito tempo do Roberto, nem preciso dizer o quanto gosto dele", diz Tom Cavalcante.

Em SP, volta e meia sai uma expressão em inglês. Ao se referir ao shopping Cidade Jardim, tido como o mais sofisticado da cidade, Denise Steagall, assessora de Andrea Matarazzo, diz ao empreendedor Zeco Auriemo: "No words". Zeco dá uma risada enigmática, meio constrangida. "Viu? Ela gostou do shopping." O figurino muda radicalmente. Enquanto as atrizes globais usam vestidos florais de alcinha, sapato baixo ou tamancão, cabelos ao vento, em SP as mulheres tiram do armário suas grifes. "Tem que colocar a bolsa Chanel, meu amor.
Quantas vezes você vai a um show desses?", pergunta a publicitária Carol Gimenes, de Daslu e "pérolas da vovó".

De mãos dadas com o novo namorado, Dinho Diniz, Daniella Cicarelli se esconde dos fla-shes atrás do cabelão "chapado". Ela caminha em círculos.
"Me sinto um palhaço no picadeiro." Mais experiente, Rodrigo Santoro conversa sem medo com os repórteres. Santoro mora no Rio, mas veio ao show em SP porque tinha que gravar o programa do Jô. "Vai ser um showzaço", diz, antes de entrar.
Ao fim, no Rio, o espetáculo se prolonga em uma festa na casa de Paula Lavigne. Em SP, os casais engravatados seguem para jantares em mesas pequenas de restaurantes três estrelas. (Mônica Bergamo na FSP)

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24 de julho de 2008

Obama arrasta multidão em Berlim

Reuters

Em discurso histórico, democrata diz que o mundo tem novos muros para derrubar e pede união com a Europa. Saiba mais

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20 de fevereiro de 2008

Prêmio para o melhor projeto para o desenvolvimento sustentável da Amazônia

O “Prêmio Prof. Samuel Benchimol” vai oferecer até R$ 65.000,00 ao autor do melhor projeto para o desenvolvimento sustentável da Amazônia nas áreas Ambiental, Econômica/Tecnológica, Social. Trata-se de uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior que visa promover o empreendedorismo e a inovação tecnológica (tecnologias sociais, ambientais e da produção). Informações: (61) 2109-7812.

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23 de novembro de 2007

Educador do (ser)tão: Tião Rocha, o Empreendedor Social 2007

 

Das veredas de Minas Gerais, Tião Rocha reinventa jeitos de aprender focados no indivíduo e vence a terceira edição do prêmio da Folha e da Fundação Schwab

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12 de novembro de 2007

Göran Therborn estará na UERJ nos dias 21 e 22 de novembro

A UERJ vai receber, nos dias 21 e 22 de novembro, o sociólogo Göran Therborn, professor da Universidade de Cambridge e da Universidade de Uppsala na Suécia, autor de "Sexo e Poder". O sociólogo sueco Göran Therborn é responsável pela mais ousada análise da instituição familiar, em termos mundiais, das últimas décadas. Therborn fará uma conferência no auditório 91 da UERJ e uma palestra no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais. Na ocasião será lançado "Novas Conciliações e Antigas Tensões?", das professoras Clara Araújo (UERJ),
Felícia Picanço (UERJ) e Celi Scalon (UFRJ).

O sociólogo sueco Göran Therborn é responsável pela mais ousada análise da instituição familiar em termos mundiais das últimas décadas. Sua proposta é comparar as mudanças ocorridas entre 1900 e 2000 nos principais sistemas familiares mundiais. Para a análise, Therborn destaca três grandes temas. Em todos, o leitor é confrontado com uma imensa massa de informações, de natureza diversa - jurídico-política, histórica, antropológica, demográfica -, por meio de um diálogo constante com a literatura especializada e com múltiplas fontes de dados. O primeiro tema é o patriarcado e os direitos relativos de pais e filhos, homens e mulheres. O segundo assunto investigado é o papel do casamento e do não-casamento na regulação do comportamento sexual e, em particular, dos vínculos sexuais. O último bloco aborda a fecundidade e seu controle. Trata-se de entender como um padrão de família pequena e nuclear, restrito à França e aos Estados Unidos no início do século XIX, dissemina-se por todo o mundo no século XX, em duas ondas sucessivas.

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28 de outubro de 2007

Tempo Social: entrevista com Zygmunt Bauman

Estou estudando Zygmunt Bauman, um excelente autor que dá fundamento para reformular minhas reflexões e me dá subsídios filosófico-culturais para a consciência crítica. Penso em publicar minhas reflexões. Haja tempo! Antes de tudo: apresento-lhes Zymunt Bauman, numa entrevista de Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke:

Um renomado periódico espanhol referiu-se recentemente a Zygmunt Bauman como um dos poucos sociólogos contemporâneos "nos quais ainda se encontram idéias". Opinião semelhante é freqüentemente exposta por críticos de várias partes do mundo quando refletem sobre o pensamento desse intelectual polonês radicado na Inglaterra desde 1971 e empenhado há meio século em "traduzir o mundo em textos", como diz um deles. Indiferente às fronteiras disciplinares, Bauman é um dos líderes da chamada "sociologia humanística", ao lado de Peter Berger, Thomas Luckmann e John O'Neill, entre outros. De um lado, não se encontram em suas obras abstrações ou análises e levantamentos estatísticos; de outro, são ali aproveitadas quaisquer idéias e abordagens que possam ajudá-lo na tarefa de compreender a complexidade e a diversidade da vida humana. Essa é uma das razões pelas quais Bauman tem muito a dizer para uma gama de leitores muito maior do que normalmente se espera de um trabalho de sociologia mais convencional, o que condiz com suas próprias ambições de atingir um público composto de pessoas comuns "esforçando-se para ser humanas" num mundo mais e mais desumano. Como ele gosta de insistir, seu objetivo é mostrar a seus leitores que o mundo pode ser diferente e melhor do que é.

Descrito certa vez como "profeta da pós-modernidade" (com o que não concorda), por suas reflexões sobre as condições do mundo da "modernidade líquida", os temas abordados por Bauman tendem a ser amplos, variados e especialmente focalizados na vida cotidiana de homens e mulheres comuns. Holocausto, globalização, sociedade de consumo, amor, comunidade, individualidade são algumas das questões de que trata, sempre salientando a dimensão ética e humanitária que deve nortear tudo o que diz respeito à condição humana. Preocupado com a sina dos oprimidos, Bauman é uma das vozes a permanentemente questionar a ação dos governos neoliberais que promovem e estimulam as chamadas forças do mercado, ao mesmo tempo em que abdicam da responsabilidade de promover a justiça social. "Hoje em dia", lamenta ele, "os maiores obstáculos para a justiça social não são as intenções... invasivas do Estado, mas sua crescente impotência, ajudada e apoiada todos os dias pelo credo que oficialmente adota: o de que 'não há alternativa'". É nesse quadro que se pode entender sua afirmação de que "esse nosso mundo" precisa do socialismo como nunca antes. Mas o socialismo de que Bauman fala, como insiste em esclarecer, não se opõe "a nenhum modelo de sociedade, sob a condição de que essa sociedade teste permanentemente sua habilidade de corrigir as injustiças e de aliviar os sofrimentos que ela própria causou". É nesse sentido que ele define o socialismo como "uma faca afiada prensada contra as flagrantes injustiças da sociedade".

Nascido na Posnânia em 1925, Bauman escapou dos horrores do holocausto que aguardavam os judeus poloneses na Segunda Guerra Mundial ao fugir com sua família para a Rússia, em 1939. De lá voltou após a guerra, quando se filiou ao partido comunista, estudou na Universidade de Varsóvia e conheceu Janina, com quem está casado há 55 anos e com quem teve três filhas: Anna (matemática), Lydia (pintora) e Irena (arquiteta).

Confiantes e animados pelo sonho de criar uma sociedade mais justa e igualitária, Zygmunt e Janina ali construíram suas carreiras (ele como professor da Universidade de Varsóvia e ela como editora de roteiros cinematográficos) e criaram sua família, até que uma nova onda de anti-semitismo e repressão esmagou seus sonhos e os forçou ao exílio. Após três anos em Israel, o convite para o cargo de chefe do departamento de sociologia na Universidade de Leeds trouxe Bauman e sua esposa à Inglaterra, onde permanecem até hoje.

Gentil, modesto e reservado, Zygmunt Bauman aceitou prontamente ser entrevistado para o público do Brasil, país que pouco conhece e onde esteve uma única vez há vários anos, para um congresso de sociologia no Rio de Janeiro. Pelas notícias que ouve do país, o que o impressiona é a desumanidade de cidades como São Paulo, por exemplo, uma cidade que, como diz, com sua abundância de muros ao redor de residências, prédios, parques etc., mostra "o lado mais brutal e inescrupuloso das tendências segregadoras e exclusivistas" das cidades metropolitanas. O fato de os brasileiros despenderem "4,5 bilhões de dólares por ano em segurança privada" só acresce a desumanidade de um quadro que considera sintomático da realidade mundial.

Bauman recebeu-me em Leeds, na confortável casa onde mora desde que ali chegou, há mais de trinta anos. "Naquela época achei a cidade horrível, imunda", disse-me Janina, comentando a mudança dos últimos tempos, que transformou Leeds de um sujo centro industrial em uma cidade bonita, verdejante e cheia de vida.

Extremamente hospitaleiro (algo muito próprio dos europeus do Leste, como dizem), Bauman entremeou reflexões sobre sua obra e sua vida com idas à cozinha para servir chá quente e com oferecimentos insistentes de caprichados canapés de salmão e outros petiscos cuidadosamente dispostos na pequena mesa de sua biblioteca.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20702004000100015&lng=en&nrm=iso

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