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2 de novembro de 2009

Dia 11/11/2009, Verdes Trigos completará 11 anos on line

 

"VerdesTrigos foi criada em 11/11/1998, numa noite de rara inspiração. Queria naquela época escrever um livro on line. Naquele tempo não havia ainda os blógues, mas eu imaginava escrever um livro com a participação do leitor, uma inusitada experiência que, tempos depois, Mário Prata realizou. Penso que o processo de criação é algo solitário, sem dar muita explicação, e o que eu pretendia fazer on line era escancarar o processo criativo. Gosto de estudar o processo criativo dos grandes autores, como Guimarães Rosa, Graciliano Ramos ou Machado de Assis, com todos os seus rabiscos, cortes, correções, trocas de títulos ou subtítulos.

Pretendia, então, também fazê-lo, mas em tempo real, onde os internautas pudessem acompanhar a criação e nela interferir através de comentários, críticas ou sugestões. Surgia, então, um embrião dos propagados blógues. Logo, no início, além de escrever o livro propriamente dito, comecei a comentar os livros e artigos que lia e que davam fundamentação ou serviam de inspiração ao livro. Muito interessante, todavia, o processo criativo ficou totalmente obsceno, escancarado. Preferi continuar o livro na solidão do quarto, na sua penumbra. Entretanto, dei seguimento à publicação de resenhas e ensaios literários.

Assim nasceu Verdes Trigos. Mais do que uma atitude, Verdes Trigos é um conceito filosófico, onde procuro cultivar a esperança num mundo melhor, que se passa pela leitura, pelo estudo e pela dedicação a estes bens imateriais que produzimos e consumimos". (Henrique Chagas)

[NOTA] "Agradeço de coração todos os que nestes 11 anos nos acompanham, nos ajudam e não nos deixam desanimar. Os e-mails recebidos, com mensagens de estímulo e apoio, as críticas e comentários construtivos, nos estimulam a continuar sempre. Meu abraço especial aos fiéis colaboradores, aos amigos que nos ajudam com textos, notas, scripts de programação, layout, design, css e imagens photoshopadas. Por tudo e a todos, meus sinceros agradecimentos. Em especialíssimo, meus agradecimentos àquela que me compreende e me divide com o VerdesTrigos. Alessandra, desde o inicio, me apóia e me ajuda, e à ela minha especial gratidão".

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20 de outubro de 2009

Entrevistando celebridade: Sebastiana Gouvêa Moraes, a Nana Gouvêa

Os rumos de Sebastiana, a Nana Gouvêa.
Uma atriz cuja alma se enche de coragem, sem culpa e sem medo, inclusive para mudar os rumos da sua personagem.

Com uma voz macia e meiga, Sebastiana responde a todas as perguntas com o maior interesse, sem quaisquer embaraços ou hesitações. Sente calor. Veste roupas leves como sempre. Quem não a conhece? Sua imagem é como outdoor à margem da estrada; todos a conhecem; inclusive aquela tatuagem no púbis é pública. Ah, bela fada, use a sua mágica varinha e abra os ouvidos de quem a rodeia. Por que ninguém a ouve ou presta atenção no que ela sente ou diz?
Consolada, solícita, ela me diz que a maioria das pessoas "olha para mim e não escuta o que estou falando". "Já estou acostumada". Calmamente explica-me que tem plena consciência que a sua imagem grita e abafa o som da sua voz.
Do celular pede para que ligue direito ao aparelho fixo. Enquanto com ela falo - esqueço o que aprendi na psicanálise -, dou uma gugada no seu nome e aparecem na tela mais de duzentos e oitenta mil páginas e mais de trinta e cinco mil imagens disponíveis na internet. Fazer o quê se os paparazzos, os fotógrafos de plantão, estão sempre atentos a todo e qualquer movimento seu. É obvio que vai ter alguma foto sua "pagando calcinha" ou "pagando peitinho".
Contudo, ela é desinibida - não cobre mais do que vinte por cento do corpo - e nem poupa de quem quer que seja o privilégio da visão do paraíso. Pelas teias da web, dá-nos a entender que estaremos sempre diante da personagem por ela vivida; contudo, embora neste mundo pós-moderno também contracene com a personagem, quero mesmo é saber o que pensa a atriz. As nuances da sua persona já estão todas presas nas teias da web pela grande aranha. O que diz e sente a atriz Nana Gouvêa? "É óbvio que quero ser conhecida pelo talento e pela inteligência".
Em pleno vigor dos seus trinta e poucos anos, ela está feliz com o seu corpo, permitindo-se ser fotografada e vista com orgulho e prazer. "Sou feliz comigo, adoro ser assim, adoro ser fotografada, me adoro, estou cada dia mais gostosa". Ela não deixa de viver em razão do que os outros pensam. "Vivo o que me dá prazer".
No seu último ensaio fotográfico - estou online - ela declarou que não consegue "viver sem meditação, sem livros, sem praia, sem família e sem um chamego". Eu sequer imaginava que ela gostasse de ler. "Estou sempre com um livro na mão, seja quando viajo ou na praia. E as pessoas me dizem, você é tão triste. Não, ao contrário, este é o mais alto grau de felicidade para mim". E Ela continua, "em casa tem livros para todo lado".
Vou à veia. Ela tem veia bailarina, aquela que dança. "Nana, o que você está lendo?" De pronto, "dez livros, tudo ao mesmo tempo". "Mas, quais? Eu quero saber". Ela relaciona vários. "Onde existe luz" é o primeiro deles. Com serenidade, explica-me que é baseado no pensamento de Paramahansa Yogananda e que ensina como enfrentar as adversidades. Outro é "O amor venceu", um romance mediúnico psicografado por Zibia Gasparetto a partir do espírito Lucius. Lê "tudo ao mesmo tempo", um sobre ioga, "A vida no planeta Marte e os Discos Voadores", do espírito Ramatis, e outro do Godinho.
Dá um descanso às sinapses do meu cérebro quanto traz à baila " A Cabana ". Um livro que enquanto "você lê, você faz uma oração, é uma conversa com Deus, você não precisa fazer o Pai Nosso, porque você já leu A Cabana". Sebastiana não quer convencer-me de nada, como fazem outros, apenas fala-me como vive sua espiritualidade. Sua fala sobre A Cabana faz-me lembrar do papa alemão em Auschivitz, quando fez aquela inevitável pergunta - semelhante ao bilhete encontrado na cabana - "Se Deus é tão poderoso, por que não faz nada para amenizar nosso sofrimento"? Silenciosamente, pensei comigo, "será que o papa leu A Cabana?".
Ela também lê a Bíblia, "o mais fantástico de todos, mas sem o pieguismo da religiosidade". Como se fosse preciso, ela se apressa em dizer-me: "Não sou uma beata".
Indica-me o clássico espírita "A vida no mundo espiritual", psicografado por Chico Xavier. Fui delicado, "talvez leia". Pergunto-lhe se leu algum livro do Paulo Coelho. "Todos", abruptamente. Eu queria indicar-lhe "Onze minutos", o único do Paulo Coelho que consegui atravessar as vinte primeiras páginas.
Indago sobre seu hábito de leitura; ela é transparente e verdadeira, "a leitura é uma ligação para um amigo querido; quando canso, fecho o livro. Quando leio vivo intensamente uma história com um amigo querido, sem invadir minha vida. Livros são amigos, são vários amigos... tudo ao mesmo tempo".
Então, fala-me que "passa o dia em silêncio, sem tv, sem rádio, e ouve apenas uma trilha sonora para meditação". Ela curte meditação. É verdade, ela não vive sem meditação. "Só me faz bem, curou minha dor de cabeça", fala com sentimento de gratidão aos exercícios de meditação. "Pratico-os diariamente, aprendi faz quatro anos. Eu frequento a Casa Padre Pio, um lugar eclético, com muita diversidade, tem origami, tem cabala". Mas ela é kardecista, "batizada no kardecismo", ela fala confirmando.
No meu computador, leio a notícia de que " Nana Gouvêa se vestiu de caipirinha sexy e vendeu beijos na festa julina da Casa de Padre Pio, no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio". Sim, "todas às segundas-feiras medito e assisto às palestras no Padre Pio".
Fala-me ainda que é da roça - eu sei bem o que é isto. "Nasci em Jataí, vivi minha adolescência em Uberlândia". Aos onze anos começou a fazer comerciais e fotos publicitárias. Diz-me que nas férias sempre ia para Goiás. "Minhas férias em Jataí eram prazerosas, meus maiores prazeres eram buscar ovo no galinheiro, subir em árvores, cavalgar e tomar banho nas cachoeiras até o escurecer". Quem fala deste passado é Sebastiana, que é atriz, "doa a quem doer", e que interpreta muitíssimo bem a sua personagem, seja na televisão ou desfilando no carnaval, posando nua para revistas ou fazendo fotos para o paparazzo.
Diz-me logo que o trabalho feito pela Autumn Sonnichsen - fotógrafa americana - não representa a sua pessoa - a Sebastiana - , é um trabalho totalmente profissional, um trabalho de representação, onde interpreta uma mulher com hábitos noturnos, o que ela garante não ter. "Não tenho hábito noturno, saio à noite apenas para compromissos profissionais".
Concluo que as fotos da Autumm também não destacam as características da sua persona " Nana Gouvêa ". Parece-me representar algo além da pessoa e da persona, interpreta outra personagem. Agora, as fotos do último ensaio "retratam o meu momento atual", uma mulher que "curte a praia" - um dos seus maiores prazeres - e com habilidades de interpretação suficientes para caminhar sobre o fio da navalha, o limiar da nudez artística. Na sequência, fala-me sobre cinema, ouço a atriz falando com desejo, "fiz pouco, mas tenho muita vontade de fazer mais", "por que gosto da estrutura" do cinema.
Já o teatro não lhe apetece tanto assim, porque "é como casamento, ele prende muito. Já estou me desligando de tudo aquilo que me prende". Sempre foi rainha de bateria de escola de samba. Ela fala que "por mais de dez anos sempre vivi esta personagem, esta grande peça de teatro". Filosofa sobre sua relação com as escolas, "hoje tenho uma relação livre com a escola de samba". E completa: "vou ser sempre rainha". Não foi preciso perguntar sobre sua relação com a televisão, ela emendou "gosto de tv, sem tabus, acho delicioso fazer tv, adoro chegar ao Projac para gravar".
Fosse possível, ficaríamos horas e horas conversando; mas, enfim, termino com uma pergunta simples, "qual é o seu segredo?" Ela responde, sem nada esconder: "não como carne vermelha".
Óbvio, parece-me que o segredo daquela menina que deixou Minas e Goiás - talvez temesse o mundo - foi construir uma persona. Contudo inteligente como sempre foi, com sua persona, Nana Gouvêa abriu espaços neste enorme teatro e nele se mantém representando, desde o tempo das tardes domingueiras, divertindo-se numa banheira em rede nacional, até o tempo presente nas praias, no carnaval ou nas ruas do Rio de Janeiro, sempre driblando os fotógrafos, que com ela contracenam. Sebastiana parece-me viver imune a tudo isso; enquanto o coração é invadido por uma felicidade pela interpretação, a alma se enche de coragem, sem culpa e sem medo, inclusive para mudar os rumos da sua personagem.

por Henrique Chagas

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25 de novembro de 2008

Câmara Municipal de Presidente Prudente congratula Verdes Trigos

Câmara Municipal de Presidente Prudente congratula Verdes Trigos pelos 10 anos

Por requerimento apresentado pela re-eleita Vereadora Alba Lucena, a Câmara Municipal de Presidente Prudente, em sessão ordinária do dia 10 de novembro de 2008 aprovou votos de congratulações ao site cultural Verdes Trigos, que completou 10 anos de existência. Fica registrado nossos sinceros agradecimentos aos nobres edis, em especial à nobre Vereadora, desejando-lhe um novo e excelente quadriênio.

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11 de novembro de 2008

Verdes Trigos 10 anos, depoimentos de Vicentini Gomez e Nanete Neves

Surpreso, emocionado, feliz e agradecido pelos depoimentos destes feras da cultura brasileira: do cineasta e ator Vicentini Gomez e da jornalista e escritora Nanete Neves.

Obrigado. Meu coração transborda de alegria.

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2 de novembro de 2008

Dia 11/11/2008, Verdes Trigos completará 10 anos on line

No próximo dia 11 de novembro, Verdes Trigos, o portal literário mantido pelo escritor Henrique Chagas completará uma década de existência on line. Desde 1998 Verdes Trigos vem conquistando a fidelidade dos apaixonados por livros e por cultura, e, tem tido uma média de 5.000 visitas/dia. Todos os dias, o sítio oferece informações atualizadas sobre literatura e cultura em geral. “Nos verdejantes campos de trigo, o internauta tem acesso a resenhas de livros, críticas literárias e crônicas escritas por diversos autores, além de uma manancial de informações culturais”, explica Henrique.

“Depois de 10 anos na rede, hoje tenho inúmeros amigos escritores ou jornalistas que resenham livros, encaminham crônicas, contos ou ensaios para publicação, poupando-me de um árduo trabalho. Na verdade, faço um jornalismo cultural e de divulgação literária. Todos os dias chegam livros para divulgar no sítio, encaminhado tanto pelas editoras quanto pelos seus autores. Claro que é excelente receber livros, o maior presente que eu poderia receber. Bons livros devem ser divulgados e a leitura incentivada sempre”, conclui Henrique.

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4 de agosto de 2008

"Lua na casa três", de Henrique Chagas, também foi publicado na FOLHA DE BLUMENAU

"Lua na casa três", de Henrique Chagas, também foi publicado na FOLHA DE BLUMENAU na edição 188, no dia 23-07-2008. Veja aqui.

OUTROS ESCRITOS DE HENRIQUE CHAGAS
1)  Do vento criador que pairou sobre as águas ao olhar mastigado , por Henrique Chagas. 
2)  De Anselmo a Verdes Trigos , por Henrique Chagas. 
3)  A leitura me dá sorte , por Henrique Chagas. 
4)  Lua na casa três , por Henrique Chagas. 
5)  Hierosgamos: o Cântico dos Cânticos de Noga , por Henrique Chagas. 
6)  Herói do Nosso Tempo , por Henrique Chagas. 
7)  Em Santiago encontrei "La mujer de mi vida" , por Henrique Chagas. 
8)  "O livro é a porta de entrada para um mundo melhor" , por Henrique Chagas. 
9)  Inocente no mundo de Kafka , por Henrique Chagas. 
10)  De volta ao começo: Cruzália/SP , por Henrique Chagas.

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29 de julho de 2008

Do vento criador que pairou sobre as águas ao olhar mastigado, por Henrique Chagas

Acordei cedo, ainda estava na cama quando desejei caminhar pelo deserto, como faz diariamente o escritor Amós Oz, apenas para captar as vozes. Diz ele que as vozes do deserto são pratos regalados para a sua escrita. Gostaria, mas eu não ouço as vozes do deserto, nunca as ouvi, mas procuro ouvir as vozes do vento, aprecio dias de ventania, pois o vento carrega com ele o som do primeiro dia da existência. Procuro ouvir aquele vento que pairou sobre as águas no momento da criação do mundo.
Aquele mesmo vento, após bilhões de anos, ainda ecoa sobre nós. O seu uivo, embora quase inaudível, é captado apenas pelos treinados a identificá-lo. Nem é preciso ter bom ouvido, basta ter capacidade suficiente para separá-lo do barulho infernal produzido pelo ser humano. Desde pequeno aprendi a ouvir a voz do vento, quando criança passava horas admirando o balançar das espigas do trigo e captando o ruach criador. Diz o texto sagrado que, após a criação do mundo, o vento do Senhor pairava sobre as águas; é este o vento que me inspira a escrever.
Não é sempre que a minha lua está na casa três, mas creio que tenha sido predestinado a escrever, ao menos a contar algumas histórias. Quando não posso dizê-las, eu as escrevo; mas também não é fácil escrevê-las na forma que deveriam ser ditas. Primeiro, eu rascunho as idéias, depois, eu mastigo com o olhar cada palavra colocada, seja no papel, no computador ou mesmo na memória.
Sinto que as palavras também mastigam o meu olhar; com o olhar mastigado, extraio das idéias rascunhadas a forma que desejo escrever para contar a minha história, o meu segredo, o meu rastro de existência ou ao menos a sombra do meu olhar sobre o mundo.
Tenho comigo que de uma única palavra dita, por quem quer que seja, poder-se-á movimentar um turbilhão de idéias. Creio que se trata da força do vento criador, aquele mesmo vento, que procuro distinguir nos dias de ventania. Adoro os dias de agosto, pois venta muito. Ouvir o vento é tão importante quanto mastigar as palavras com o olhar.
No leito de um centro cirúrgico, a enfermeira teve dificuldades em apanhar uma determinada veia do Ignácio Loyola Brandão, acometido por um aneurisma cerebral; ela lhe disse que estava diante de uma veia bailarina, pois sua veia dançava sob sua pele fugindo da agulha. Desta simples expressão, fez dela um livro. Mas a veia bailarina tratada no livro não é a veia fugidia, mas aquela que dançava em seu cérebro prestes a explodir feito uma bomba relógio. Bem mastigada a expressão, deu sentido à reflexão que trouxe em seu livro.
Como no exemplo da veia bailarina, cada palavra depois de mastigada traduz a realidade do autor, da sua verdade, do seu mundo. Toda palavra dita é sagrada; merece ser reverenciada, mesmo que por um olhar mastigado, pois por detrás das palavras existe um mundo real, um mundo imaginário, um mundo futuro e um mundo que iniciou há bilhões de anos pela força do vento criador, aquele que pairou sobre as águas e que eu procuro ouvir seu eco para escrever minha história.

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12 de julho de 2008

De Anselmo a Verdes Trigos, por Henrique Chagas.

Nasci numa segunda-feira, alguns dias após a morte de Albert Camus, o existencialista argelino. Eu sequer tinha nome para o batismo. Ainda nascituro, tia Porcina persuadiu por meses para que eu fosse nomeado Anselmo, estava absolutamente certa deste nome para mim. Já havia convencido boa parte da família de que Juscelino ou Brasilino, embora fossem nomes da moda, não seria bom nome para um filho dos Terras.

Para ela e boa parte da família, Anselmo era mais nome, tinha toda uma carga cultural importante, mas enfrentou o veto fatal de minha mãe. Coube a meu pai colocar fim à celeuma, sem qualquer justificativa: "Levará o nome do frei Henrique de Coimbra!" Emudeceram todos. Mamãe assentiu, afinal [confessou-me alguns anos antes de sua morte] tivera um candidato a namorado com este nome. Assim, eu, filho de José Terra, fui batizado Henrique Chagas.

Se com o nome sela-se um destino, levei a sério o traçado por meu pai. Em plena adolescência, com apenas quatorze anos, saí de casa, deixei meus pais e meus irmãos, ingressei num seminário católico; não tinha a intenção de ser padre, rezar missa ou aconselhar quem quer que seja [meu pai sabia disto], queria ser um palestrante, um mensageiro, um profeta, um disseminador de boas novas. Assim, tornei-me, como que predestinado pelo nome, religioso, apenas frei, irmão, cujos votos renunciei aos vinte e dois anos, idade certa para dar novo rumo à vida. Quedou-se o frei, todavia restou em mim o gosto pela difusão de boas novas, de cultura, de arte e literatura, e, enfim, das coisas do espírito.

Não, eu não acredito que o nome predetermina os rumos que vida dá. Sou eu quem dá os rumos à minha própria vida. Mesmo que eu me chamasse Juscelino, Brasilino, Alberto ou Anselmo, talvez até tivesse que pagar algumas promessas [essa foi sutil], mas chegaria aonde cheguei. Bobagem, tudo besteira, eu gosto do meu nome. O que importa mesmo, digo-lhe, é que pertenço à tribo dos Terras.

LEIA O TEXTO COMPLETO

LINKS RELACIONADOS

  1. A leitura me dá sorte 
  2. Lua na casa três
  3. Hierosgamos: o Cântico dos Cânticos de Noga
  4. Herói do Nosso Tempo
  5. Em Santiago encontrei "La mujer de mi vida"

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4 de julho de 2008

no blog do galeno: 'a leitura me dá sorte'.

A leitura me dá sorte
Henrique Chagas - Verdes Trigos Cultural - 12/6/2008

Carrego comigo a lembrança do meu pai, José Terra, sempre lendo. Foi com ele que aprendi a ler e a escrever. Ficava emocionado com a leitura da poesia de Camões na primeira página do Estadão. Pouco entendia e nem sabia que, por traz daqueles versos decassílabos haviam textos censurados, histórias que a ditadura militar decidira que eu não deveria saber. Li várias vezes a História Sagrada, um livro grosso que meu pai ganhou de um caixeiro viajante; fiquei impressionado com as peripécias do Rei Davi e seus filhos. Leia mais

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27 de junho de 2008

A leitura me dá sorte, por Henrique Chagas

Carrego comigo a lembrança do meu pai, José Terra, sempre lendo. Embora nunca tivesse freqüentado uma escola, lia todo e qualquer jornal que caia à sua frente. Um velho livro ou pedaço de jornal, tudo era objeto de leitura. O embrulho do açougue era sempre guardado para que fosse lido e relido.
Toda vez que da roça ia para a cidade, caso tivesse algum trocado, ele comprava o jornal do dia. Quando não tinha, ele não se envergonhava, pedia um exemplar velho, mesmo que fosse de dias anteriores. Sempre trazia um jornal, e passava horas lendo e relendo. Desde criança assistia sempre a esta mesma cena, repetitiva e incansável. Ele não apenas se contentava em ler, comentava com mamãe as notícias e as opiniões dos jornalistas.
Foi com ele que aprendi a ler e a escrever. Ele acompanhou-me no aprendizado através da cartilha “Caminho Suave”. Pequeninho, eu queria ser como meu pai, saber ler, para ler os jornais e entender o que estava acontecendo no mundo, no mundo que eu imaginava existir além do sitio da Onça Pintada [onde nasci e cresci]. Antes mesmo dos meus seis anos, eu já sabia ler e a escrever [meu primeiro dia de aula foi uma decepção: o professor nos ensinou a fazer traços verticais, horizontais e diagonais].
Ficava emocionado com a leitura da poesia de Camões na primeira página do Estadão. Pouco entendia e nem sabia que, por traz daqueles versos decassílabos haviam textos censurados, histórias que a ditadura militar decidira que eu não deveria saber.
Meu pai lia diariamente a Bíblia, conhecia cada livro, cada capítulo e cada versículo. Ai do missionário que ousasse a lhe fazer proselitismo se dava mal, pois tinha que checar cada palavra dita ou mal interpretada. Adorava as histórias contadas por meu pai, eu imaginava cada cena: desde a velhice de Matusalém, dos homens gigantes da Cananéia, do sacrifício de Isaac até a venda de José aos mercadores egípcios.

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23 de junho de 2008

Lua na casa três, por Henrique Chagas

Tinha dezessete anos quando li o livro proibido de Renato Tapajós. Eram dias perigosos aqueles: qualquer movimento, mesmo em câmara lenta, qualquer fala acima do tom, qualquer estranho rabisco poderia ser considerado ato subversivo ou revolucionário, com poderes capazes de derrubar o regime. Renato Tapajós foi preso porque escreveu um livro com técnica, tempo, ritmos e forma cinematográfica, denunciando o emprego brutal da tortura pelos militares.

Li o livro como se fosse um filme, mas sequer pretendia fosse um roteiro. Fiquei impressionado com a narrativa das cenas em câmara lenta. Inúmeras vezes, até hoje, me pego imaginando todos os movimentos de Lúcia, ao parar no sinal, no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua Bahia. Ah! O romance não se ambienta em Belo Horizonte, apenas minha imaginação insiste em vagar por aquelas ruas.

Ênio Silveira, que recusou a publicar o livro, tinha total razão, o livro mantem uma carga simbólica enorme, não foi por menos que a censura mostrou suas garras, prendeu o autor e os donos da editora. "Câmara lenta" despertou no humilde estudante, que fui, o desejo vulcânico de mudar o mundo, sem armas, apenas com palavras, com letras e rimas, mesmo que tivesse a se submeter às atrozes conseqüências advindas do regime.

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18 de junho de 2008

A leitura me dá sorte

Carrego comigo a lembrança do meu pai, José Terra, sempre lendo. Embora nunca tivesse freqüentado uma escola, lia todo e qualquer jornal que caia à sua frente. Um velho livro ou pedaço de jornal, tudo era objeto de leitura. O embrulho do açougue era sempre guardado para que fosse lido e relido.

Toda vez que da roça ia para a cidade, caso tivesse algum trocado, ele comprava o jornal do dia. Quando não tinha, ele não se envergonhava, pedia um exemplar velho, mesmo que fosse de dias anteriores. Sempre trazia um jornal, e passava horas lendo e relendo. Desde criança assistia sempre a esta mesma cena, repetitiva e incansável. Ele não apenas se contentava em ler, comentava com mamãe as notícias e as opiniões dos jornalistas.

Foi com ele que aprendi a ler e a escrever. Ele acompanhou-me no aprendizado através da cartilha “Caminho Suave”. Pequeninho, eu queria ser como meu pai, saber ler, para ler os jornais e entender o que estava acontecendo no mundo, no mundo que eu imaginava existir além do sitio da Onça Pintada [onde nasci e cresci]. Antes mesmo dos meus seis anos, eu já sabia ler e a escrever [meu primeiro dia de aula foi uma decepção: o professor nos ensinou a fazer traços verticais, horizontais e diagonais]. =>>> LEIA MAIS . A leitura me dá sorte: eu lhe garanto.

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15 de abril de 2008

Hoje, na coluna do SINOMAR

NO SUL

Henrique Chagas, advogado de Presidente Prudente mantenedor do site cultural Verdes Trigos, considerado um dos melhores do País, tomou posse ontem, como membro correspondente da Academia de Letras Blumenauense, em Blumenau, Santa Catarina. Na mesma reunião, foi empossado também o governador do Estado de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira. (SINOMAR CALMONA)

LINKS RELACIONADOS
Academia de Letras Blumenauense em festa: posse dos novos membros

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14 de abril de 2008

Academia de Letras Blumenauense em festa: posse dos novos membros

O governador do Estado de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, toma posse HOJE na Academia de Letras Blumenauense. Irá ocupar a cadeira em homenagem ao jornalista Crispim Mira.
Na mesma solenidade, marcada para às 19h30 no Auditório Carlos Jardim, da Fundação Cultural de Blumenau, assumirão suas funções como acadêmicos também: Alfredo Scottini, Djalma Patrício, Dorothy de Brito Steil, Paulo Roberto Bornhofen, Rodrigo Rogério Ramos e Suzana Sedrez.
Ainda haverá a posse dos seguintes membros correspondentes: Rosani Abou Adal, Cláudio Salvador Lembo, Geraldo Alckmin, Heródoto Barbeiro, José Paulo de Andrade, Salomão Esper, José Nello Marques, Arnaldo Niskier, Henrique Chagas e José Renato Nalini. O paulista Nelson Valente é o presidente da ALB.

CONVITE.

Academia de Letras Blumenauense (ALB) foi fundada em 01 de novembro de 1999 com a finalidade de cultivar as relações entre os escritores em sentido amplo, estimulando o intercâmbio de informações nas Letras e nas Artes Literárias. ler mais

"As academias são constituídas geralmente de 40 vagas (cadeiras) cujos ocupantes ad perpetuem são eleitos. Na posse solene, o novo ocupante discursa aos acadêmicos e em memória do antecessor, razão da imortalidade dos acadêmicos das letras. Sua memória estará ad eternum lembrada na Academia." ler mais

[NOTA] Muito me honra estar entre personalidades como Rosani Abou Adal, Cláudio Salvador Lembo, Geraldo Alckmin, Heródoto Barbeiro, José Paulo de Andrade, Salomão Esper, José Nello Marques, Arnaldo Niskier e José Renato Nalini como membro correspondente da ALB. Uma honraria concedida em razão do trabalho que desenvolvo em prol da literatura brasileira através do VerdesTrigos, nem tanto por minha produção literária, mais pelo conjunto da obra. É uma honra estar junto aos acadêmicos que, hoje, tomam posse. Parabéns e felicitações a todos. Infelizmente a distância não me permite estar presente à solenidade, mas farei uma prece em prol das atividades culturais que são desenvolvidas na bela Blumenau. Levanto a minha taça pela saúde de todos. Parabéns ao Nelson Valente, o valente e combativo presidente, pelo brilhante trabalho em prol da literatura brasileira. [Henrique Chagas]

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26 de março de 2008

Entrevista: 'O gosto amargo dos sonhos', com Amós Oz

O escritor Amós Oz fala de Israel e Palestina, o sonho do sionismo e como os políticos ouvem os artistas e depois esquecem tudo o que eles ouviram.

Amós Oz é um escritor israelense de fama internacional cujos trabalhos têm sido traduzidos para mais de 45 línguas. Em maio, com o roteirista Tom Stoppard e com o Vice-Presidente Al Gore, ele receberá o prêmio Dan David, totalizando três milhões de dólares. Oz, 69, que ensina literatura na Universidade Bem Gurion, no sudeste de Israel, foi citado pelos juízes por "retratar os eventos históricos e ao mesmo tempo enfatizar o individuo e a exploração pessoal do trágico conflito entre duas nações". Membro fundador do Movimento Paz Agora, Oz tem sempre estado à frente da dificuldade israelense referente à identidade e defende com fervor uma solução para os dois Estados. Ele recentemente deu uma entrevista à Joana Chen, da NEWSWEEK, na sua casa em Tel Aviv, sobre literatura, política e sobre as vozes dos mortos que não se vão.

NEWSWEEK: O que você acha que faz a sua escrita tão acessível para as pessoas do mundo inteiro?
Amós Oz: Eu acho que há algo universal no provincial. Meus livros são muito locais, mas de um modo estranho, eu acho que o quanto mais local, paroquial e provincial, mais universal a literatura pode ser.

Por que tão poucos livros seus tem sido traduzidos para o Árabe?
A tradução árabe é tão importante para mim quanta outra qualquer. É aquela que eu me envolvo mais. Infelizmente, há uma parede de resistência nos países árabes. Muitos editores árabes não tocam em nada vindo de Israel, não importa se vem dos falcões [radicais] ou das pombas [diplomáticos]

O que você fez para remediar isto?
"De amor e trevas" é agora traduzido para o Árabe pela família de George Khoury, um aluno israelense palestino que levou um tiro na cabeça por terroristas que o confundiram com um judeu enquanto ele estava praticando seu "jogging" em Jerusalém. Eu estou muito tocado por isto e pela nobre decisão da família de tratar esse livro como uma ponte entre as nações.

LEIA A ENTREVISTA COMPLETA (tradução: Henrique Chagas VerdesTrigos / Eliane Nascimento)

Também publicado no Jornal Alef

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5 de março de 2008

Curso de Húngaro

Folha de S. Paulo - 03/03/2008 - por Mônica Bergamo
Chico Buarque, que faz retiro na França para escrever seu novo romance, está estudando húngaro. A pedido do diretor Walter Carvalho, sua participação em "Budapeste", longa inspirado em seu livro, será no idioma. Informações da coluna de Mônica Bergamo. >> Leia mais

[NOTA] Enquanto Chico estuda húngaro, eu estudo hebraico.

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9 de fevereiro de 2008

Rapidinhas do SINOMAR

O portal literário VerdesTrigos oferece conteúdo interativo, inteligente, culto e de indiscutível bom gosto. É um dos meus preferidos. Recomendo! (sinomar, 27/01/2008)

Obrigado pela recomendação do VerdesTrigos na sua coluna impressa e virtual. Bem sabe que sou leitor diário da sua coluna no IMPARCIAL e tenho o seu site como um dos meus favoritos e também recomendo aos internautas que visitam o VerdesTrigos, especialmente para conhecerem o que se passa na cidade de Presidente Prudente/SP. Sua opinião faz diferença em nossa cidade e em nossa sociedade. Obrigado.

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Na coluna do SINOMAR

HEBRAICO

Após descobrir sua ascendência judaica, o advogado Henrique Chagas, Procurador da Caixa em Presidente Prudente, visitou Israel e passou a estudar tudo que diz respeito ao povo hebreu. Recentemente iniciou um curso de iniciação ao idioma hebrico. Aprender a falar, escrever e ler a língua hebraica é sua meta para 2008. Diz que está aprendendo com facilidade. Talvez já esteja no DNA. (sinomar)

A nota acima saiu no Jornal O IMPARCIAL, na coluna do SINOMAR CARMONA. Não é que estou aprendendo mesmo. Já estou na 5ª unidade do livro da Rifka Berezin. Estou me alefbeitizando. Agora, como me diz a minha amiga israelense Noga, ler um jornal no hebraico moderno é parada das grandes, pois não usam mais os sinais massoréticos, que nos dão os sons vogálicos. Sem eles, como vou saber?

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3 de dezembro de 2007

Triste, denso e belo, por Jeová Santana.

Este ano saí de casa para ver, duas vezes cada, três filmes brasileiros: "Os Dozes Trabalhos" (Ricardo Elias), "O Cheiro do Ralo" (Heitor Dhalia) e "Mutum" (Sandra Kogut). Este, o mais recente, apresenta algumas voltagens emotivas que ainda repercutem e guiam o correr dessas linhas marcadamente impressionistas. Tal escolha não se deve, em princípio, à afinidade com Paulo Emílio Sales Gomes (1916-1977), ensaísta, cinéfilo e contista tardio, cuja obra vem sendo reeditada com o cuidado editorial à altura de seu legado. O autor de "Três Mulheres de Três PPPÊS" afirmou que o filme brasileiro, mesmo ruim (o que não é o caso dos que citei), teria sempre algo a dizer sobre nós, daí preferi-lo a qualquer um feito nos Estados Unidos. Pinçada assim, sem referências contextuais, tal reflexão pode despertar, de saída, alguns pruridos ufanistas, mas sabemos que a produção da (ainda) chamada Sétima Arte em terras americanas, não existe somente na linha de montagem de Hollywood, cujo selo final é impresso todo ano naquela patacoada chamada Oscar. A parcela lá produzida que fica fora do chamado "circuitão" é do conhecimento de poucas retinas. (...)

Para quem está acostumado com esse tipo opção artístitca, dará nos nervos passar 95 minutos, vendo a leitura que a diretora Sandra Kogut, a roteirista Ana Luiza Martins Costa, o fotógrafo Mauro Pinheiro Jr., o sonoplasta Márcio Câmara, entre outros, fizeram para "Miguilim", que integra o livro "Campo Geral", de Guimarães Rosa (1908-1967). O primeiro incômodo vem pelos olhos. Pois os acostumados a viver cercado de prédios por todos os lados, o que torna a palavra "horizonte" apenas um verbete nos dicionários, estranha se vê frente a frente com tanto descampado, logo depois de se sentir na garupa do cavalo que conduz o menino Thiago e seu tio Terez de volta para casa. =>> LEIA MAIS

[Assisti ao filme, na última sexta, no Cine Abril, Conj. Nacional, São Paulo. Ratifico as impressões do Jeová, pois o filme tocou-me profundamente. Tudo bem, o universo roseano me é particular, tenho algo do Miguelim nas veias. No final do filme, chorei. Afinal, pessoalmente, eu conheço destino do menino que deixou a roça, sem enxergar direito, e, partiu. Ele viu o mar, Jeová. Assinado, Henrique]

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11 de novembro de 2007

Hoje, 11/11/2007, Verdes Trigos completa nove anos.

"VerdesTrigos foi criada em 11/11/1998, numa noite de rara inspiração. Queria naquela época escrever um livro on line. Naquele tempo não havia ainda os blógues, mas eu imaginava escrever um livro com a participação do leitor, uma inusitada experiência que, tempos depois, Mário Prata realizou. Penso que o processo de criação é algo solitário, sem dar muita explicação, e o que eu pretendia fazer on line era escancarar o processo criativo. Gosto de estudar o processo criativo dos grandes autores, como Guimarães Rosa, Graciliano Ramos ou Machado de Assis, com todos os seus rabiscos, cortes, correções, trocas de títulos ou subtítulos.

Pretendia, então, também fazê-lo, mas em tempo real, onde os internautas pudessem acompanhar a criação e nela interferir através de comentários, críticas ou sugestões. Surgia, então, um embrião dos propagados blógues. Logo, no inicio, além de escrever o livro propriamente dito, comecei a comentar os livros e artigos que lia e que davam fundamentação ou serviam de inspiração ao livro. Muito interessante, todavia, o processo criativo ficou totalmente obsceno, escancarado. Preferi continuar o livro na solidão do quarto, na sua penumbra. Entretanto, dei seguimento à publicação de resenhas e ensaios literários.

Assim nasceu Verdes Trigos. Mais do que uma atitude, Verdes Trigos é também uma idéia e um conceito filosófico, onde procuro cultivar a esperança num mundo melhor, que se passa pela leitura, pelo estudo e pela dedicação a estes bens imateriais que produzimos e consumimos". (Henrique Chagas)

[NOTA] "Agradeço de coração todos os que nestes 09 anos nos acompanham, nos ajudam e não nos deixam desanimar. Os emails recebidos, com mensagens de estímulo e apoio, as críticas e comentários construtivos, nos estimulam a continuar sempre. Meu abraço especial aos fiéis colaboradores, aos amigos que nos ajudam com textos, notas, scripts de programação, layout, design, css e imagens photoshopadas. Por tudo e a todos, meus sinceros agradecimentos. Em especialíssimo, meus agradecimentos àquela que me compreende e me divide com o VerdesTrigos. Alessandra, desde o ínicio, me apoia e me ajuda, e à ela minha gratidão".

UPGRADE => "Meus agradecimentos especiais a todos que nesta data me felicitam pelo VerdesTrigos, que hoje completa nove anos. Nenhuma palavra exprimirá o que meu coração sente: alegria, felicidade e satisfação por ver a marca consolidada, ao mesmo tempo, maior é a responsabilidade que se adquire. Obrigado a todos" Henrique Chagas.

Profile no Orkut: http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=317681696728390331

Comunidade no Orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=81556

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9 de novembro de 2007

Belém intercala encantos e problemas

Estive em Belém, PA, Brasil. Veja as fotos:
   

Lendo o excelente texto do Lucius de Mello, senti saudades dos dias que estive em Belém.

"São museus, prédios, vistas do rio. Lugares únicos, que só poderiam estar lá, mas são isolados. Não formam um conjunto bonito, porque não estão colados uns aos outros. Ficam escondidos na bagunça geral, que camufla também iniciativas de revitalização, como a Estação das Docas, uma praça de alimentação montada dentro das docas reformadas, e o núcleo Feliz Lusitânia -onde ficam o forte, a Casa das Onze Janelas e o Museu de Arte Sacra. Pontos que são ilhas na cidade" (by FSP).

Estive também em Belém, de Judá, em Israel. Veja as fotos.

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17 de outubro de 2007

Acertei na mosca: Festa lusitana na entrega do Portugal Telecom


Em evento de gala realizado na Casa Fasano, em São Paulo, ontem, 16/10, aconteceu a entrega do Prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa 2007. Depois de uma agradável mesa redonda com 6 dos 10 finalistas, foi anunciado o vencedor da noite: o escritor português Gonçalo M. Tavares, autor de Jerusalém (Companhia das Letras, 232 pp., R$ 41). Ele levou o prêmio de R$ 100 mil que, junto com o Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon, é o maior prêmio literário no Brasil. O favorito "nas apostas", Dalton Trevisan, ficou em segundo lugar com o livro Macho não ganha flor (Record, 128 pp., R$ 26), seguido de Teixeira Coelho, autor de História natural da ditadura (Iluminuras, 302 pp., R$ 44). Trevisan levou para casa um cheque de R$ 35 mil, enquanto Teixeira Coelho faturou R$ 25 mil. Segundo João Pedro Baptista, presidente da PT Investimentos Internacionais e anfitrião da noite, "mais do que premiar uma excelente obra, o prêmio pretende celebrar o talento literário e a língua portuguesa na sua riqueza".


Lembra que, em agosto, eu apostei no GONÇALO? "Agora, como minha lista do Juri Inicial se esvaziou: Gonçalo na cabeça, mas pode ser que o moçambicano fature mais um prêmio". ACERTEI NA MOSCA.... O livro é excelente. Ganhou merecidamente.


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14 de outubro de 2007

Portal literário Autores & Leitores comemora aniversário com Antologia


Dia 15 de outubro, o portal literário Autores & Leitores (www.autoreseleitores.com ) comemora dois anos no ar, contribuindo para a divulgação de novos autores e autoras.
O portal foi idealizado por Silvino Bastos, a partir da sua experiência pessoal em relação à dificuldade enfrentada pelos novos autores para encontrar espaço para divulgar seus trabalhos e encontrar seu público leitor.
Para registrar este segundo aniversário, o portal Autores & Leitores lançará sua primeira Antologia, intitulada "Antológica Primazia" que contém 18 textos especialmente selecionados, a partir da avaliação do público leitor.
Antológica Primazia" contará com uma dedicatória especial de Henrique Chagas e deverá estar pronta dentro de alguns dias.


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25 de setembro de 2007

'Depois da Teoria', tudo ficou líquido.


"Depois da Teoria", tudo se evaporou? Não, ficou liquido: é o que diz Zygmant Bauman.


Estive em Bauru, na semana passada, participando de um treinamento, promovido pela empresa, cujo tema era "orientação ao cliente e orientação para o resultado". Como você deve estar imaginando: passei a semana naquela chatice de ficar ouvindo regras de como bem atender ao cliente etc e tal, afinal, o cliente é não mais o rei, mas não somente pensa que é deus, o cliente tem a plena certeza de que é deus. Ledo engano, não ocorreu nada disso. Fui surpreendido: tive que desencravar todo o meu conhecimento filosófico, pois todo o treinamento foi um mergulho no pensamento pós-moderno.


Imaginava que aquela cabeça feita pelas teorias do final do século passado estava preparado para tudo, inclusive atender ao cliente da empresa para qual trabalho. O buraco é mais embaixo. O mundo mudou completamente; e não se pode mais pensar nossa época com acaba cabeça liberal-esquerdista do século passada, que achava supermoderma. E para entender a "parada" tive contato com o pensamento do polonês Zygmunt Bauman a partir das palestras do professor superpop* Euclides Guimarães Neto, de Belo Horizonte/MG. Euclides Guimarães discute a vida e a obra do sociólogo Zygmant Bauman na videoconferência. Nascido em 1925, na Polônia, o autor é conhecido por desenvolver uma sociologia crítica e de caráter emancipatório em suas obras.


A história de vida do escritor é marcada pelo período da Segunda Guerra Mundial. Como sua ascendência é judia, Bauman teve que sair do seu país e se formar na Rússia, só voltando à Polônia, após o término da Guerra. Em 1968, o escritor é forçado novamente a sair da Polônia e em 1971, torna-se professor universitário de sociologia. Atualmente é professor emérito nas Universidades de Varsóvia (Polônia) e Leeds (Inglaterra). Dentre as obras de destaque estão Modernidade e Holocausto (1989), Ética pós-moderna (1997), Em busca da política (2000) e Modernidade líquida (2001).
Numa consulta ao Oráculo descobri que, segundo uma aluna da PUC MINAS, o professor é mesmo famoso, leva o apelido de Kika, fala de Bauman como se comenta um embate entre a raposa e o galo, "enfim, tudo muito lírico, lúdico, híbrido e interativo - quiçá muuuderno."


Uma das videoconferências que assisti pode ser baixada do Portal do Conhecimento:
Download: zip: (45.09 MB)


Indicação de leitura:
BAUMAN, ZYGMUNT. Amor Líquido: Sobre a Fragilidade dos Laços Humanos, Editora Jorge Zahar , 2004.
BAUMAN, ZYGMUNT. Modernidade Líquida, Editora Jorge Zahar , 2001.
BAUMAN, ZYGMUNT. Em busca da política, Editora Jorge Zahar , 2000.
BAUMAN, ZYGMUNT. Globalização: as Conseqüências Humanas, Editora Jorge Zahar , 1999.
BAUMAN, ZYGMUNT. O Mal Estar da Pós-Modernidade, Editora Jorge Zahar , 1998.
BAUMAN, ZYGMUNT. Ética Pós-Moderna, Editora Paulus , 1997.
BAUMAN, ZYGMUNT. Modernidade e Holocausto, Editora Jorge Zahar , 1989.


*** o kika é tão pop que tem até comunidade no orkut: "só pérolas".


Links relacionados:
[PDF] Resenha - Zygmunt Bauman
fuga para a vitória: Zygmunt Bauman, o pensador da globalização ...
som do roque: ENTREVISTA A ZYGMUNT BAUMAN A modernidade da fusão social pela solidificação individual ...




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10 de setembro de 2007

Verdes Trigos tem site com dicas de livros


Incentivar o hábito de leitura, esse é o objetivo do site da ONG cultural "Verdes Trigos". Criada há nove anos em Presidente Prudente, a página recebe em média 3.400 visitas por dia. Lá é possível encontrar dicas de livros e comentários sobre obras que ainda não estão a venda. Tudo isso porque as editoras enviam seus exemplares para o fundador da ONG, Henrique Chagas, fazer a análise dos livros.

Entre as pessoas que cultivam o hábito de leitura, o site está cada vez mais popular. Há 9 anos as visitas diárias não passavam de 100 pessoas.

"Quando comecei, existia um site chamado 'Lemon Yellow' (Limão Amarelo), que era escrito por uma professora universitária e o título principal dizia: 'I link therefore I am' (Eu linco, logo existo). Era uma espécie de diário, no qual ela fazia análises criticas dos livros que lia. Comecei a acompanhar o trabalho e, a partir disso, eu fiz algo parecido. Leio em média 10 livros por mês e a cada 300, 400 livros acumulados, dôo para bibliotecas comunitárias", conta Chagas.

Ele acrescenta que é importante dividir os conteúdos literários com as pessoas que se interessam e não podem comprar. "É um dever social disseminar o gosto pela leitura", garante.

O site Verdes Trigos também conta com colaboradores aleatórios, ou seja, pessoas que visitam a página e mandam conteúdo para Chagas. Ele edita e seleciona as melhores matérias antes de disponibilizá-las na internet. (Daiane Renata Pavarelli, Gabriela Cristiane Rodrigues, Gisele da Silva Ramos e Vagner Pereira da Silva).


[Nota] A matéria acima está publicada no Blog Interlogado. Concedi entrevista para Daiane Pavarelli antes do feriado.


Links relacionados
MARIA CLARA LIVROS => Um blog para quem gosta de livros




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1 de agosto de 2007

Documentário ''Matarazzo'' é gravado em Pres Prudente, SP


O cineasta Vicentini Gomez esteve ontem em Presidente Prudente para dar continuidade à gravação do documentário "Matarazzo: uma história", previsto para ser concluído entre abril e maio do próximo ano. No período da tarde, quatro prudentinos - um historiador, uma antropóloga, a filha de um gerente das Indústrias Francisco Matarazzo e um escritor - estiveram presentes nas instalações do Matarazzo, onde foram entrevistados pelo cineasta.
Hoje, Gomez estará no local para filmar o desenvolvimento da obra, que vai transformar o Matarazzo no maior centro cultural do Oeste Paulista. No total, serão realizadas aproximadamente 2 horas de gravação, que vai se somar a um material bruto de 15 horas. Para o cineasta, o material coletado por meio de entrevistas é relevante para o filme, porque coloca o telespectador dentro do contexto histórico e social sobre o qual as indústrias Matarazzo está inserido.
"O Centro Cultural Matarazzo vai permitir o desenvolvimento de uma série de atividades que, talvez, não seria possível sem este local. A revitalização é algo caro, mas que felizmente a Secretaria de Cultura resolveu abraçar. Esse processo é realmente importante, porque vai possibilitar a realização de vários eventos culturais para Presidente Prudente e região em um único espaço", afirma. Além de Kunzli, estiveram presentes no prédio Izaura Victor, filha do gerente das Indústrias Matarazzo, Paulo Victor; o historiador Francisco Maia Neto e o professor, escritor e diretor do Centro Cultural Virtual "Verdes Trigos", Henrique Chagas.
O local irá abrigar a Escola Municipal de Artes Professora Jupyra da Cunha Marcondes, um teatro municipal com capacidade para 700 lugares, quatro salas para ensaios de espetáculos teatrais e de dança, café e praça de alimentação, três galerias de artes plásticas, cinema, museu, laboratório de fotografia, flat para hospedar artistas e convidados e ala para parte administrativa da Secretaria de Cultura, que será transferida para o prédio. >>>>>


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18 de julho de 2007

Entrevista com o criador do sítio cultural ''VerdesTrigos''. Acompanhe


Cíntia Corrales entrevistou Henrique Chagas para o OverMundo. A entrevista esteve por vários dias ocupando a primeira página de destaques em razão dos votos recebidos por apreço à matéria elaborada. Confira:
"Desde o ano passado, tendo conhecido o site Verdes Trigos, tornei-me leitora assídua e passei a admirar o trabalho de seu criador, Henrique Chagas. Generoso com todos que o procuram, terminamos estreitando contato. O site tem como principal razão de ser fomentar o hábito da leitura, divulgando conteúdos culturais, especialmente literários. Nesta entrevista no Overmundo vamos conhecer um pouco mais sobre Henrique e seu trabalho. Nascido em Cruzália, interior de São Paulo, ele e os seis irmãos eram conhecidos como os filhos do "Zé Terra", o homem que vendia vassouras. "Meu pai foi vítima da tuberculose e não podia trabalhar na roça, então fabricava vassouras." Assim, eles iam descalços até a escola. Trinta anos depois de ter saído de lá, ele participou da comemoração dos 60 anos da Escola Joaquim Gonçalves de Oliveira, à qual fez uma doação de cerca de 200 livros, mostrando aos jovens um exemplo vivo de perseverança".

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16 de julho de 2007

Uma entrevista com o criador de Verdes Trigos, no Overmundo


Henrique Chagas, criador do sítio cultural VerdesTrigos, concedeu entrevista para a socióloga Cintia Corrales. A entrevista está publicada no site OverMundo. Veja o resultado no link abaixo:


http://www.overmundo.com.br/overblog/uma-entrevista-com-o-criador-de-verdes-trigos

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4 de julho de 2007

Lançamento: HIEROSGAMOS - DIÁRIO DE UMA SEDUÇÃO


HIEROSGAMOS - DIÁRIO DE UMA SEDUÇÃO
Autor: SKLAR, NOGA LUBICZ


"Com despudorada narrativa erótica, da pele à cona, ela brinca com palavras de múltiplos sentidos, e nos desperta para o desejo de também construir uma vida de amor.

De uma personagem de Almodóvar transforma-se na morena do Cântico dos Cânticos, mostra-nos o seu lado brilhante, numa disposição surpreendente para se apaixonar. Como é tímida, faz amor em inglês, e prova da doçura do leite e mel, eretz zavat halav como Semadar, na cama com Salomão. Como não se contentou em viver apenas um amor platônico e virtual, por suas trilhas secas, com a cona pingando de úmida, lançou-se sobre o mar, dividindo-o; e voou milhas para compreender o dinamismo e a essência do amor, que se perpetua de frente para o Cristo Redentor, no Alto Leblon" (Henrique Chagas)


Lançado na FLIP 2007, em Paraty. Já à venda




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29 de junho de 2007

Por isso não provoque



Encerro o post adiantando pra vocês as palavras (surpreendentemente) emocionadas de Henrique Chagas, editor do Verdes Trigos, que escreveu a orelha do Hierosgamos quando ainda mal nos conhecíamos:
"Com despudorada narrativa erótica, da pele à cona, ela brinca com palavras de múltiplos sentidos, e nos desperta para o desejo de também construir uma vida de amor."
Tá certo, Henrique: é esta exatamente a minha desmesurada pretensão. Pelo menos pra mim, funcionou. Funcionou pra você e espero que funcione pra cada leitor que arriscar me ler, ainda que na contramão da crítica, ou da falta eloqüente dela. (leia o post da Noga)



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14 de junho de 2007

''Ao pé do ouvido,'' do Blog da Noga


Já noticiei que escrevi a "orelha" do livro da Noga, que será lançado na Flip 2007, pela Giz Editorial. Do blog da Noga:



Depois apareceu o Henrique Chagas, gente, outra coisa que não lembro como foi, não sei se fui eu, se foi ele, um espiando o outro no orkut. Achei que ele estava ligado à Giz, e era interessante, porque do site cultural dele, o Verdes Trigos, eu já tinha ouvido falar. O cara tem reputação excelente, e já que ele estava rondando, atirei: quer publicar minhas crônicas? O Henrique topou, e o resto... é história. Resolvi convidá-lo pra escrever a orelha do livro, ele topou também, bem, depois se arrependeu um pouco, não é, Henrique? Afinal de contas o livro é assim, digamos, meio volumoso, bem mais que as 98 páginas regulamentares. O caso é que depois do susto o Henrique mergulhou no livro... e se deixou levar... leiam o texto dele e vocês vão ver.
Pra mim já estava de bom tamanho, a orelha pronta e linda - nenhum Pitanguy necessário -, quando a noite passada recebi este presente. Ó, gente, ó: melhor parar por aqui, senão a emoção vai transbordar pra vocês aí. Só me resta um recurso, é, aquele que vocês já conhecem: um trecho do Hierosgamos.


COMUNIDADE NO ORKUT: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=33978493



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11 de junho de 2007

Hierosgamos: o Cântico dos Cânticos de Noga


Noga Sklar deu-me o privilégio de escrever a orelha do seu inédito romance "Hierosgamos", a ser lançado na FLIP 2007 pela Giz Editorial. Foi uma leitura prazerosa e lúdica, que renovou em mim o ardente desejo de sempre viver um grande amor. A orelha está pronta, o livro está sendo levado à prensa: Sucesso e sorte à Noga, autora e personagem.



Noga Sklar confessa que não é o virtual a linha de força de sua ficção, mas o real, escrito de forma rápida e sem preconceitos. Do naipe de escritores que mesclam, de uma forma desvelada, vida e literatura, nos adianta que o seu romance é também autobiográfico. Penso que se desnudou em demasia, todavia, nos faz cúmplices na catarse vivida pelo gratificante encontro virtual, que se findou real. E o real vivido nos é entregue na forma lírica, sedutora e erótica de "Hierosgamos".
Depois de dois maridos, nenhum filho, anos de um "luto infindável", no limbo, ela sonha com a sorte de um amor tranqüilo, e ele está on line: um americano formado em literatura inglesa, que fez mestrado no Neguev, um filósofo romântico, que fala francês, hebraico e mestre em inglês, com alma de artista e sutilmente irônico. >>> Leia mais



Lançado na FLIP 2007, em Paraty. Já à venda

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10 de junho de 2007

CRANIK entrevistou Henrique Chagas, do Portal VerdesTrigos


O administrador do CRANIK "Ademir Pascale Cardoso" entrevista o criador do sitio cultural Verdes Trigos "Henrique Chagas". (23/09/06).


Um apaixonado por livros desde criança, Henrique Chagas faz questão de ressaltar a importância da literatura na vida das pessoas. "Ler é agregar conhecimento. Dessa maneira você consegue compreender melhor o que acontece na sua vida, ao seu redor e na sociedade. Livros são ótimos instrumentos de reflexão", conclui.


Com a proposta de estimular a leitura e saciar a fome de cultura, Henrique criou o sítio cultural Verdes Trigos ( www.verdestrigos.org), que, desde 1998, oferece informações atualizadas sobre literatura e cultura em geral. "Nos verdejantes campos de trigo, o internauta tem acesso a resenhas de livros, críticas literárias e crônicas escritas por diversos autores, além de uma manancial de informações culturais", explica Henrique, seu criador.


Henrique Chagas nasceu em Cruzália, no interior de São Paulo, e seu pai cultivava trigo. "Quando criança tinha o costume de ficar embaixo de árvores lendo livros que eram de meu pai. Gostava de ficar olhando para o horizonte e deixava minha imaginação caminhar. Olhava os trigais, com os seus cachos ainda verdes, formando verdadeiras ondas pelo vento". Hoje, advogado em Presidente Prudente/SP, onde vive e trabalha, Henrique, como o menino de outrora, planta, cultiva e contempla "Verdes Trigos", que lhe é uma fonte de cultura e conhecimento".


Leia a entrevista completa no site do CRANIK


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28 de maio de 2007

Editoras já rejeitam novas biografias


O Estado de S. Paulo - 26/5/2007 - por Ubiratan Brasil
Biógrafos tarimbados condenaram a atitude de Roberto Carlos e também a da editora Planeta em não levar o caso adiante. "Se possível, a questão deveria chegar até o Tribunal de Haia", ironiza Fernando Morais, oito biografias no currículo e prestes a terminar mais uma, já intitulada O mago, sobre o escritor Paulo Coelho e que deverá ser lançada no segundo semestre. "Acho ruim fazer acordo logo no início de um processo, pois, à medida que o caso vai subindo de instância, mais independente espera-se que seja o encarregado de julgar." "Sou contra biografias autorizadas, porque elas exigem que o autor submeta o original ao biografado ou à família deste para que seus advogados dêem palpites", comenta Ruy Castro.


[NOTA] Concordo com Ruy Castro. Biografia "chapa branca" é absurdo. Quem desejar escrever minha biografia, fique tranqüilo, não desautorizo, ao contrário, a lerei somente após a publicação, se vivo estiver.


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20 de maio de 2007

Prêmio Portugal Telecom é notícia na coluna do SINOMAR


SINOMAR, colunista do jornal O IMPARCIAL, noticia o Prêmio Portugal Telecom de Literatura 2007, do qual fazemos parte do JÙRI INICIAL


O advogado e crítico cultural Henrique Chagas, de Presidente Prudente,mantenedor do site Verdes Trigos, compõe o Júri Inicial do Prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa 2007. Sua responsabilidade é votar em cinco livros da lista de livros inscritos para compor a relação dos 50 finalistas da primeira fase do Prêmio. Votará também em cinco profissionais entre os membros do Júri Inicial para formar o Júri Intermediário, composto por 15 profissionais que irão selecionar os 10 finalistas da segunda fase do Prêmio. (SINOMAR)


PS: a) Mais uma vez apresentamos os nossos agradecimentos especiais ao SINOMAR, que sempre dá destaque às atividades culturais que desenvolvemos através do VerdesTrigos. Lhe seremos sempre grato.
b) Já encaminhamos o nosso voto à Curadoria do Prêmio Portugal Telecom de Literatura. Claro, torço e espero que aqueles em quem votei estejam entre os 10 finalistas.


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18 de maio de 2007

O making of do filme Batismo de Sangue em cartaz nos cinemas.


tito1.JPGDepoimentos do Diretor e da equipe, dos protagonistas Caio Blat, Daniel de Oliveira, Cassio Gabus e outros do elenco. Além de um emocionado depoimento do Frei Betto e de outros frades dominicanos.
http://www.youtube.com/watch?v=6k7qZQEDsVQ


Trailer BATISMO DE SANGUE
BATISMO DE SANGUE, de Helvécio Ratton é baseado em fatos reais. O filme conta a história dos frades dominicanos, que movidos por ideais cristãos, se envolvem na luta clandestina contra a ditadura militar, no final dos anos 60. São presos e torturados. Um deles, Frei Tito, é mandado para o exílio na França, onde, atormentado pelas imagens de seus carrascos, comete suicídio. Com Caio Blat, Daniel de Oliveira, Ângelo Antonio, Cassio Gabus Mendes e grande elenco. Inspirado no livro de Frei Betto, vencedor do Jabuti
http://www.youtube.com/watch?v=8ITsAJpAohs



[NOTA] Li "Batismo de Sangue", a 1ª edição, tão logo foi lançado. Já havia lido vários livros de Frei Betto, e, estava absorto pelas "Cartas de Prisão". Ainda eu era religioso, fiz parte de uma congregação religiosa até 1982. O sacrifício dos frades franciscanos constituia-se em ideal, em algo a ser seguido como exemplo, tal qual o martírio do Mestre. Convivi com colegas que tinham amizade com os dominicanos, os nossos heróis. Assim como o diretor deste filme, quando li "Batismo de Sangue" também percebi que a história deveria ser contada no cinema (ação e suspense). A paixão e morte do Frei Tito foi o que mais me comoveu naquela leitura, uma mistura de medo (vivíamos aterrorizados), compaixão, coragem, crueldade e martírio. Algo transcendentemente religioso. Quero ver o filme.



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16 de maio de 2007

Henrique Chagas, da Verdes Trigos, compõe o Júri Inicial do Prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa 2007


Não sei quem vencerá o Prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa 2007, mas já sei quem vou indicar até o próximo dia 25 de maio de 2007 para receber o prêmio. È uma enorme honra ter sido convidado pela Curadoria para participar como membro do Júri Inicial. Minha enorme responsabilidade é votar em cinco livros da lista de livros inscritos para compor a relação dos 50 finalistas da primeira fase do Prêmio. Vou votar também em cinco profissionais entre os membros do Júri Inicial para formar o Júri Intermediário, composto por 15 profissionais que irão selecionar os 10 finalistas da segunda fase do Prêmio.


Não vou relevar agora quais os cinco livros dos inscritos estou indicando para compor a relação dos 50 finalistas, mas adianto que os indicados foram comentados na Verdes Trigos, tiveram notas publicadas e divulgadas no portal, com inúmeros elogios dos leitores. E mais, por óbvio, tive o privilégio de lê-los de forma criteriosa. Teria o prazer de indicar os 50 finalistas, mas o regulamento determina a indicação de somente 05 deles. Faço com a consciência tranqüila e espero que pelo menos um delas esteja entre os 10 finalistas.


Conheça a lista dos livros inscritos => clique
Conheça os membros do Júri Inicial => clique


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Iom Ierushalaim > mais que uma cidade


Ierushalaim não é apenas uma cidade. Seu nome produz um efeito muito particular em cada um de nós. Há quem possa explicar muito detalhadamente as sensações que esta cidade produz em si e as vivências especiais que tiveram durante sua estadia ou passagem por ela. Outros não conseguem encontrar uma explicação para os sentimentos particulares que a cidade produz. Tanto uns quanto outros concordam que este fenômeno se produz única e exclusivamente na cidade de Ierushalaim. (Koleinu on line)Henrique Chagas em Jerusalém


"Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, que se resseque a minha mão direita. Apegue-se-me a língua ao paladar, se não me lembrar de ti, se não preferir eu Jerusalém à minha maior alegria." (Salmos 137:5-6)

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8 de maio de 2007

A história contada por Maria


EM NOME DA MÃE Em nome da mãe (Companhia das Letras, 96 pp., R$ 28,50, trad. Rosa Freire d'Aguiar), de Erri de Luca, conta uma história de amor materno, o de Miriam - versão hebraica do nome Maria - por Ieshu, o Menino Jesus. Desde a concepção, quando a jovem é fecundada por um misterioso vento, até a natividade, ocorrida num estábulo de Belém (veja as fotos da minha estada em Belém de Judá), aonde ela chega depois da longa viagem feita com José pelas terras de Israel, então ocupadas pelo exército romano. Essa história comovente é celebrada milenarmente pelos católicos e está na base de um dos mais difundidos cultos da Igreja, o culto mariano. Mas pouco se escreveu sobre a sua dimensão humana. É essa a proposta do romancista italiano Erri de Luca.


[Nota] Muita coisa já aconteceu em Belém. E continua acontecendo. Estive lá para conferir. Veja as fotos.



Nas fotos, a entrada da cidade de Bethlehem, eu próximo à manjedoura, no interior da Igreja da Natividade e a estrela de prata, onde segundo a tradição nasceu Jesus.

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2 de maio de 2007

Entrevista com Henrique Chagas para o portal "Autores e Leitores"



Henrique Chagas, 47, escritor e advogado, radicado em Presidente Prudente/SP, concedeu entrevista ao portal "", onde destacou a relevância do papel "religioso" na sua obra. Henrique não se vê como um ser fortemente influenciado pela religião no seu sentido comum, mas sente-se religado ao Eterno. "Assim, creio que não sou nada religioso no sentido comum, mas sou extremamente religioso no sentido ontológico da palavra. Desde que me entendo, sempre me vejo religado a uma força transcendente. Busco sempre identificar-me com Aquele cujo nome é impronunciável. Esse religare transparece nas minhas idéias e nos meus textos; e, mais, materializa-se na reflexão do sentido da nossa existência e da nossa identidade humana", disse Henrique.



Henrique revelou que está trabalhando um romance: "Escrevo um romance cuja temática é exatamente esta reflexão sobre o sentido da existência humana, muito mais profundo que nosso mero sentido religioso, ao contrário, projeto nas personagens as nossas dificuldades de compreensão do sagrado e do profano. Penso que não existem coisas sagradas e coisas profanas. Tudo é sagrado, já dizia Djavan. Nessa busca de identidade as personagens se esbarram com a sua inexorável pequenez frente ao universo, ao aquecimento global, à escassez de água que já se avizinha, muito embora neste mundo pós-moderno tudo seja facilitado pela tecnologia de ponta". Falou ainda do seu trabalho como advogado e especialmente de Verdes Trigos.



Leia a entrevista.



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Dicionário Sefaradi de Sobrenomes


O Dicionário Sefaradi de Sobrenomes é fruto da persistência, do talento e da erudição de Guilherme Faiguenboim, Paulo Valadares e Anna Rosa Campagnano. Nele muitos brasileiros poderão promover um reencontro com o seu próprio passado, religando o que a intolerância religiosa, os efeitos da Inquisição e o isolamento obliterou.

O livro 'Dicionário Sefaradi de Sobrenomes - Inclusive Cristãos-Novos, Conversos, Marranos, Italianos, Berberes e sua História na Espanha, Portugal e Itália' conta com 12.000 sobrenomes e 17.000 verbetes. O livro também descreve a história dos sefaradis em duas partes - da antiguidade até a expulsão dos judeus; e da dispersão (após a expulsão) dos sefaradis até o século 20, que mostram a extraordinária saga de dezenas de milhares de famílias sefaradis ao longo de seis séculos.

[nota] Preciso dar uma estudada neste livro de sobrenomes, porque minha história familiar é totalmente singular. Meus ancestrais paternos vieram de Portugal. Meu avô aqui no Brasil adotou o sobrenome de Terra. Meu avô era conhecido como Antônio Terra, veio da região de Queluz/RJ para Piraju/SP. Meu pai nasceu em Bernardino de Campos/SP. Vieram, por volta de 1924, para o oeste de São Paulo, pleno sertão. Por ocasião da guerra, meu pai quis de toda maneira lutar nas tropas aliadas. Mas para se inscrever nas Forças Expedicionárias era necessário ter documentos. Num único todos foram ao Cartório de Maracai/SP e tiraram seus novos documentos. Meu avô adotou outro sobrenome: Antonio Leite das Chagas. Deixar de ser um Terra para tornar-se um Chagas. Meu avõ faleceu em 1960; não cheguei a conhecê-lo pessoalmente, mas meu pai sempre dele contava histórias. Ele tinha costumes eminentemente judaicos, apesar do catolicismo nada praticante.Afinal, qual será o meu verdadeiro sobrenome? Nem acredito que seja Terra, muito menos Chagas.

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